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A Vida de Jesus por Ellen White (Version Portugues)

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

No coração de toda a humanidade , sem distinção da etnia, idade, classe, cultura, religião ou residência , há um desejo ardente de algum intangibilidade indescritível - a alma tão vazia e miserável. Este desejo é inerente à própria constituição do homem por um Criador misericordioso, que o homem não se contenta em seu estado atual, seja ela qual for . Mas a experiência de plenitude espiritual em Cristo é possível. O profeta Ageu chamado Jesus Cristo , com razão, o " Desejado de Todas as Nações" É o objetivo deste livro para apresentar Jesus Cristo como Aquele em quem todos os desejos podem ser satisfeitos - com o ensino abundante, poder incomensurável , e muitos vislumbres da vida exemplar de Jesus de Nazaré ...

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“Digo-vos, <strong>por</strong>ém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Po<strong>de</strong>r, e vindo sobre as<br />

nuvens do céu”. Mateus 26:64. Por um momento a divinda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo irrompeu através do invólucro humano.<br />

O sumo sacerdote recuou diante do penetrante olhar do Salvador. Aquele olhar parecia ler-lhe os<br />

pensamentos ocultos, e ar<strong>de</strong>r-lhe no coração. Nunca, no resto <strong>de</strong> sua vida, esqueceu aquele perscrutador olhar<br />

do perseguido Filho <strong>de</strong> Deus. “Vereis em breve”, disse <strong>Jesus</strong>, “o Filho do homem assentado à direita do Po<strong>de</strong>r,<br />

e vindo sobre as nuvens do céu.” Nessas palavras, apresentou Cristo o reverso da cena que então ocorria. Ele,<br />

o Senhor da vida e da glória, estaria sentado à <strong>de</strong>stra <strong>de</strong> Deus. Seria o juiz <strong>de</strong> toda a Terra, e <strong>de</strong> Suas <strong>de</strong>cisões<br />

não haveria apelação. Então tudo que estava oculto seria trazido à luz da presença divina, e o juízo feito sobre<br />

cada homem segundo as suas obras. As palavras <strong>de</strong> Cristo sobressaltaram o sumo sacerdote. A idéia <strong>de</strong> que<br />

haveria uma ressurreição <strong>de</strong> mortos, quando todos se achariam diante do tribunal <strong>de</strong> Deus, para ser<br />

recompensados segundo as suas obras, era um pensamento aterrador para Caifás. Ele não <strong>de</strong>sejava crer que,<br />

no futuro, receberia sentença segundo as suas ações. Acudiram-lhe à mente, como um panorama, as cenas do<br />

juízo final.<br />

Por um momento viu o terrível espetáculo das sepulturas dando os seus mortos, com os segredos que<br />

eles esperavam estarem para sempre ocultos. Sentiu-se <strong>por</strong> um momento como à presença do eterno Juiz, cujo<br />

olhar, que vê todas as coisas, estava a ler-lhe a alma, trazendo à luz mistérios que supunha ocultos com os<br />

mortos. A cena <strong>de</strong>sapareceu da visão do sacerdote. As palavras <strong>de</strong> Cristo o espicaçavam vivamente, a ele, o<br />

saduceu. Caifás negara a doutrina da ressurreição, do juízo e da vida futura. Ficou então enlouquecido <strong>por</strong> uma<br />

fúria satânica. Esse Homem, um preso diante <strong>de</strong>le, havia <strong>de</strong> atacar suas mais acariciadas teorias? Rasgando os<br />

vestidos, para que o povo visse o pretenso horror que experimentava, exigiu que, sem posteriores preliminares,<br />

fosse o Preso con<strong>de</strong>nado <strong>por</strong> blasfêmia. “Para que precisamos ainda <strong>de</strong> testemunhas?” disse ele; “Eis que bem<br />

ouvistes agora a Sua blasfêmia. Que vos parece?” Mateus 26:65, 66.<br />

E todos O con<strong>de</strong>naram. A convicção, <strong>de</strong> mistura com a paixão, levou Caifás a agir como fez. Estava<br />

furioso consigo mesmo <strong>por</strong> crer nas palavras <strong>de</strong> Cristo e, em lugar <strong>de</strong> rasgar o coração sob um profundo<br />

sentimento da verda<strong>de</strong> e confessar ser <strong>Jesus</strong> o Messias, rasgou as vestes sacerdotais, em <strong>de</strong>cidida resistência.<br />

Esse ato era <strong>de</strong> profunda significação. Mal compreendia Caifás o seu sentido. Nesse ato, realizado para<br />

influenciar os juízes e garantir a con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Cristo, con<strong>de</strong>nara o sumo sacerdote a si mesmo. Pela lei divina<br />

estava <strong>de</strong>squalificado para o sacerdócio. Proferira sobre si mesmo a sentença <strong>de</strong> morte. O sumo sacerdote não<br />

<strong>de</strong>via rasgar as vestes. Pela lei levítica, isto era proibido sob pena <strong>de</strong> morte. Em circunstância alguma, em<br />

nenhuma ocasião, <strong>de</strong>via o sacerdote rasgar os vestidos. Era costume entre os ju<strong>de</strong>us rasgar as vestes <strong>por</strong> morte<br />

<strong>de</strong> amigos, mas esse costume não <strong>de</strong>viam os sacerdotes observar. Por Cristo fora dada a Moisés or<strong>de</strong>m expressa<br />

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