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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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Rabi?” <strong>Jesus</strong> respon<strong>de</strong>u solenemente: “Tu o disseste”. Mateus 26:25. Surpreendido e confuso ao ser exposto<br />

seu <strong>de</strong>sígnio, Judas ergueu-se, apressado, para <strong>de</strong>ixar a sala. “Disse pois <strong>Jesus</strong>: O que fazes, fá-lo <strong>de</strong>pressa.<br />

[...] E tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite”. João 13:27, 30. Noite se fez para o traidor ao<br />

sair ele da presença <strong>de</strong> Cristo, para as trevas exteriores. Até dar esse passo, Judas não passara os limites da<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrependimento.<br />

Mas quando saiu da presença <strong>de</strong> seu Senhor e <strong>de</strong> seus condiscípulos, fora tomada a <strong>de</strong>cisão final.<br />

Ultrapassara os termos. Admirável fora a longanimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Jesus</strong> no trato para com essa alma tentada. Coisa<br />

alguma que pu<strong>de</strong>sse salvar Judas, <strong>de</strong>ixara <strong>de</strong> ser feita. Depois <strong>de</strong> ele haver <strong>por</strong> duas vezes tratado entregar seu<br />

Senhor, <strong>de</strong>u-lhe ainda <strong>Jesus</strong> o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arrependimento. Lendo o secreto intento do coração traidor,<br />

Cristo lhe <strong>de</strong>u a última, final prova <strong>de</strong> Sua divinda<strong>de</strong>. Isto foi para o falso discípulo a última chamada ao<br />

arrependimento. Não se poupou nenhum apelo que o coração divino-humano <strong>de</strong> Cristo pu<strong>de</strong>sse fazer. As ondas<br />

<strong>de</strong> misericórdia, repelidas pelo obstinado orgulho, volviam em mais po<strong>de</strong>roso volume <strong>de</strong> subjugante amor.<br />

Mas se bem que surpreendido e alarmado ante a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> sua culpa, Judas apenas se tornou mais<br />

<strong>de</strong>terminado. Da ceia sacramental saiu para completar sua obra <strong>de</strong> traição. Ao proferir o ai sobre Judas, Cristo<br />

tinha também um <strong>de</strong>sígnio misericordioso para com Seus discípulos. Deu-lhes assim a suprema <strong>de</strong>monstração<br />

<strong>de</strong> Sua messianida<strong>de</strong>. “Des<strong>de</strong> agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que<br />

Eu Sou”. João 13:19. Houvesse <strong>Jesus</strong> permanecido em silêncio, em aparente ignorância do que Lhe havia <strong>de</strong><br />

sobrevir, os discípulos teriam podido pensar que seu Mestre não possuía divina previsão, e se teriam<br />

surpreendido, ficando entregues às mãos da turba assassina. Um ano antes <strong>Jesus</strong> dissera aos discípulos que Ele<br />

escolhera doze, e que um era diabo. Agora, as palavras a Judas, mostrando que sua traição era plenamente<br />

conhecida <strong>por</strong> seu Mestre, fortaleceria a fé dos verda<strong>de</strong>iros seguidores <strong>de</strong> Cristo durante Sua humilhação.<br />

E quando Judas chegasse ao seu terrível fim, lembrar-se-iam do ai que <strong>Jesus</strong> proferira sobre o traidor.<br />

E o Salvador tinha ainda outro intuito. Não privara <strong>de</strong> Seu ministério àquele que sabia ser um traidor. Os<br />

discípulos não haviam entendido Suas palavras quando dissera, no lava-pés: “Vós estais limpos, mas não<br />

todos” (João 13:10), nem mesmo quando, à mesa, <strong>de</strong>clarara: “O que come o pão comigo, levantou contra Mim<br />

o seu calcanhar”. João 13:11, 18. Mais tar<strong>de</strong>, <strong>por</strong>ém, quando o sentido disso ficasse claro, eles teriam motivo<br />

para consi<strong>de</strong>rar a paciência e misericórdia <strong>de</strong> Deus para com o que mais gravemente pecara. Se bem que <strong>Jesus</strong><br />

conhecesse Judas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio, lavoulhe os pés. E o traidor teve o privilégio <strong>de</strong> unir-se com Cristo na<br />

participação do sacramento. Um longânimo Salvador empregou todo incentivo para o pecador O receber,<br />

arrepen<strong>de</strong>r-se e ser purificado da contaminação do pecado.<br />

Esse exemplo nos é dado a nós. Quando supomos que alguém está em erro e pecado, não nos <strong>de</strong>vemos<br />

apartar <strong>de</strong>le. Não <strong>de</strong>vemos, <strong>por</strong> nenhuma indiferente separação <strong>de</strong>ixá-lo presa da tentação, ou empurrá-lo para<br />

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