148Percursos daEducação IntegralEM BUSCA <strong>DA</strong> QUALI<strong>DA</strong>DE Eda EQUI<strong>DA</strong>DEopinião de especialistaCleuza RepulhoProfessora, Mestre emEducação de Jovens eAdultos. Entre 2001 e 2007 Falar de Educação Integralem tempos em quefoi Secretária de Educaçãode Santo André–SP, em 2008todos os desafios estãoatuou na UNESCO e no MEC.Desde 2009 é Secretária de colocados simultaneamenteé importante eEducação de São Bernardodo Campo. É Presidentadesafiador. Como gestorespúblicos é precisoNacional da União Nacionaldos Dirigentes Municipais deEducação desde 2011. implementar políticascada vez mais ousadas,garantindo acesso, permanênciae a necessáriaHelena Negreirosqualidade dos temposMestre em Educação pela e espaços de aprendizagemnas diferentesUniversidade Metodista deSão Paulo. Mestranda em modalidades. Para corroborarcom os objetivosCiências Humanas e Sociaispela UFABC onde pesquisapolíticas públicas dee metas estabelecidoseducação integral. Autora em cada município édo livro ‘Leitura e Lazer:preciso, entre programasuma alquimia possível’.e projetos relevantes,ampliar progressivamente,o atendimento à educação integral, para alémda ampliação de jornada na escola.Escola e Comunidade: diálogos,construções e conquistasPara construir a concepção de Educação Integralem São Bernardo do Campo, em 2009, houve oentendimento da Administração que era precisodialogar com as instituições presentes nas comunidades,com atendimento em atividades socioeducativas,aos próprios alunos das unidades escolaresmunicipais. As organizações não governamentaisda cidade contavam com diferentes percursos,atores, recursos, já estavam em contato com asfamílias e teriam importantes contribuições paraesse trabalho no diálogo com a Secretaria deEducação e com as Unidades Escolares.O trabalho, para atender inicialmente 30 das 70escolas da rede – hoje são 37 escolas e oito milalunos atendidos - contou com algumas etapasiniciais: edital de chamamento das organizaçõesda cidade, apresentação da proposta de trabalho,visitas técnicas às organizações para conhecerseus percursos, concepções e espaços, seleçãoe definição das parcerias para os processos deconveniamento, estudos para organização dosmódulos de atendimento, definição da propostae do parceiro formativo para todos os atores doprograma, definição das oficinas desejadas pelasescolas, com a seleção dos materiais e espaçosnecessários para sua realização, foram algumasdas fases que precederam o início das atividadesdo programa.Um dos objetivos da Educação Integral nesta redeé garantir ampliação do repertório de mundodos alunos e alunas, por meio de propostas quepossam coloca-los em contato com outras possi-
A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO <strong>INTEGRAL</strong> 149bilidades de construção de conhecimento por meio damúsica, das danças, das artes em geral e esportes, nãoignorando o conhecimento e a cultura que os alunos játêm, mas explorando novas habilidades e saberes, reforçandoa necessidade de convivência, de construçãode regras, não apenas para que todos possam aprendermais e melhor, mas para que sejam humanos melhores,que compreendam a complexidade atual e possamlidar com os desafios impostos pelas mudanças rápidasque não param de acontecer.Trabalhar com novos parceiros no processo pedagógico,entre eles educadores sociais com seus saberese percursos, mudou a rotina das escolas, introduziunovos atores, novos ritmos, cores, jeitos, dinâmicas epropostas. Tudo isso demandou muita organizaçãoem todas as instâncias, articulação permanente emuito diálogo, principalmente, porque os espaçosescolares não comportavam e ainda não comportamnecessariamente todas as oficinas, todos os dias.Foi necessário mapear espaços e possibilidades nascomunidades e contar com apoio dos familiares quenormalmente consideram pouco seguro expandir otrabalho pedagógico para além dos muros da escola,para ocupar novos espaços, entre eles: clubes, centrosde convivências, associação de moradores de bairro,salões de igreja, espaços de outras secretarias. Parater apoio e confiança dos familiares é preciso garantirinformação e formação, assim, se pode progressivamentecompreender ampliação de jornada, comocontinuidade das propostas pedagógicas previstasnos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas, comintencionalidade pedagógica e acompanhamentodos processos e resultados.Circular pelas comunidades, também demandoucontato e discussão constante com as famílias epara que tudo isso ganhe sentido, é preciso estarseguro dos objetivos deste trabalho, das etapas doprograma, da necessidade permanente de reavaliar.Todas essas questões são possíveis quando sãogarantidos momentos para o debate e para osprocessos formativos. Neste sentido, os registros sãode fundamental importância.Com um ano de existência do programa, foi possívelperceber que as propostas realizadas em ampliaçãode jornada, poderiam e deveriam ser desenvolvidastambém no horário regular quebrando a lógica dosprivilégios, garantindo na rotina de todas as salasdas escolas que contam com o programa ‘Tempo deEscola’ oficinas de capoeira, de dança, de desenho, dehip hop, de skate, entre outras. Organizadas a partirda definição da equipe pedagógica da escola e dadiscussão com os professores sobre quais oficinaspoderiam estabelecer melhor relação com suas propostasde trabalho e em qual tempo.Organizar essa rotina tem sido tarefa complexa,trabalhosa, mas instigante e altamente compensadora,quando se pode constatar em pouco tempode existência do programa, que os alunos e alunascertamente serão humanos melhores do quesomos, e mais do que isso, eles já tem nos dadolições de generosidade e cidadania e nada dissoseria possível sem os profissionais de cada escola ede cada organização que trabalham intensamentepela construção de uma escola melhor e uma cidademais acolhedora.
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