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Todas as Coisas Belas - Matthew Quick

Muito bom!

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— Seu maldito! Escondendo tod<strong>as</strong> ess<strong>as</strong> informações de mim!<br />

— Eu não podia trair a confiança do meu parceiro.<br />

— Quantos segredos — comentei. — Até que é sexy.<br />

— Sou um homem de mistérios infinitos — brincou ele, erguendo a<br />

sobrancelha sugestivamente.<br />

— Você sabe que <strong>as</strong> du<strong>as</strong> teori<strong>as</strong> são absurdamente implausíveis. Não dá para<br />

ver uma diferença nítida nos sorrisos. E “Paperback Writer” era uma música<br />

muito famosa na época, talvez a preferida de muitos adolescentes. Sem contar<br />

que existem gêmeos em qu<strong>as</strong>e todo colégio de grande porte. Claro que são<br />

muit<strong>as</strong> semelhanç<strong>as</strong> entre os nomes do anuário real e os nomes dos personagens,<br />

m<strong>as</strong> pode ser que Booker tenha simplesmente usado elementos do que ele vivia e<br />

criado uma história em cima disso, não acha?<br />

— Booker, que vive dizendo que “a ficção não existe”.<br />

— Verdade.<br />

— M<strong>as</strong> esses detalhes e teori<strong>as</strong>, sejam inconsistentes ou sólidos ou um pouco<br />

dos dois… isso é tudo que temos… tudo… para a investigação.<br />

— Antes de mais nada, pra quê investigar ess<strong>as</strong> cois<strong>as</strong>? Por que não podemos<br />

deixar Booker em paz?<br />

Lá no fundo, no entanto, eu sabia que jamais resistiria à aventura.<br />

— Todo mundo precisa acreditar em alguma coisa… torcer por alguma coisa.<br />

— Ele citou O ceifador de chicletes: — “Uma vida bem vivida é confusa.” Sabe?<br />

Talvez seja… Sei lá, é o que a gente tem no momento, só isso. Um projeto em<br />

conjunto. Eu, você e Oliver. Afinal, a gente nem teria se conhecido não fosse por<br />

Booker. Nós dois nunca teríamos nos beijado. E agora podemos usar o mesmo<br />

livro que mudou nossa vida para mudar a vida de quem o escreveu. Isso não é<br />

incrível? É o equivalente literário ao “dai e recebereis” de Deus.<br />

— Isso se a sua teoria sobre Stella Thatch estiver correta. É só uma hipótese.<br />

Se você estiver enganado, não vai ser nada bom.<br />

— Bem, às vezes a gente tem que se arriscar.<br />

— Então por que você votou não?<br />

— Para que precisássemos de um desempate e Oliver já ador<strong>as</strong>se você de cara.<br />

Fiquei feliz em ouvir aquilo, m<strong>as</strong> me lembrei novamente do sr. Graves e<br />

comecei a ficar nervosa. Resolvi mudar o <strong>as</strong>sunto.<br />

— Oliver ama você.<br />

— É, pois é — disse Alex, com um sorriso.<br />

— Você mostrou a ele. O nosso livro.

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