PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA - 2010Merece menção a Política Nacional de Saúde Bucal, implementada no campo da atenção básica pormeio das equipes de saúde bucal. Em março de 2009, havia 17.818 equipes já implantadas, comuma cobertura de aproximadamente 40% da população, levan<strong>do</strong>-se em consideração que 40% <strong>do</strong>sMunicípios brasileiros contam com cobertura populacional de 100%. Espera-se atingir em 2010 onúmero de 18,5 mil equipes, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> orça<strong>do</strong>, para tanto, R$ 83,1 milhões para o próximo ano.Ainda em relação à atenção o<strong>do</strong>ntológica destaca-se o Brasil Sorridente, cujas ações estão sen<strong>do</strong>expandidas com a implantação de CEO. Em 2008, foram implanta<strong>do</strong>s 674 CEOs, 1.159 consultórioso<strong>do</strong>ntológicos estrutura<strong>do</strong>s na rede, credenciadas 323 unidades para confecção de próteses edistribuí<strong>do</strong>s 16 milhões de kits de saúde bucal, permitin<strong>do</strong> ao Brasil Sorridente beneficiar 85 milhõesde pessoas. Para 2010, serão destina<strong>do</strong>s R$ 90,4 milhões, a fim de implantar 950 CEOs.Parcela expressiva <strong>do</strong>s recursos aplica<strong>do</strong>s na área da saúde é direcionada à Atenção de Média e AltaComplexidade que, em 2008, totalizaram R$ 25,3 bilhões, cerca de 47% <strong>do</strong> total aloca<strong>do</strong> em ações eserviços públicos de saúde, enquanto, para 2009, o autoriza<strong>do</strong> é de R$ 27 bilhões. Esses recursos, nasua maior parte, são repassa<strong>do</strong>s para Esta<strong>do</strong>s e Municípios como participação no custeio das atividadesambulatoriais e hospitalares <strong>do</strong> SUS. Os hospitais públicos e priva<strong>do</strong>s convenia<strong>do</strong>s ou contrata<strong>do</strong>spelo SUS realizaram mais de 11 milhões de internações em 2008. Foram prestadas mais de 1,03bilhão de consultas, atendimentos e acompanhamentos ambulatoriais, além de realiza<strong>do</strong>s mais de 380milhões de exames de patologia clínica e cerca de 64 milhões de exames de diagnóstico por imagem,incluin<strong>do</strong> de Raio X até ressonância magnética. A previsão de gastos com Atenção de Média e AltaComplexidade no ano de 2010 é da ordem de R$ 23,9 bilhões.Com referência à Atenção Pré-hospitalar, destaca-se a estruturação <strong>do</strong> Samu, que tem por objetivoprestar o primeiro atendimento à população nos casos de emergência e o transporte até o hospital. Noprimeiro semestre de 2009, a rede nacional já contava com 147 serviços de atendimento móvel e atendiaa 1.273 Municípios, cobrin<strong>do</strong> mais de 112 milhões de habitantes, ou seja, aproximadamente 59% dapopulação brasileira. Vale mencionar a inclusão das primeiras motocicletas na frota de ambulâncias <strong>do</strong>Samu no ano de 2008, que compõem um conjunto de tecnologias destinadas a melhorar a qualidadedessas ações, haja vista que o atendimento médico de urgência é dificulta<strong>do</strong> pelo trânsito, além <strong>do</strong>difícil acesso de algumas áreas rurais. Com o Samu o SUS está reduzin<strong>do</strong> o número de óbitos, o tempode internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de atendimento oportuno. A previsãode gastos em atenção pré-hospitalar para 2010 é de R$ 950 milhões, consideran<strong>do</strong> tanto o Samucomo a estruturação <strong>do</strong>s demais serviços para atendimento das necessidades de atenção às urgênciasdecorrentes de violências e causas externas.Está em curso a implementação da primeira etapa da Política Nacional de UPA, que faz parte darede organizada de atenção às urgências. A proposta das UPAs é prestar atendimento 24 horas, emnível de complexidade intermediária entre as unidades de atenção básica e as urgências hospitalares,além de dar suporte às ações <strong>do</strong> Samu. Existe previsão de se disponibilizar para a implantação destasunidades, em 2009, R$ 500,0 milhões, <strong>do</strong>s quais R$ 188,8 milhões já foram investi<strong>do</strong>s na construçãode 123 unidades de Pronto Atendimento. Até o final de 2010, está prevista a construção de mais 377unidades, atingin<strong>do</strong> o número de 500 novas UPAs e a aplicação total, nestes <strong>do</strong>is anos, de R$ 1 bilhão.102
MENSAGEM PRESIDENCIALPor intermédio da Vigilância em Saúde, o Governo Federal monitora o quadro sanitário <strong>do</strong> Paíspara a formulação e definição de prioridades nas ações de saúde, assim como colabora com Esta<strong>do</strong>se Municípios no controle de endemias, com a transferência de recursos. Em 2008, foram executa<strong>do</strong>sR$ 2,4 bilhões na área de vigilância, prevenção e controle de <strong>do</strong>enças e agravos, e para o ano de 2009a <strong>do</strong>tação autorizada é de R$ 2,6 bilhões, sen<strong>do</strong> que R$ 1,0 bilhão faz parte <strong>do</strong> incentivo aos Esta<strong>do</strong>se Municípios para o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde que inclui o combate à denguee a outras endemias. Em 2010, serão investi<strong>do</strong>s cerca de R$ 2,7 bilhões no Programa de Vigilância,Prevenção e Controle de Doenças e Agravos.Ressalta-se ainda, quanto à vigilância em saúde, a pronta atuação <strong>do</strong> Governo Federal em relação àPandemia de Influenza A H1N1, acompanhan<strong>do</strong> e propon<strong>do</strong> as medidas emergenciais necessáriaspara a implementação <strong>do</strong> Plano de Contingência Brasileiro para a Pandemia de Influenza, visan<strong>do</strong> asua prevenção e controle no território nacional. O País tem obti<strong>do</strong> relativo sucesso em comparaçãocom outros países, quan<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong> o percentual de mortes em relação à população. Em 2009,deverão ser destina<strong>do</strong>s, especificamente para este fim, aproximadamente R$ 2,1 bilhões.No que tange à Assistência Farmacêutica, para a aquisição e distribuição de medicamentos básicos,estratégicos e excepcionais, a previsão é de que sejam despendi<strong>do</strong>s R$ 3,9 bilhões, em 2009, e R$ 3,7 bilhões,em 2010. Entre os medicamentos básicos tem ti<strong>do</strong> aumento expressivo a distribuição de medicamentospara controle da hipertensão e <strong>do</strong> diabetes, que são importantes problemas de saúde pública. No rol<strong>do</strong>s medicamentos estratégicos, encontram-se aqueles distribuí<strong>do</strong>s pelo Programa Nacional de DST eAids, especialmente os antirretrovirais que são regularmente distribuí<strong>do</strong>s a mais de 170 mil pacientes,medicamentos para <strong>do</strong>enças transmissíveis como tuberculose, malária e hanseníase, entre outras.O Programa Farmácia Popular, iniciativa deste Governo de grande relevância, continuará amplian<strong>do</strong>o acesso da população a medicamentos. Em março de 2006, o Governo instituiu a segunda fase <strong>do</strong>Programa, a partir da qual uma lista maior de medicamentos para hipertensão e diabetes passoua ser comercializada na rede privada a preços subsidia<strong>do</strong>s, com descontos de até 90%. Em 2009,conta-se com cerca de 6.450 farmácias e drogarias comerciais credenciadas, que fazem, em média,1,6 milhão de atendimentos ao mês. Além <strong>do</strong>s medicamentos previstos inicialmente, o Governoaproveitou essa estratégia para implementar parte das ações de saúde sexual e reprodutiva, incluin<strong>do</strong>anticoncepcionais na lista de medicamentos a serem disponibiliza<strong>do</strong>s a preços subsidia<strong>do</strong>s nessa rede.Este Programa contará com um orçamento de R$ 603,2 milhões em 2010.103