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Textos de Apoio (pdf)

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32<br />

CAPÍTULO 2. RESISTÊNCIA<br />

Resistência adicional dos apêndices<br />

Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> navios à escala reduzida po<strong>de</strong>m ser testados com apêndices à escala geométrica<br />

apropriada. No entanto, nem sempre nesta altura do projecto estes estão completamente<br />

<strong>de</strong>finidos. Por outro lado, o escoamento em torno dos apêndices é predominantemente governado<br />

pelas forças <strong>de</strong> origem viscosa. Seria então necessário, para obter resultados fiáveis,<br />

verificarem-se condições <strong>de</strong> semelhança <strong>de</strong> Reynolds, o que, como já referido, não é viável<br />

se, cumulativamente, preten<strong>de</strong>rmos manter a igualda<strong>de</strong> do número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong>. Consequentemente,<br />

a presença dos apêndices em condições <strong>de</strong> semelhança <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> tem pouca relevância.<br />

Em primeira análise, os apêndices do casco contribuem para um aumento da superfície<br />

molhada do navio. Por outro lado, da sua presença surgem também alterações no factor <strong>de</strong><br />

forma do casco. Para a <strong>de</strong>terminação da resistência <strong>de</strong> forma dos apêndices po<strong>de</strong> recorrer-se a<br />

dois ensaios, com e sem apêndices, a uma velocida<strong>de</strong> superior. Se admitirmos que a resistência<br />

<strong>de</strong> onda é igual nos dois casos, a diferença <strong>de</strong> resistência verificada, tendo <strong>de</strong>scontado a<br />

diferença <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> atrito resultante da variação da área molhada, dá-nos a resistência<br />

<strong>de</strong> forma dos apêndices.<br />

Os valores típicos <strong>de</strong> acréscimo <strong>de</strong> resistência originados pela presença <strong>de</strong> apêndices são<br />

os seguintes:<br />

- robaletes: 1 a 2%;<br />

- impulsores:<br />

- <strong>de</strong> proa: 0 a 1%;<br />

- transversais <strong>de</strong> popa: 1 a 6%;<br />

- aranhas <strong>de</strong> veios: 5 a 12% (“twin-screw” po<strong>de</strong> chegar a 20%);<br />

- leme: 1%.<br />

Resistência em águas pouco profundas<br />

Quando um navio navega em águas pouco profundas verifica-se um aumento, quer da resistência<br />

<strong>de</strong> atrito, quer da resistência <strong>de</strong> onda. Em particular, a resistência aumenta significativamente<br />

para valores próximos do número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> crítico, baseado na profundida<strong>de</strong>,<br />

F nh = V/ √ gH = 1.<br />

O aumento da resistência do navio quando a navegar em águas pouco profundas foi estudado<br />

por Schlichting. A sua hipótese <strong>de</strong> trabalho foi a seguinte: a resistência <strong>de</strong> onda é a<br />

mesma se o comprimento <strong>de</strong> onda da ondulação transversal for igual.<br />

O gráfico da Fig. 2.10 permite prever a perda <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> do navio em águas pouco<br />

profundas. Correcções simples não são possíveis para águas muito pouco profundas já que os<br />

fenómenos envolvidos são complexos. Nestes casos, só testes em mo<strong>de</strong>los ou simulações por<br />

CFD po<strong>de</strong>rão contribuir para uma melhor previsão.<br />

2.6 Previsão da resistência com dados sistemáticos ou estatísticos<br />

Na fase preliminar do projecto <strong>de</strong> um navio po<strong>de</strong>m ser utilizados métodos aproximados para a<br />

previsão da resistência baseados em ensaios <strong>de</strong> séries sistemáticas <strong>de</strong> navios ou, pela regressão

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