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Mensagem Presidencial - Ministério do Planejamento, Orçamento e ...

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MENSAGEM PRESIDENCIALAdemais, apesar <strong>do</strong> agravamento da crise ter eleva<strong>do</strong> o risco <strong>do</strong>s países emergentes, o Brasil apresentounível e trajetória de risco melhor que a média desse grupo de países. A melhora <strong>do</strong>s fundamentosmacroeconômicos, o eleva<strong>do</strong> nível das reservas internacionais, a melhoria <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res desustentabilidade, a eliminação da dívida externa líquida, dentre outras estatísticas, criaram as condiçõespara que, no segun<strong>do</strong> trimestre de 2009, o fluxo de recursos estrangeiros retornasse gradativamente aoPaís. A necessidade de intervenções da autoridade no merca<strong>do</strong> de câmbio, com vistas a normalizar aoferta de dólar no merca<strong>do</strong> a vista e futuro, durou poucos meses, ten<strong>do</strong> as reservas internacionais (noconceito de liquidez internacional) retorna<strong>do</strong> ao patamar pré-crise no fim <strong>do</strong> primeiro semestre de 2009.O fluxo de investimento direto se elevou e o em carteira voltou a ser positivo desde março, enquantoa taxa de rolagem <strong>do</strong>s empréstimos de médio e longo prazo também aumentou. Desse mo<strong>do</strong>, com osetor externo brasileiro menos vulnerável a choques externos e com a expectativa positiva em relação àmanutenção de ingresso de capitais, em 2009, o real voltou à trajetória de valorização desde março.Políticas Monetária, Creditícia e CambialO comportamento da autoridade monetária ao longo de 2008 e, no primeiro semestre de 2009, refleteo compromisso com o regime de metas de inflação e reforça sua credibilidade, ao mostrar autonomiaoperacional para a<strong>do</strong>tar os ajustes necessários na política monetária quan<strong>do</strong> o cenário assim o exige.Os movimentos observa<strong>do</strong>s dividem-se em <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s. No primeiro, antes <strong>do</strong> acirramento da criseinternacional, a economia brasileira crescia a taxa superior a 6,5% ao ano e a inflação ao consumi<strong>do</strong>r medidapelo IPCA apresentava trajetória ascendente. Neste perío<strong>do</strong>, o Bacen elevou a taxa básica de juros em 2,5pontos percentuais, para 13,75% ao ano em setembro de 2008, consideran<strong>do</strong> que os efeitos <strong>do</strong> investimentosobre a capacidade produtiva da economia ainda precisavam consolidar-se. Também, ponderou que acontribuição <strong>do</strong> setor externo para cenário inflacionário benigno parecia tornar-se menos efetiva, diante <strong>do</strong>forte ritmo de expansão da demanda <strong>do</strong>méstica e <strong>do</strong> crescimento das pressões inflacionárias globais.O segun<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> é caracteriza<strong>do</strong> pelo recrudescimento da crise financeira internacional, após a falência <strong>do</strong>banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, quan<strong>do</strong> houve forte reversão <strong>do</strong> ciclo deexpansão econômica, sob o impacto das restrições no merca<strong>do</strong> de crédito. Reconhecida a implicação depressivaque a obstrução <strong>do</strong>s canais de crédito poderia exercer sobre o setor real, os bancos centrais e os governos <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Japão e de países da União Europeia implantaram, ou aumentaram de forma coordenada,ações destinadas a estabilizar seus sistemas financeiros e a mitigar os efeitos da crise sobre o nível de atividade.Nesse cenário, o Copom, inicialmente, decidiu pela manutenção da meta para a taxa Selic em 13,75%ao ano. Por ocasião da última reunião <strong>do</strong> Copom de 2008, apesar de se observar sinais evidentes<strong>do</strong> enfraquecimento intenso e generaliza<strong>do</strong> das economias desenvolvidas e de algumas indicaçõesde arrefecimento na atividade interna, a dinâmica inflacionária continuava apresentan<strong>do</strong> risco,ten<strong>do</strong> em vista a expansão ainda robusta da demanda <strong>do</strong>méstica e o possível impacto <strong>do</strong> processo deestreitamento das fontes de financiamento externo sobre a trajetória <strong>do</strong> preço <strong>do</strong>s ativos brasileiros.Em 2009, após constatar a forte retração na atividade econômica nos últimos <strong>do</strong>is meses <strong>do</strong> ano anteriore com a queda da inflação ao consumi<strong>do</strong>r acumulada em 12 meses e das expectativas de inflação <strong>do</strong>merca<strong>do</strong>, o Bacen passou a flexibilizar a política monetária. Entre janeiro e julho de 2009, a taxa básicada economia foi reduzida em 5,0 pontos percentuais, atingin<strong>do</strong> o patamar de um dígito, 8,75% a.a.23

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