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Confiante, agressiva e desafiadora<br />
June menciona a expressão “uma razão, uma estação ou uma vida inteira” em<br />
nossa última sessão antes do Natal.<br />
— Booker cita isso em O ceifador de chicletes — diz Nanette. — “As pesso<strong>as</strong><br />
entram em nossa vida por uma razão, uma estação ou uma vida inteira.”<br />
— Sim, m<strong>as</strong> não é de autoria dele. É um ditado popular. E muitos ditados<br />
viram clichês porque geralmente dizem a verdade. Repetimos o que<br />
consideramos real… autêntico.<br />
— Será que um dia Nanette vai encontrar uma d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> para a vida<br />
inteira?<br />
— Talvez — diz June. — Todos torcem por isso.<br />
— Você tem uma dess<strong>as</strong>?<br />
— Achei que tivesse — responde June. — Terminou em divórcio alguns anos<br />
atrás.<br />
— Então o amor não venceu no final.<br />
— O amor continua por aí sendo fabuloso. Fabulosa: se o amor fosse uma<br />
pessoa, seria uma mulher. Afinal de cont<strong>as</strong>, não estou morta. E você também<br />
não.<br />
— Acha mesmo que o amor seria uma mulher? — pergunta Nanette.<br />
June devolve a pergunta:<br />
— O que você acha?<br />
— Nunca pensei nisso.<br />
— Costumo pensar que sim. A versão m<strong>as</strong>culina do amor, como por exemplo<br />
o cupido, sempre me parece muito boba, atirando flech<strong>as</strong> como se amor fosse<br />
uma arma. Embora Pat Benatar seja uma mulher e cante que “o amor é um<br />
campo de batalha”, então talvez seja uma teoria boba. Porque eu amo Pat
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