Textos de Apoio (pdf)
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3.1. SISTEMAS DE PROPULSÃO 37<br />
Para um hélice <strong>de</strong> passo fixo, a velocida<strong>de</strong> do navio e a força propulsiva são controladas<br />
pela velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do hélice. Para um hélice <strong>de</strong> passo controlável, a força propulsiva<br />
po<strong>de</strong> também ser controlada por variação do passo do hélice. A variação do passo obtém-se<br />
por rotação das pás em torno <strong>de</strong> um eixo, à direita na Fig. 3.2. Utiliza-se quando a velocida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> rotação é constante, ou variável numa gama restrita, quando o hélice tem <strong>de</strong> funcionar em<br />
mais <strong>de</strong> uma condição.<br />
Apesar <strong>de</strong> constituírem uma solução cara, pela complicação <strong>de</strong> chumaceiras e engranagens<br />
necessária, encontram-se exemplos <strong>de</strong> propulsão por hélices contrarotativos. São dois hélices,<br />
em que o hélice <strong>de</strong> trás tem um diâmetro ligeiramente menor que o hélice da frente, a rodar<br />
em sentidos contrários, permitindo ao hélice <strong>de</strong> trás eliminar a perda <strong>de</strong> energia cinética<br />
<strong>de</strong> rotação do hélice da frente, Fig. 3.3. Em consequência, apresentam rendimentos típicos<br />
superiores a um hélice isolado.<br />
Figura 3.3: Hélices em contra-rotação.<br />
Outro tipo particular <strong>de</strong> hélice é o hélice supercavitante, Fig. 3.4. É um hélice para<br />
funcionar com elevada velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação em que as secções das pás são concebidas para<br />
provocar uma bolsa <strong>de</strong> cavitação que envolve toda a pá. O perigo <strong>de</strong> implosão é eliminado<br />
porque a implosão das bolhas <strong>de</strong> cavitação ocorre longe das faces das pás. Aplicam-se em<br />
navios <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> com rendimento, em geral, fraco.<br />
3.1.2 Outros meios <strong>de</strong> propulsão<br />
Jacto <strong>de</strong> água<br />
Nestes sistemas, a força propulsiva é obtida pela <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> um jacto <strong>de</strong> água à popa do<br />
navio. Para transmitir a energia pretendida ao jacto po<strong>de</strong>m ser utilizadas bombas axiais,<br />
como no caso da Fig. 3.5, ou bombas centrífugas.<br />
Os sistemas <strong>de</strong> jacto <strong>de</strong> água constituem actualmente um solução comprovada para a propulsão<br />
<strong>de</strong> embarcações rápidas, com divulgação crescente nas embarcações <strong>de</strong> recreio,“ferries”,<br />
embarcações <strong>de</strong> patrulha, etc. São boas soluções quando os principais requisitos colocados<br />
passam pela manobrabilida<strong>de</strong> do navio, bom rendimento propulsivo, bom comportamento em<br />
águas restritas e pouca necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção. Actualmente, já estão disponíveis no<br />
mercado soluções <strong>de</strong>ste tipo para potências propulsivas da or<strong>de</strong>m dos 30MW.