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pergunt<strong>as</strong> depois.<br />
— Bem, parece b<strong>as</strong>tante interessante. E tempo é o que não me falta hoje em<br />
dia.<br />
Alex entregou o livro a ela e concordamos em voltar no final da semana.<br />
Estava feito, não tinha mais volta.<br />
— Eu vou na frente! — gritou Oliver ao nos dirigirmos ao carro,<br />
apropriando-se do banco da frente.<br />
Dali, fomos à c<strong>as</strong>a de Oliver. Alex e eu entramos para falar com a mãe dele,<br />
enquanto o próprio Oliver foi direto para o quarto e bateu a porta. Alex se<br />
comprometeu a ir à c<strong>as</strong>a dos garotos que o tinham agredido, para conversar com<br />
os pais deles, m<strong>as</strong> avisou que ela precisava falar com a direção da escola. Apesar<br />
de ela ter concordado, tive a impressão de que não ia de fato fazer o que Alex<br />
sugeria, porque insistia em dizer que ligaria dali a alguns di<strong>as</strong>, quando a poeira<br />
baix<strong>as</strong>se, enquanto Alex ressaltava que era importante tomar uma providência<br />
imediatamente.<br />
— Ele precisa de um defensor. Dois seria ainda melhor — opinou Alex.<br />
Eu via que ele estava tentando fazer a coisa certa, fazer algo que mud<strong>as</strong>se a<br />
vida de Oliver, m<strong>as</strong> ao mesmo tempo queria lembrá-lo de que ele também era só<br />
um garoto, não o pai de Oliver.<br />
Era uma c<strong>as</strong>a bem pequena; quem estivesse no quarto provavelmente ouviria<br />
a conversa toda. Deixei a sala e fui ver como estava Oliver. Ele fingia ler O<br />
ceifador de chicletes, m<strong>as</strong> olhou para mim rápido demais quando bati à porta e<br />
entrei.<br />
— Você está bem? — perguntei.<br />
— Aham. E você?<br />
— Também.<br />
Sem saber o que mais dizer, voltei para a sala e esperei. Alex decidiu tomar a<br />
iniciativa de ligar logo para a escola, m<strong>as</strong> quando o atendimento eletrônico<br />
surgiu na linha e ele estendeu o telefone para a mãe de Oliver, ela se recusou a<br />
pegá-lo. Alex deixou um recado pedindo que lig<strong>as</strong>sem <strong>as</strong>sim que possível.<br />
Na volta, quando paramos na porta da minha c<strong>as</strong>a, Alex comentou:<br />
— Você mal abriu a boca durante nossa visita a Sandra Tackett. Oliver e eu<br />
falamos sozinhos.<br />
— Não acho uma boa ideia você ir conversar com os pais daqueles garotos<br />
hoje à noite — falei, mudando completamente de <strong>as</strong>sunto.<br />
— Por que não?
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