20.09.2016 Views

A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Judas não tinha coração para os pobres. Houvessem vendido o ungüento <strong>de</strong> Maria, caísse o lucro em<br />

seu po<strong>de</strong>r, e não teriam os pobres recebido benefício. Judas tinha em alto conceito sua habilida<strong>de</strong><br />

administrativa. Julgava-se, como financista, muito superior aos condiscípulos e levara-os a consi<strong>de</strong>rá-lo da<br />

mesma maneira. Conquistara-lhes a confiança, e exercia sobre eles gran<strong>de</strong> influência. Sua professada simpatia<br />

pelos pobres os enganou; e a astuta insinuação que fez os levou a olhar com <strong>de</strong>sconfiança a <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong><br />

Maria. E em volta da mesa passou a murmuração: “Para que é este <strong>de</strong>sperdício? Pois este ungüento podia<br />

ven<strong>de</strong>r-se <strong>por</strong> gran<strong>de</strong> preço, e dar-se o dinheiro aos pobres”. Mateus 26:8, 9. Maria ouviu as palavras <strong>de</strong> crítica.<br />

O coração tremeu-lhe no peito. Temeu que a irmã a repreen<strong>de</strong>sse <strong>por</strong> seu <strong>de</strong>sperdício.<br />

Talvez o Mestre também a julgasse imprevi<strong>de</strong>nte. Sem se justificar ou apresentar <strong>de</strong>sculpa, estava para<br />

se esquivar dali, quando se ouviu a voz <strong>de</strong> Seu Senhor: “Deixai-a, <strong>por</strong> que a molestais?” Viu que ela estava<br />

embaraçada e aflita. Sabia que nesse ato <strong>de</strong> serviço exprimira gratidão pelo perdão <strong>de</strong> seus pecados, e acalmoulhe<br />

o espírito. Erguendo a voz acima dos murmúrios da crítica, disse: “Ela praticou boa ação para comigo.<br />

Porque os pobres, sempre os ten<strong>de</strong>s convosco e, quando quiser<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>is fazer-lhes bem, mas a Mim nem<br />

sempre Me ten<strong>de</strong>s. Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o Meu corpo para a sepultura”. Marcos 14:6-8.<br />

A fragrante oferenda que Maria pensara prodigalizar ao corpo inanimado do Salvador,vazou-a ela sobre Ele<br />

vivo.<br />

No sepultamento, seu aprazível odor não po<strong>de</strong>ria impregnar senão o túmulo; agora, alegrou-Lhe o<br />

coração com a certeza <strong>de</strong> sua fé e amor. José <strong>de</strong> Arimatéia e Nico<strong>de</strong>mos não ofereceram suas dádivas <strong>de</strong> amor<br />

a <strong>Jesus</strong> em vida. Com amargo pranto levaram suas custosas especiarias ao frio e inconsciente corpo. As<br />

mulheres que levaram especiarias ao sepulcro, em vão o fizeram, pois verificaram ter Ele ressuscitado. Mas<br />

Maria, extravasando o seu amor sobre o Salvador enquanto Ele tinha conhecimento da <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong>la, estava-<br />

O preparando para Seu sepultamento. E, ao baixar à treva <strong>de</strong> Sua gran<strong>de</strong> prova, levou consigo a lembrança<br />

<strong>de</strong>sse ato, penhor do amor que Seus remidos Lhe votariam para sempre. Muitos há que levam aos mortos<br />

preciosos dons. De pé, ao lado da querida figura para sempre silenciosa, proferem abundantes palavras <strong>de</strong><br />

amor. Ternura, apreço, <strong>de</strong>dicação, tudo é prodigalizado àquele que já não vê nem ouve. Houvessem essas<br />

palavras sido ditas quando o fatigado espírito tanto <strong>de</strong>las necessitava; quando o ouvido as apreen<strong>de</strong>ria e o<br />

coração as podia sentir, quão precioso teria sido o seu perfume! Maria não sabia toda a significação <strong>de</strong> seu ato<br />

<strong>de</strong> amor.<br />

Não podia respon<strong>de</strong>r a seus acusadores. Não saberia explicar <strong>por</strong> que escolhera aquela ocasião para<br />

ungir a <strong>Jesus</strong>. O Espírito Santo planejara <strong>por</strong> ela, e ela Lhe obe<strong>de</strong>cera às sugestões. A inspiração não se <strong>de</strong>tém<br />

para dar o motivo. Presença invisível, fala ela à mente e à alma, e move o coração para agir. Ela é sua própria<br />

justificação. Cristo explicou a Maria o significado <strong>de</strong> seu ato, e com isso <strong>de</strong>u mais do que recebera. “Ora,<br />

365

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!