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populacao negra

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usuários e outros membros da comunidade acerca da pertinência de uma política<br />

pública de saúde dirigida à população <strong>negra</strong>. O artigo “Percepção sobre<br />

a Política de Saúde da População Negra: perspectivas polifônicas”, publicado<br />

pelo grupo de pesquisa coordenado por Leny Trad no Instituto de Saúde Coletiva<br />

da Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA) cumpre esse desafio.<br />

O olhar das mulheres quilombolas sobre a atenção básica e das profissionais<br />

das unidades básicas sobre a saúde das comunidades remanescentes de<br />

quilombos foi o tema desenvolvido por Eliana Costa Xavier; seu artigo encerra<br />

a primeira parte deste livro.<br />

Se, na primeira parte, o tema foi a “Saúde como direito, a política como<br />

caminho”, a segunda parte do livro foi reservada ao tema “Raça, interseccionalidade<br />

e determinantes sociais da saúde da população <strong>negra</strong>”.<br />

Desigualdades na saúde surgem das condições sociais em que as pessoas<br />

nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem, as quais recebem a denominação<br />

de determinantes sociais da saúde. Estas incluem experiências<br />

dos primeiros anos, educação, status econômico, emprego e trabalho digno,<br />

habitação e meio ambiente, e sistemas eficazes de prevenção e tratamento de<br />

problemas de saúde. Estamos convencidos de que a ação sobre esses determinantes,<br />

tanto para grupos vulneráveis e toda a população, é essencial para<br />

criar inclusiva, equitativa, sociedades economicamente produtiva e saudável<br />

(Declaração Política sobre Determinantes Sociais da Saúde do Rio de Janeiro).<br />

O artigo “Racismo: um mal estar psíquico”, de Marco Antonio Chagas Guimarães<br />

e Angela Baraf Podkameni, do Grupo Psicossomática Psicanalítica Oriaperê, abre<br />

a segunda parte do livro. O texto aponta que o racismo e a negação de direitos que<br />

dele decorre é um diferencial recorrente a ser mais bem compreendido no processo<br />

de construção de mal-estar ou adoecimento psíquico de determinada população.<br />

As estratégicas eugênicas em torno do corpo da mulher, o potencial que<br />

possuía em assimilar os preceitos de uma educação eugênica e que, principalmente,<br />

podia disseminá-lo em prol do melhoramento racial da nação, é o<br />

assunto abordado por Eliana Gesteira da Silva e Alexandre Brasil Carvalho da<br />

Fonseca. O artigo analisa as formas discursivas em torno das questões raciais<br />

e eugênicas apresentadas no periódico Brasil Médico.

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