Textos de Apoio (pdf)
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3.6.<br />
CAVITAÇÃO 57<br />
Figura 3.18: Instalações <strong>de</strong> ensaio do RINA.<br />
colocado no troço inferior horizontal para garantir que, mesmo quando a pressão no tanque<br />
for reduzida, a coluna hidrostática vai impedir a cavitação neste propulsor.<br />
Normalmente, a pressão é reduzida por bombas <strong>de</strong> vácuo para ajuste do número <strong>de</strong> cavitação<br />
e a instalação dispõe <strong>de</strong> equipamento para reduzir o ar dissolvido na água. Po<strong>de</strong>m ser<br />
instaladas “grelhas metálicas” para induzir a turbulência <strong>de</strong>sejada no escoamento.<br />
Os hélices em teste são sujeitos a iluminação estroboscópica por forma a serem “vistos”<br />
sempre com as pás na mesma posição. Obtém-se assim uma visualização do padrão <strong>de</strong> cavitação<br />
“estacionária”.<br />
O funcionamento do hélice tem alguns pontos característicos que se passa a i<strong>de</strong>ntificar. A<br />
primeira <strong>de</strong>stas situações acontece quando o motor eléctrico faz rodar o veio do hélice a uma<br />
velocida<strong>de</strong> n mantendo-se a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço nula, ou seja V a = 0. Nestas condições,<br />
verifica-se J = 0 e η = 0, e diz-se que o hélice funciona a ponto fixo. Se em seguida se<br />
fizer avançar o hélice a uma velocida<strong>de</strong> V a , mantendo a mesma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação, este<br />
<strong>de</strong>senvolverá um impulso T e absorverá um certo momento Q. Esta fase é a fase propulsora,<br />
utilizada para a propulsão dos navios. Continuando a aumentar o coeficiente <strong>de</strong> impulso por<br />
diminuição da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação n, o impulso vai diminuindo até o hélice chegar ao ponto<br />
<strong>de</strong> impulso nulo. Inicia-se a fase <strong>de</strong> travagem, até um ponto, no qual o hélice trabalha em<br />
concordância com o coeficiente <strong>de</strong> avanço J, com K Q = 0, hélice livre. Um hélice livre opõe<br />
resistência ao avanço. Continuando a reduzir a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do hélice e mantendo<br />
V a , entra-se na fase motora, em que o hélice po<strong>de</strong>ria fornecer energia. Quando a velocida<strong>de</strong><br />
do hélice for nula, o hélice diz-se bloqueado.