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Textos de Apoio (pdf)

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4.4.<br />

SELECÇÃO DO MOTOR 81<br />

Alguns fabricantes anunciam um valor <strong>de</strong> “Normal Continuous Rating” (NCR) cerca <strong>de</strong><br />

10% inferior ao valor MCR e a uma velocida<strong>de</strong> inferior, ao qual correspon<strong>de</strong> um <strong>de</strong>sempenho<br />

optimizado do motor em termos <strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manutenção. Po<strong>de</strong> ainda<br />

<strong>de</strong>finir-se uma “Service Continuous Rating” (SCR) que, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da política do armador,<br />

po<strong>de</strong>rá ser igual ou não do NCR indicado pelo fabricante do motor.<br />

A diferença entre a MCR e a SCR, ou, caso não esteja <strong>de</strong>finida, a NCR, dá origem à<br />

chamada margem do motor (MM). A margem do motor é avaliada por,<br />

MM =<br />

MCR − SCR<br />

MCR<br />

(4.3)<br />

Valores típicos <strong>de</strong>sta margem <strong>de</strong> motor rondam os 10 a 15%. De notar que as margens <strong>de</strong><br />

serviço e <strong>de</strong> motor surgem frequentemente combinadas numa só, a margem <strong>de</strong> serviço, apesar<br />

<strong>de</strong> as suas origens serem bem distintas.<br />

Uma vez atribuídas as margens <strong>de</strong> serviço e <strong>de</strong> motor, a potência instalada é calculada<br />

por<br />

1 + MS<br />

P I (MCR) = P Dtrial<br />

(4.4)<br />

(1 − MM) η s<br />

Nas provas <strong>de</strong> mar, nas condições <strong>de</strong> imersão e caimento contratuais, a potência absorvida<br />

pelo hélice, à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação correspon<strong>de</strong>nte ao MCR, <strong>de</strong>ve ser igual à potência SCR,<br />

<strong>de</strong>duzida das perdas na linha <strong>de</strong> veios. Como objectivo das provas, <strong>de</strong>verá garantir-se que a<br />

combinação motor e hélice permite que o anvio atinja a velocida<strong>de</strong> requerida sem ultrapassar<br />

os limites impostos pelo diagrama <strong>de</strong> carga.<br />

Sem prejuízo do exposto, o forte aumento do preço dos combustíveis nos anos mais recentes<br />

faz com que os custos operacionais dos navios sejam cada vez mais dominados por este<br />

factor. Neste contexto, po<strong>de</strong> ser uma hipótese <strong>de</strong> trabalho interessante a opção por um motor<br />

com a mesma potência, a potência calculada como necessária para a propulsão nas condições<br />

contratuais, mas com um cilindro extra. Esta técnica, o chamado ”<strong>de</strong>rating” do motor,<br />

exigindo maior valor <strong>de</strong> investimento inicial, po<strong>de</strong> apresentar um período <strong>de</strong> retorno atractivo.<br />

Wettstein e Brown apresentam as principais motivações para aplicação <strong>de</strong>sta técnica e<br />

discutem quatro casos <strong>de</strong> aplicação numa publicação da Wärtsillä, incluída no Apêndice E.

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