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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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Ao ouvir esta o testemunho dos discípulos quanto a <strong>Jesus</strong>, alegrara-se com a certeza <strong>de</strong> não haverem<br />

sido vãs suas tão longamente acariciadas esperanças. Entretanto, teria ela sido mais que humana, não se lhe<br />

houvesse misturado a essa santa alegria um traço do natural orgulho <strong>de</strong> mãe amorosa. Ao ver os muitos olhares<br />

voltados para <strong>Jesus</strong>, anelava que Ele <strong>de</strong>monstrasse aos assistentes ser realmente o Honrado <strong>de</strong> Deus. Esperava<br />

que houvesse o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ele operar um milagre diante <strong>de</strong>les. Era costume, naqueles tempos, que as festas<br />

<strong>de</strong> casamento continuassem <strong>por</strong> vários dias. Verificou-se nessa ocasião, antes do fim da festa, haver-se<br />

esgotado a provisão <strong>de</strong> vinho. Isso causou muita perplexida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sgosto. Era coisa fora do comum dispensar<br />

o vinho em ocasiões festivas, e a ausência do mesmo pareceria indicar falta <strong>de</strong> hospitalida<strong>de</strong>. Como parenta<br />

dos noivos, Maria ajudara nos preparativos da festa, e falou agora a <strong>Jesus</strong>, dizendo: “Não têm vinho”. Essas<br />

palavras eram uma sugestão <strong>de</strong> que Ele po<strong>de</strong>ria suprir a necessida<strong>de</strong>.<br />

Mas <strong>Jesus</strong> respon<strong>de</strong>u: “Mulher, que tenho eu contigo? ainda não é chegada a Minha hora”. João 2:3,<br />

4. Essa resposta, abrupta como nos possa parecer, não exprimia frieza nem <strong>de</strong>scortesia. A maneira <strong>de</strong> o<br />

Salvador Se dirigir a Sua mãe, estava em harmonia com os costumes orientais. Era empregada para com<br />

pessoas a quem se <strong>de</strong>sejava mostrar respeito. Todo ato da vida terrestre <strong>de</strong> Cristo estava em harmonia com o<br />

preceito dado <strong>por</strong> Ele próprio: “Honra a teu pai e a tua mãe”. Êxodo 20:12. Na cruz, em Seu último ato <strong>de</strong><br />

ternura para com Sua mãe, <strong>Jesus</strong> dirigiu-Se a ela da mesma maneira, ao confiá-la ao cuidado do mais amado<br />

discípulo. Tanto na festa nupcial como ao pé da cruz, o amor expresso no tom, no olhar e na maneira, era o<br />

intérprete <strong>de</strong> Sua palavras. Em Sua visita ao templo, na infância, ao <strong>de</strong>svendar-se diante dEle o mistério <strong>de</strong><br />

Sua obra, Cristo dissera a Maria: “Não sabeis que Me convém tratar dos negócios <strong>de</strong> Meu Pai?” Lucas 2:49.<br />

Essas palavras ferem a nota tônica <strong>de</strong> toda a Sua vida e ministério. Tudo estava subordinado a Sua obra, a<br />

gran<strong>de</strong> obra <strong>de</strong> re<strong>de</strong>nção para cujo cumprimento viera ao mundo. Agora, repetiu a lição. Havia risco <strong>de</strong> Maria<br />

olhar a suas relações com <strong>Jesus</strong> como lhe dando sobre Ele especial direito, bem como o <strong>de</strong>, até certo ponto, O<br />

dirigir em Sua missão. Ele lhe fora <strong>por</strong> trinta anos Filho obediente e amoroso, e Seu amor não mudara; agora,<br />

<strong>por</strong>ém, Lhe cumpria tratar da obra do Pai. Como Filho do Altíssimo, e Salvador do mundo, laço algum terrestre<br />

O <strong>de</strong>ve afastar <strong>de</strong> Sua missão, ou influenciar-Lhe o procedimento. Deve estar livre para fazer a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Deus. Essa lição <strong>de</strong>stina-se também a nós. Os direitos <strong>de</strong> Deus são superiores mesmo aos laços das relações<br />

humanas. Nenhuma atração terrestre nos <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sviar os pés da vereda que Ele nos manda trilhar.<br />

A única esperança <strong>de</strong> re<strong>de</strong>nção para nossa caída raça, está em Cristo; Maria só podia encontrar salvação<br />

mediante o Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Deus. Não possuía em si mesma nenhum mérito. Seu parentesco com <strong>Jesus</strong> não a<br />

colocava para com Ele em posição diversa, espiritualmente, da <strong>de</strong> qualquer outro ser humano. Isso se acha<br />

indicado nas palavras do Salvador. Ele torna clara a distinção entre Sua relação para com ela como Filho do<br />

homem, e Filho <strong>de</strong> Deus. O laço <strong>de</strong> parentesco entre eles não a coloca, <strong>de</strong> maneira alguma, em pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong><br />

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