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REVISTA VIII.qxp - Eixo Atlantico

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procuram conciliar a ideia de uma ordem institucional global com uma presença<br />

mais efectiva dos cidadãos, propondo como contra-balanço de eventuais deficits<br />

democráticos (que por certo continuarão a existir até mesmo no contexto de<br />

uma renovada Assembleia das nações Unidas), a ideia de uma Assembleia<br />

Mundial de Cidadãos (ARCHIBUGI & HELD, 1995:141). Escusado será dizer<br />

que são muitas questões levantadas, como por exemplo, saber qual o peso que<br />

esta proposta de facto teria sobre a qualidade da nossa vida democrática,<br />

considerando que o seu papel seria e cito ‘essencialmente consultivo e não<br />

executivo (ARCHIBUGI & HELD, 1995:219).<br />

Ao mesmo tempo, e isto serve tanto para ARCHIBUGI como para<br />

FALK, não podemos esquecer que as fragilidades da sociedade civil tanto ao<br />

nível nacional como ao nível local também se podem reproduzir a níveis superiores.<br />

Ou seja, não há qualquer garantia de que a solidariedade e a democracia serão<br />

melhor protegidas nas mãos da sociedade civil global (e.g. nas mãos de<br />

movimentos sociais transnacionais, como o adverte SCHOLTE, 2000).<br />

E neste sentido a proposta de ARCHIBUGI para uma Assembleia<br />

Mundial é sintomática das dificuldades que demasiadas expectativas sobre a<br />

sociedade civil pode causar, levando a uma espiral de recursos institucionais<br />

como única forma de ir ultrapassando as contínuas fragilidades.<br />

APROXIMACIÓNS Á GOBERNANZA NA EURORREXIÓN GALIZA-NORTE DE PORTUGAL<br />

Perante estas propostas (e repare-se que qualquer discussão actual em<br />

torno da reforma da UN e da sua ligação à sociedade civil como parte<br />

fundamental dessa reforma, acaba por ter na sua raiz uma destas duas tradições<br />

teóricas) e em face dos limites destas teorizações, a nossa intenção aqui não é<br />

levar o modelo de uma democracia interna pós-nacional a competir com o<br />

ideal cosmopolita. Mas, pelo contrário, aumentar as possibilidades da sua<br />

praticabilidade, ao recentrarmo-nos no papel do Estado e da Democracia<br />

interna na promoção de valores cosmopolitas.<br />

Aliás estes autores não deixam de concordar sobre a centralidade que o<br />

Estado ainda ocupa em todo este processo. Em FALK, por exemplo, esse<br />

reconhecimento embora indirecto, surge na apresentação do seu modelo para<br />

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