152Percursos daEducação IntegralEM BUSCA <strong>DA</strong> QUALI<strong>DA</strong>DE Eda EQUI<strong>DA</strong>DEEste capítulo pretenderesponder as seguintesquestões:Como avaliar aspectos subjetivosda aprendizagem?Como empreender um processoavaliativo de modo que todosparticipem?Como elaborar indicadoresadequados à minha realidade?Processos de monitoramento eavaliação entraram definitivamentena pauta da área educacional há maisde uma década. Em nível nacional, o ExameNacional do Ensino Médio (Enem), a ProvaBrasil, o Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (Ideb), o Exame Nacionalde Desempenho do Ensino Superior (Enade)e alguns outros exames ou indicadoresgeraram discussões acaloradas sobre aimplementação de programas de avaliaçãode diferentes tipos e objetivos em todosos segmentos da educação. No terceirosetor, as ONGs foram movidas a avaliarsobretudo pela necessidade de prestarcontas ao público e financiadores e degerar informações sobre o próprio trabalho,Seja por esses motivos, seja para formular,acompanhar, gerir, sistematizar, certificar ouaté por marketing social, políticas públicasou iniciativas do terceiro setor foram seaprimorando de tal forma que, hoje em dia,a avaliação é um tema bastante presente 26 .Por todo o Brasil encontramos ONGs 27 ,escolas, redes municipais e estaduais àsvoltas com a análise de dados colhidosde maneira mais ou menos rigorosa, queobjetivam examinar resultados de suaação. Educadores, técnicos e gestoresse habituaram ao vocabulário da área,incorporando ao seu cotidiano palavrascomo critérios, indicadores, descritores,objetivos, instrumentos etc., e muitas vezes seresponsabilizam pela criação e execução demétodos que lhes permitem identificar seusproblemas e avanços, o que sem dúvidavem gerando aprimoramento do trabalhoeducativo.A importância de avaliar é, portanto,consenso, mas não reduz a dificuldade defazê-lo, ao contrário. Elaborar uma provasobre um conteúdo dado aos alunos semprefoi algo corriqueiro na prática do professor,mas isso é bem diferente de avaliar umprograma que envolve muitas escolas e aindaoutras instituições; saber se todas as turmasde 7º ano de uma escola foram bem emCiências não equivale a descobrir se essascrianças estão mais sociáveis, respeitosasou colaborativas. À medida que se ampliamou se diversificam as áreas, habilidades,26 Ver, por exemplo: www.fundacaoitausocial.org.br/temas-de-atuacao/gestao-educacional/avaliacaoe-aprendizagem/.27 Ver resumo do relatório de pesquisa “A avaliaçãode programas e projetos sociais de ONGs noBrasil”. Disponível em: www.fundacaoitausocial.org.br/_arquivosestaticos/FIS/pdf/relatorio_pesquisa_avaliacao_projetos_sociais.
Monitoramento e avaliação em programas de Educação Integral 153competências e conhecimentos trabalhados, também se tornam mais complexasas formas de apreender sua evolução/resultado, assim como dos programasque as geraram. O monitoramento e a avaliação de projetos ou programaseducacionais são instrumentos fundamentais na educação integral uma vezque podem nos dizer se as estratégias e processos desenvolvidos estão sendoeficientes e eficazes e se produzem os efeitos desejados 28 .Por essa razão, muitos gestores buscam ajuda de especialistas para criar programas,bancos de dados ou elaborar metodologias de avaliação; outros utilizam recursosexternos. Seja qual for a forma utilizada, o monitoramento da prática é umanecessidade. De modo geral, isso significa que os educadores compreendem queé preciso ter diagnósticos cada vez mais claros sobre aspectos da sua realidade afim de elaborar ações capazes de resolver ou minimizar problemas, gerar avanços,generalizações e efeitos multiplicadores, ou seja, progredir. Esta é, de fato, a finalidadeda avaliação: ser instrumento para melhorar, aperfeiçoar, superar.Se todos já sabem da importância e das vantagens de avaliar, alguns mitos aindapersistem e acabam por gerar um sentimento de incapacidade ou mesmo medode implementar um processo avaliativo. Os trabalhos destacados neste capítulosão um exemplo real dessas possibilidades. Alguns dos mitos mais frequentes queassombram educadores costumam aparecer da seguinte forma:1. Não dá para medir atitudes e comportamentos de crianças e adolescentes porquesão aspectos muito subjetivos. Essa é sem dúvida a principal oposição emrelação à avaliação de educadores que trabalham em programas de educaçãointegral. Mas você verá no exemplo do Município de Santos, como aspectostão importantes como a participação no grupo, a convivência harmônica, osenso de responsabilidade ou a solidariedade também podem ser monitoradose avaliados por professores ou educadores.28 Cada etapa do trabalho de implantação de um projeto/programa tem seu objetivo e sua função,requerendo um tipo de avaliação específica, como assinala Draibe (apud Barreira e Carvalho,2001, p. 19): “O tipo e a natureza de uma dada pesquisa de avaliação são definidos em umcampo bastante complexo de alternativas, referentes, cada uma delas, a distintas dimensões,momentos e etapas do programa ou da política que se pretende avaliar”. Outras distinçõessobre tipos de avaliações podem ser encontradas nesse artigo. Recomendamos ainda o capítulo8 “Monitoramento e avaliação: (re)conhecer processos e potencializar resultados” do livroTendências para educação integral que aprofunda o tema de modo claro e pertinente.
- Page 1:
Percursosda EducaçãoIntegralem bu
- Page 4 and 5:
IniciativaFundação Itaú SocialVi
- Page 6:
6Percursos daEducação IntegralEM
- Page 10 and 11:
10Percursos daEducação IntegralEM
- Page 12 and 13:
12Percursos daEducação IntegralEM
- Page 15 and 16:
capítulo01NOVASMETODOLOGIAS,CONTE
- Page 17 and 18:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 19 and 20:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 21 and 22:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 23 and 24:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 25 and 26:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 27 and 28:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 29 and 30:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 31 and 32:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 33 and 34:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 35 and 36:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 37 and 38:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 39 and 40:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 41 and 42:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 43 and 44:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 45 and 46:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 47 and 48:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 49 and 50:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 51 and 52:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 53 and 54:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 55 and 56:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 57 and 58:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 59 and 60:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 61 and 62:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 63 and 64:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 65 and 66:
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ES
- Page 67 and 68:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 69 and 70:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 71 and 72:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 73 and 74:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 75 and 76:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 77 and 78:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 79 and 80:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 81 and 82:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 83 and 84:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 85 and 86:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 87 and 88:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 89 and 90:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 91 and 92:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 93 and 94:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 95 and 96:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 97 and 98:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 99 and 100:
NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 101 and 102: NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 103 and 104: NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 105 and 106: NOVAS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM P
- Page 107 and 108: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 109 and 110: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 111 and 112: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 113 and 114: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 115 and 116: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 117 and 118: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 119 and 120: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 121 and 122: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 123 and 124: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 125 and 126: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 127 and 128: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 129 and 130: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 131 and 132: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 133 and 134: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 135 and 136: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 137 and 138: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 139 and 140: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 141 and 142: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 143 and 144: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 145 and 146: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 147 and 148: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 149 and 150: A GESTÃO EM EXPERIÊNCIAS DE EDUCA
- Page 151: capítulo04Monitoramentoe avaliaç
- Page 155 and 156: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 157 and 158: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 159 and 160: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 161 and 162: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 163 and 164: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 165 and 166: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 167 and 168: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 169 and 170: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 171 and 172: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 173 and 174: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 175 and 176: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 177 and 178: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 179 and 180: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 181 and 182: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 183 and 184: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 185 and 186: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 187 and 188: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 189 and 190: Monitoramento e avaliação em prog
- Page 192: Coordenação TécnicaIniciativa