REVISTA VIII.qxp - Eixo Atlantico
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de promover a solidariedade entre europeus e, na expressão de SMITH, de<br />
“governar sem governo”, dado que a sociedade civil e o sector privado têm a<br />
capacidade de definir normas que constituem uma forma de governação, o que<br />
os transforma em actores poderosos.<br />
4. Conclusão<br />
A euro-região Galiza-Norte de Portugal enraizou um processo de<br />
cooperação que tem razões históricas mas que só se tornou politicamente viável<br />
depois da democratização dos regimes em Portugal e Espanha, tendo-se<br />
acentuado a partir da entrada dos dois Estados na Comunidade Europeia.<br />
Embora as duas regiões não tenham um sistema político simétrico (o<br />
Norte de Portugal não possui a autonomia política que dispõe a Galiza em<br />
relação a Madrid) o facto de a sociedade civil se ter tornado mais dinâmica e<br />
estar menos constrangida por peias burocráticas, dinamizou a ligação interregional,<br />
aos mais diversos níveis (cultural, económico, social...), ao ponto de<br />
se poder falar numa euro-região e, por isso, em cooperação intra-regional.<br />
Esta realidade é fruto de uma evolução da sociedade, menos dependente<br />
de uma tutela estadual que tem vindo a perder poderes a um nível supra e<br />
infranacional. Assim, a par de uma mundialização e de uma governança global,<br />
pode também falar-se de regionalismo (e até de localismo) onde se<br />
desenvolvem fenómenos de governança, o que conduz ao conceito de<br />
geogovernança.<br />
APROXIMACIÓNS Á GOBERNANZA NA EURORREXIÓN GALIZA-NORTE DE PORTUGAL<br />
A euro-região Galiza-Norte de Portugal reúne um conjunto de<br />
características que a aproximam do modelo teórico que define a governança, o<br />
que constitui um case study na Península Ibérica e na União Europeia. <br />
Bibliografia<br />
ALBROW, MARTIN (2002). ‘A Sociedade como Diversidade Social: Um<br />
Desafio para a Governância na Era Global’, em OCDE, A Governância<br />
no Século XXI, Lisboa: GEPE, pp. 183-219.<br />
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