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populacao negra

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Em 2003 entre as nossas atribuições estava ainda o desafio de mapear<br />

e articular aquelas e aqueles que atuavam nesta área. Para nós a construção<br />

e consolidação da área de saúde da população <strong>negra</strong> enquanto campo de<br />

conhecimento estava centrada no reconhecimento dos diferentes atores e<br />

suas contribuições, assim buscávamos reunir pesquisadores e pesquisadoras<br />

e também ativistas cujo principal foco de ação era o enfrentamento do racismo<br />

na saúde e a defesa do direito à saúde da população <strong>negra</strong>, fazendo deste<br />

espaço um grande diferencial na ABPN. O apoio da Secretaria de Políticas de<br />

Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e do Programa de Combate ao Racismo<br />

Institucional 1 possibilitou convertermos as recomendações do II Copene<br />

em propostas para XII Conferência Nacional de Saúde (realizada em dezembro<br />

de 2003). E pela primeira vez na história das Conferências de Saúde a temática<br />

saúde da população <strong>negra</strong> foi incorporada ao relatório final.<br />

Em setembro de 2004, na Universidade Federal do Maranhão, em São<br />

Luís, ocorreu o III Copene, com o tema Políticas Sociais e Políticas de Ações<br />

Afirmativas para Afrodescendentes. Pela primeira vez, o GT-Saúde da ABPN<br />

teve espaço no Congresso para realizar uma conferência e, além disso, estávamos<br />

vivenciando um novo momento político: na esteira do PCRI, em resposta<br />

1 O Programa de Combate ao Racismo Institucional no Brasil (PCRI) visava apoiar, de<br />

forma integrada, o setor público no combate e prevenção ao racismo institucional e a sociedade<br />

civil na avaliação e monitoramento desse processo.<br />

O PCRI foi resultado de uma parceria estabelecida entre o Ministério Britânico para o Desenvolvimento<br />

Internacional e Redução da Pobreza (DFID), a Organização Pan-Americana<br />

de Saúde (OPAS) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e<br />

o governo brasileiro. O PCRI era formado por dois componentes: um que focaliza ações<br />

em saúde e o outro que focalizava a ação municipal. O Componente Saúde (PCRI-Saúde)<br />

constituía-se num estudo de caso sobre o impacto do racismo institucional no Ministério<br />

da Saúde, de modo a permitir as necessárias ligações entre a política federal e sua execução<br />

nos planos estadual e municipal. O propósito desse componente era contribuir na redução<br />

das iniqüidades raciais em saúde, colaborando na formulação, implementação, avaliação<br />

e monitoramento de políticas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). O Componente<br />

Municipal desenvolvia suas atividades, prioritariamente, em Pernambuco e Bahia, nas áreas<br />

de educação, trabalho, cultura, acesso à justiça e auditoria de contas públicas. O objetivo do<br />

PCRI era a consolidação do combate ao racismo dentro da cultura gerencial do setor público,<br />

valendo-se do conceito de racismo institucional.<br />

Saúde da População Negra<br />

13<br />

Apresentação

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