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populacao negra

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da entrada, assim como outras formas de conquistar o complemento do recurso<br />

para o sinal. Isso quer evidenciar que houve empenho e investimento<br />

afetivo e efetivo no empreendimento.<br />

A comunicação do meio ambiente não favorecedor<br />

O que justifica o excesso de surpresa/espanto no olhar das corretoras<br />

e do gerente? O que justifica as explicações excessivas do gerente? Entendemos<br />

que, como tantos outros códigos racistas existentes no imaginário<br />

sociocultural brasileiro que “parecem” invisíveis, porque não explícitos, mas<br />

que são sentidos porque vividos pela interioridade de pessoas <strong>negra</strong>s, essa<br />

comunicação espelha e representa o outro igual como diferente, o outro igual<br />

como menor, o outro igual como inferior. Esse tipo de comunicação por ser<br />

“invisível” é como se não existisse e, portanto, pode ser facilmente negada, no<br />

entanto, provoca vivências de difícil, por vezes impossível, elaboração.<br />

Memória de vividos na escola e na educação<br />

Busca da escola e da educação como “alimento” para a vida<br />

É sabido que a escola e os professores exercem um papel importante na<br />

vida das crianças. A escola representa o espaço da casa. Os professores têm<br />

o duplo significado de representantes das figuras parentais, ao mesmo tempo<br />

em que são representantes da sociocultura. Por isso sua importância. A um só<br />

tempo, a educação na escola nos transmite as bases do que, aliado ao nosso<br />

potencial criativo, vai construir e formar os códigos de significados da linguagem<br />

verbal e simbólica que utilizaremos em nossa vida.<br />

As contradições da escola e da educação<br />

Se na escola e com a educação são estabelecidos e introjetados, através<br />

das diferentes linguagens do conhecimento, os alicerces das possibilidades e<br />

dos limites propostos pelas socioculturas, um jovem estudante que gostava<br />

de estudar, ao ver sempre negros como escravizados, com alguma coisa no<br />

pescoço, acorrentados, pode construir uma defesa e não gostar de estudar<br />

história. Nessa história, ele não é ele mesmo, é um eu que não condiz com seu<br />

si mesmo, podendo tornar-se assim um construtor da sensação de estranhe-

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