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populacao negra

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comunidade, econômicos, legais ou de políticas” que impedem ou auxiliam<br />

a capacidade do indivíduo de prevenir a infecção pelo HIV (Sumartojo et al.,<br />

2000). Esses estudiosos deram destaque aos fatores estruturais associados<br />

ao risco do HIV, inclusive: pobreza (Adimora, Schoenbach, 2005; Denning,<br />

DiNenno, 2010; Hu, Frey, Costa, 1994; Myers et al., 2003; Simon et al., 1995;<br />

Sumartojo, 2000; Sumartojo et al., 2000; Zierler et al., 2000), habitação (Aidala<br />

et al., 2005; Wenzel et al., 2007), encarceramento (Adimora, Schoenbach,<br />

2005; Comfort, 2008; Harawa, Adimora, 2008; Seal et al., 2007; Thomas<br />

et al., 2007) e bairros pobres (Cubbin et al., 2005). Não obstante a argumentação<br />

desses estudiosos, o modelo individualista tradicional continua sendo<br />

o paradigma prevalente que norteia as iniciativas de prevenção contra o HIV<br />

nos Estados Unidos.<br />

Raça/etnia, não o SES: a relativa invisibilidade do SES nos dados de vigilância<br />

do HIV/Aids nos Estados Unidos<br />

Raça/etnia aparecem com destaque nos Estados Unidos nos dados de<br />

vigilância do HIV/Aids. Dados classificados por raça/etnia, sexo, idade, região<br />

geográfica e categoria de exposição (por exemplo, uso de drogas injetáveis,<br />

contato heterossexual de alto risco) são fáceis de encontrar no site do CDC.<br />

Todavia, uma fundamental e curiosa omissão nesses dados é o SES (status<br />

socioeconômico). Recentes desenvolvimentos no Ministério da Saúde dos<br />

Estados Unidos sugerem que isso não vai mudar. Em 29 de junho de 2011, o<br />

ministério anunciou propostas de diretrizes para aperfeiçoar a coleta de dados<br />

sobre a saúde da nação por raça, etnia, sexo, língua materna e deficiência<br />

física e como coletar melhor dados de saúde de lésbicas, gays, bissexuais<br />

e transgêneros (LGBT) (CDC, 2011a). Nessa lista, faltava o SES. Sem dados<br />

sobre o SES, as tentativas de compreender e lidar com as disparidades na área<br />

da saúde, bem como a desigualdade social, ficarão limitadas, na melhor das<br />

hipóteses (Krieger, Williams e Moss, 1997).<br />

Uma base abundante de literatura tanto teórica como empírica é prova<br />

documental de que, embora o SES seja o melhor indicador da condição de saúde<br />

mundialmente, ele é a variável menos mencionada, teorizada e pesquisada<br />

nos Estados Unidos (Krieger, Williams, Moss, 1997). Ao longo de séculos e<br />

em inúmeros países, o SES surgiu como o indicador de saúde mais robusto<br />

e coerente (Adler et al., 1993; Adler, Newman, 2002; Adler, Ostrove, 1999;

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