58Percursos daEducação IntegralEM BUSCA <strong>DA</strong> QUALI<strong>DA</strong>DE Eda EQUI<strong>DA</strong>DEopinião de especialistaINTEGRAÇÃO CURRICULARDiversos fatores concorrem para quea integração curricular se efetive. Sãofatores que se entrelaçam e dependemdo desenho da educação integralproposta – que, no meu entender, sedesenvolve em tempo integral –, seusobjetivos, a quem visa atender, quemdesenvolve asatividades. Ébom esclarecerLúcia Velloso Mauricio um de seuspressupostos:Professora-adjunta da UERJ/ a integraçãoFFP. Mestrado, doutorado ecurricular nãopós-doutorado em educação. é espontânea,Responsável pela formação deela é construída,professores na implantaçãodos CIEPs. Ex-consultora da depende deFundação Darcy Ribeirointenção eplanejamento,de trabalhocoletivoe organização para que possa seralcançada. Alguns aspectos facilitama integração curricular; o que nãosignifica que garantam. Outrosdificultam essa integração; o que nãoquer dizer que a impeçam.Tomemos como modelo uma propostade educação integral que tenha todos osfatores favoráveis para essa integração:primeiro, ela se dá em tempo integralpara alunos e professores, assim toda acomunidade escolar pode desfrutar docontato prolongado ao longo do dia,todos os dias; segundo, todos os alunosestão incluídos no projeto, portanto nãohá necessidade de separar atividadescurriculares num turno e atividadesde ampliação curricular/jornada emoutro, permitindo a organização dohorário que entremeia atividadesde concentração intelectual comatividades de expressão artística, porexemplo; dessa forma, os profissionaisde diferentes formações terãooportunidade de convivência próxima,trocando ideias, incorporando novaspráticas; terceiro, há disponibilidadede infraestrutura e espaço na escolapara o desenvolvimento das diversasatividades, desse modo os váriosprofissionais e alunos têm possibilidadede aproximação maior porque partilhamlugares comuns. Por mais que se possamorganizar atividades no espaço dentroda escola, facilitando proximidade entreos participantes da comunidade escolar,é sempre estimulante, desejável eenriquecedor desenvolver atividadesem espaços da cidade/município,não por falta de espaço escolar, maspelo objetivo mesmo de vivenciar oespaço extraescolar.
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM59Apesar do modelo descrito, os fatores quefavorecem a integração curricular por si só nãosão suficientes para que ela seja construída,mesmo supondo as condições necessárias comorecursos materiais e humanos suficientes, além dainfraestrutura adequada. É indispensável que osobjetivos do projeto de educação integral sejamnão apenas conhecidos por todos os integrantesda comunidade escolar, como partilhados,processo que ocorre quando se dá a construçãocoletiva desses objetivos. Vamos supor ummunicípio que tenha como programa de governodesenvolver educação integral em tempo integralem determinado número de escolas. O processode discussão interno da escola para avaliar se elaapresenta condições para aderir a esse projetojá constitui a primeira etapa da sua discussãocoletiva. Para que a adesão se fortaleça, processoque ocorre no debate para operacionalizaçãodo projeto, é necessário garantir tempo regularde discussão coletiva, previsto, inclusive, nocalendário escolar. Essa discussão coletiva éum processo formativo que deve atender ademandas da própria escola como a temas queos implementadores do projeto considerempertinentes. O que se quer destacar é que oprojeto de educação integral é da escola e não dealguns professores, portanto a escola o constrói namedida em que pavimenta suas etapas através dasua discussão coletiva. É um processo formativode equipe, que pode ser auxiliado pela presençade especialistas para aprofundar determinadostemas, como também pela instituição da funçãode coordenador do projeto, professor da escolaque atue exatamente no sentido de buscar aintegração das diversas linguagens através daarticulação dos vários profissionais organizados notempo e no espaço.Um fator que pode favorecer a integração curriculardiz respeito aos profissionais que vão desenvolvero projeto. Se são todos professores, apesar dagrande variedade de concepções de educação ede mundo com as quais se identificam, já se partede uma base comum para o desenvolvimentode qualquer projeto, porque partilham, de certamaneira, de formação equivalente, de condições detrabalho semelhantes, legitimados por processosregulatórios comuns. Se são profissionais comformações diversas e em níveis diferenciados, esseprocesso de integração provavelmente vai requereresforço maior, tendo em vista que a aproximaçãoentre diferentes ou desiguais pode ser delicada, àsvezes conflituosa, e supõe a construção de basescompatíveis como carga horária, remuneração,participação em decisões, entre outras. Não sequer dizer que trabalhar exclusivamente comprofessores é a melhor proposta; o que se quer échamar atenção para o fato de que a integraçãoda diversidade pede mais cuidado. Vale lembrarque nem sempre há professores disponíveis paraa variedade de linguagens que se quer oferecer,como também que a diversidade de profissionais émuito enriquecedora.Nos municípios que já pesquisamos,particularmente no Ceará, temos visto projetosde educação integral com professores, com
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