20.09.2016 Views

A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

para vos cirandar como trigo; mas Eu roguei <strong>por</strong> ti, para que a tua fé não <strong>de</strong>sfaleça”. Lucas 23:31, 32. Refletiu<br />

com horror em sua própria ingratidão, falsida<strong>de</strong>, perjúrio. Olhou uma vez mais para o Mestre, e viu sacrílega<br />

mão levantada para Lhe bater na face. Incapaz <strong>de</strong> su<strong>por</strong>tar <strong>por</strong> mais tempo a cena, precipitou-se, coração<br />

quebrantado, para fora da sala. E avançou, pela solidão e a treva, sem saber nem cuidar para on<strong>de</strong>. Encontrouse,<br />

enfim, no Getsêmani. A cena <strong>de</strong> poucas horas antes acudiu-lhe vivamente à memória. O rosto sofredor <strong>de</strong><br />

<strong>Jesus</strong>, manchado <strong>de</strong> sanguinolento suor e convulsionado pela agonia, surgiu diante <strong>de</strong>le. Lembrou-se com<br />

atroz remorso que Ele chorara e Se angustiara sozinho em oração, ao passo que os que se Lhe <strong>de</strong>viam ter unido<br />

naquela probante hora estavam adormecidos. LembrouLhe a solene recomendação: “Vigiai e orai, para que<br />

não entreis em tentação”. Mateus 26:41.<br />

Testemunhou novamente a cena na sala do julgamento. Foi-lhe tortura ao coração a sangrar, saber que<br />

ajuntara o maior peso à humilhação e pesar do Salvador. No próprio lugar em que <strong>Jesus</strong> <strong>de</strong>rramara a alma em<br />

agonia perante o Pai, Pedro caiu sobre o rosto e <strong>de</strong>sejou morrer. Fora <strong>por</strong> dormir quando <strong>Jesus</strong> lhe recomendara<br />

vigiar e orar, que Pedro preparara o caminho para seu gran<strong>de</strong> pecado. Todos os discípulos, dormindo na hora<br />

crítica, sofreram gran<strong>de</strong> dano. Cristo sabia a cruel prova <strong>por</strong> que eles haviam <strong>de</strong> passar. Sabia como Satanás<br />

havia <strong>de</strong> agir para lhes paralisar os sentidos, a fim <strong>de</strong> se acharem <strong>de</strong>sapercebidos para a prova. Fora <strong>por</strong> isso<br />

que lhes <strong>de</strong>ra aviso. Houvessem aquelas horas no horto sido passadas em vigília e oração, e Pedro não teria<br />

ficado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> suas débeis forças.<br />

Não teria negado a seu Senhor. Houvessem os discípulos velado com Cristo em Sua agonia, e estariam<br />

preparados para Lhe contemplar os sofrimentos na cruz. Teriam compreendido, até certo ponto, a natureza <strong>de</strong><br />

Sua avassaladora angústia. Teriam podido recordar-Lhe as palavras predizendo os sofrimentos, a morte e a<br />

ressurreição. Entre as sombras da mais probante hora, alguns raios <strong>de</strong> esperança teriam aclarado as trevas e<br />

lhes sustido a fé. Assim que se fez dia, o Sinédrio tornou a reunir-se, e outra vez foi <strong>Jesus</strong> levado à sala do<br />

conselho. Declarara-Se Filho <strong>de</strong> Deus, e tinham feito Suas palavras uma acusação contra Ele. Mas não O<br />

podiam con<strong>de</strong>nar <strong>por</strong> isso, pois muitos <strong>de</strong>les não se achavam presentes à sessão da noite, e não Lhe tinham<br />

ouvido as palavras. E sabiam que o tribunal romano não veria nelas coisa alguma digna <strong>de</strong> morte. Mas se eles<br />

todos Lhe pu<strong>de</strong>ssem ouvir dos próprios lábios repetidas aquelas palavras, talvez conseguissem seu objetivo.<br />

Sua reivindicação ao messiado, po<strong>de</strong>riam interpretar como pretensão política, sediciosa. “És Tu o Cristo?”<br />

perguntaram, “dize-no-lo.”<br />

Mas Cristo permaneceu silencioso. Continuaram a im<strong>por</strong>tuná-Lo com perguntas. Por fim, com<br />

doloroso, comovedor acento, respon<strong>de</strong>u: “Se vo-lo disser, não o crereis; e também, se vos perguntar não Me<br />

respon<strong>de</strong>reis, nem Me soltareis.” Mas para que ficassem sem <strong>de</strong>sculpa, ajuntou a solene advertência: “Des<strong>de</strong><br />

agora o Filho do homem Se assentará à direita do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus.” “Logo, és Tu o Filho <strong>de</strong> Deus?” perguntaram<br />

469

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!