62Percursos daEducação IntegralEM BUSCA <strong>DA</strong> QUALI<strong>DA</strong>DE Eda EQUI<strong>DA</strong>DEarticulação com instituições da comunidade local(associações comunitárias, clubes, estabelecimentoscomerciais, empresas, fábricas, centros de lazer,centros culturais, centros de saúde, igrejas, creches,faculdades, universidades, fundações e institutosde pesquisa), buscando oferecer experiênciasplurais como oficinas de arte, atividades esportivase culturais e reforço escolar, dentre outras. Nessadireção, toda a comunidade, ou seja, os atores quedela participam das mais diversas formas, tornamseco-responsáveis e colaboradores no processo deaprendizagem das crianças e adolescentes na suaplenitude e, como consequência, a escola se envolvemais diretamente no cotidiano dos educandos.Muitas das oficinas culturais e educativas que sãooferecidas no turno complementar são ministradaspor agentes culturais selecionados na própriacomunidade, tais como: artistas, artesãos, mestresde capoeira, instrutores de artes marciais, danças,dentre outros, e ainda estagiários universitários queorganizam oficinas relacionadas ao curso de origemou atuam em estratégias de reforço escolar, como opara-casa 12 .Nas duas propostas podemos encontrar apenasgrupos de alunos atendidos no programa, sendogeralmente os que apresentam maiores dificuldadede aprendizagem e/ou os que se encontram emsituação de risco social, ou o atendimento de todosos alunos matriculados.12 Em outras regiões do Brasil: dever de casa ou tarefa.As duas opções são válidas e apresentam pontosnegativos e positivos, e a criatividade dos gestorese professores vai construindo outras possibilidadesde ampliação do tempo escolar. O importante éque essas propostas tenham como eixo propiciar àscrianças e adolescentes das classes populares, tempoescolar adequado para assegurar a igualdade decondições para o acesso e a permanência na escola,e a formação comum indispensável para o exercícioda cidadania e fornecer-lhes meios e em estudosposteriores para progredir no trabalho, condiçõesestas que, no geral, já estão asseguradas às criançase adolescentes da classe média, conforme dispostono art. 206 da Constituição Federal.Sabemos que não há como universalizar a escolade horário integral em curto espaço de tempo emtodo país, pois reorganizar espaços e tempos nosentido da sua ampliação exige custos, seja na contrataçãode novos profissionais, na adaptação dainfraestrutura ou na aquisição de novos materiaisdidáticos e pedagógicos. Essa universalização serágradual, mas deve estar alicerçada em bases fortes,garantindo de fato a melhoria da aprendizagemde todas as crianças e adolescentes, e diminuindodrasticamente a evasão e a repetência. As propostasde ampliação do tempo devem ter como objetivopromover a inclusão e ao mesmo tempo contribuirpara a melhoria da qualidade da formação doestudante, para responder às várias necessidadesformativas do sujeito, contemplando não somentea dimensão cognitiva, mas também as dimensõesafetiva, ética, política, cultural e estética.
NOVAS METODOLOGIAS, CONTEÚDOS E ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM63As experiências atuais têm mostrado anecessidade de refletirmos sobre alguns aspectosda escola pública de horário integral, em especialdaquelas que são construídas em parcerias coma sociedade civil. O primeiro aspecto diz respeitoà articulação da proposta curricular do turnoregular com a do turno complementar. Comobem recomenda o Ministério da Educação, nodocumento “Educação Integral: Texto Referênciapara o Debate Nacional”,a ampliação da jornada não pode ficar restritaà lógica da divisão em turnos, pois isso podesignificar uma diferenciação explícita entre umtempo de escolarização formal, de sala e aula,com todas as dimensões e ordenações pedagógicas,em contraposição a um tempo não instituído,sem compromissos educativos, ou seja, maisvoltado para à ocupação do que à educação.(BRASIL, 2008, p.23)Assim, é fundamental que as atividadessocioeducativas no turno complementarestejam integradas ao projeto políticopedagógicoda escola. Uma boa alternativa seriapensar em uma organização que intercalasseatividades do “currículo formal” com as atividadescomplementares. A ideia é deixar claro que todasas atividades são importantes para o projetopolítico-pedagógico da escola e ele deveráser único, conhecido e efetivado por todos osprofessores, monitores, agentes culturais, ouoficineiros envolvidos no trabalho educativo.Necessariamente, se o projeto pedagógicoda escola já estiver elaborado, deverá serredimensionado coletivamente para incluir aproposta de escola de horário integral.A construção da unidade pedagógica da escolapode ser facilitada com a existência de umprofissional, de preferência um professor ou opróprio coordenador pedagógico, com a funçãode estabelecer as articulações entre as atividadesdos dois turnos e é fundamental a interação dosprofissionais que atuam no tempo integral com osdocentes da escola, para que não sejam geradasinsatisfações de natureza diversas. É necessáriauma gestão integrada de toda a escola e osgestores escolares devem estar atentos para aconstrução de espaços e tempos que permitamessas articulações. A integração deve se dar nasrotinas do dia a dia e deve contemplar a avaliaçãodos aspectos negativos, positivos e o que precisamelhorar para um planejamento conjunto dosemestre ou do ano seguinte.O segundo aspecto que gostaríamos desalientar é que a escola de tempo integraldeve ser vista na ótica do direito das criançase adolescentes e como dever do Estado. Nãohá implantação da escola de tempo integralsem vontade política, pois ela implica em umadisponibilidade de recursos materiais e humanossignificativa, ou uma articulação entre serviçosoferecidos pelo Estado e pela comunidade quenão se dá espontaneamente. Portanto, ela deveser uma política de Estado, assumida em suaplenitude pelos governos.
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