Textos de Apoio (pdf)
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CAPÍTULO 3. PROPULSÃO<br />
No entanto, a curvatura, o ângulo <strong>de</strong> ataque e a espessura das têm também uma gran<strong>de</strong><br />
importância no controle da cavitação. A maior espessura das pás favorece a cavitação nas costas<br />
das pás enquanto que as pás pouco espessas têm maior propensão para gerarem cavitação<br />
no bordo <strong>de</strong> ataque.<br />
Quanto ao rendimento, ele é favorecido pela diminuição da corda das pás, ou seja da sua<br />
área, mas por razões estruturais, esta redução tem que ser acompanhada por um aumento <strong>de</strong><br />
espessura que vai provocar um aumento da resistência <strong>de</strong> forma.<br />
A utilização apropriada do <strong>de</strong>svio circunferencial das pás do hélice (“skew”) permite controlar<br />
muito eficazmente a cavitação e a vibração induzida tendo apenas como contrapartida<br />
uma redução do rendimento do hélice em marcha a ré.<br />
3.7.2 Tipos <strong>de</strong> problema<br />
É possível obter uma boa estimativa das características <strong>de</strong> funcionamento do hélice utilizando<br />
uma das várias séries sistemáticas referenciadas. Uma vez <strong>de</strong>terminado o número e a área<br />
das pás, resta a <strong>de</strong>terminar a combinação do passo e do coeficiente <strong>de</strong> avanço que permite<br />
optimizar o rendimento do hélice. De acordo com o tipo <strong>de</strong> problema em causa, po<strong>de</strong>mos<br />
consi<strong>de</strong>rar várias situações. Quando a potência e a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação são conhecidas, da<br />
eliminação do diâmetro resulta a seguinte equação:<br />
K Q<br />
J 5 = P Dn 2<br />
2πρV 5 a<br />
(3.37)<br />
Quando a potência e o diâmetro do hélice estão <strong>de</strong>terminados, a eliminação da velocida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> rotação permite estabelecer:<br />
K Q<br />
J 3 = P D<br />
2πρD 2 V 3 a<br />
(3.38)<br />
Sendo prescritas a força propulsiva e a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação, a eliminação do diâmetro<br />
conduz à equação:<br />
K T<br />
J 4<br />
= T n2<br />
ρV 4 a<br />
(3.39)<br />
Por fim, quando são conhecidos o diâmetro do hélice e a força propulsiva, a eliminação da<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação permite estabelecer a seguinte relação:<br />
K T<br />
J 2 = T<br />
ρD 2 V 2 a<br />
3.8 Interacção entre casco e hélice<br />
(3.40)<br />
Os ensaios <strong>de</strong> hélices à escala reduzida em águas livres, conseguindo efectuar uma avaliação<br />
preliminar das características propulsivas <strong>de</strong> um hélice, não permitem uma previsão do seu<br />
<strong>de</strong>sempenho numa dada aplicação específica, porque, na realida<strong>de</strong>, o hélice não vai operar em<br />
águas livres mas sim atrás do navio.<br />
As características <strong>de</strong> um hélice trabalhando atrás <strong>de</strong> um navio a uma dada velocida<strong>de</strong><br />
diferem consi<strong>de</strong>ravelmente das características obtidas em ensaios com mo<strong>de</strong>los em águas livres,<br />
à velocida<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>vido aos seguintes factores: