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Além do princípio do prazer, psicologia de grupo e outros ... - ceapp

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eprimi<strong>do</strong>s e que se encontram em relação <strong>de</strong>finida com o <strong>de</strong>senvolvimento posterior das<br />

neuroses e perversões. (Ver o verbete sobre ‘A Teoria da Libi<strong>do</strong>’.)<br />

O Processo <strong>de</strong> Encontrar um Objeto e o Complexo <strong>de</strong> Édipo. - Em primeira instância, o<br />

instinto componente oral encontra satisfação ligan<strong>do</strong>-se à saciação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> nutrição, e seu<br />

objeto é o seio materno. Ele <strong>de</strong>pois se <strong>de</strong>sliga, torna-se in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e, ao mesmo tempo, auto-<br />

erótico, isto é, encontra um objeto no próprio corpo da criança. Outros instintos componentes<br />

também começam por serem auto-eróticos e somente mais tar<strong>de</strong> são <strong>de</strong>svia<strong>do</strong>s para um objeto<br />

externo. Constitui fato particularmente importante que os instintos componentes pertencentes à<br />

zona genital atravessam habitualmente um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> intensa satisfação auto-erótica. Os<br />

instintos componentes não são to<strong>do</strong>s igualmente úteis na organização genital final da libi<strong>do</strong>;<br />

alguns <strong>de</strong>les (os componentes anais, por exemplo) são conseqüentemente <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> la<strong>do</strong> e<br />

suprimi<strong>do</strong>s ou experimentam complicadas transformações.<br />

Em anos muito precoces da infância (aproximadamente entre as ida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>do</strong>is e cinco<br />

anos) ocorre uma convergência <strong>do</strong>s impulsos sexuais, da qual, no caso <strong>do</strong>s meninos, o objeto é<br />

a mãe. Essa escolha <strong>de</strong> um objeto, em conjunção com uma atitu<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> rivalida<strong>de</strong><br />

e hostilida<strong>de</strong> para com o pai, fornece o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> que é conheci<strong>do</strong> como o complexo <strong>de</strong><br />

Édipo, que em to<strong>do</strong> ser humano é da maior importância na <strong>de</strong>terminação da forma final <strong>de</strong> sua<br />

vida erótica. Descobriu-se ser característica <strong>de</strong> um indivíduo normal apren<strong>de</strong>r a <strong>do</strong>minar seu<br />

complexo <strong>de</strong> Édipo, ao passo que o neurótico permanece envolvi<strong>do</strong> nele.<br />

O Começo Difásico <strong>do</strong> Desenvolvimento Sexual. - Aproximan<strong>do</strong>-se o final <strong>do</strong> quinto ano<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, esse perío<strong>do</strong> inicial da vida sexual normalmente chega ao fim. É sucedi<strong>do</strong> por um<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> latência mais ou menos completa, durante o qual as coibições éticas são construídas,<br />

para atuar como <strong>de</strong>fesas contra os <strong>de</strong>sejos <strong>do</strong> complexo <strong>de</strong> Édipo. No perío<strong>do</strong> subseqüente da<br />

puberda<strong>de</strong> esse complexo é revivesci<strong>do</strong> no inconsciente e envolve-se em novas modificações.<br />

Somente na puberda<strong>de</strong> é que os instintos sexuais chegam à sua plena intensida<strong>de</strong>, mas a<br />

direção <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>senvolvimento, bem como todas as predisposições a ele, já foram <strong>de</strong>terminadas<br />

pela eflorescência precoce da sexualida<strong>de</strong> durante a infância que o prece<strong>de</strong>u. Esse<br />

<strong>de</strong>senvolvimento difásico da função sexual - em duas fases, interrompidas pelo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

latência - parece constituir uma peculiarida<strong>de</strong> biológia da espécie humana e conter o fator<br />

<strong>de</strong>terminante da origem das neuroses.<br />

A Teoria da Repressão. - Estas consi<strong>de</strong>rações teóricas, tomadas conjuntamente com as<br />

impressões imediatas <strong>de</strong>rivadas <strong>do</strong> trabalho analítico, conduzem a uma visão das neuroses que<br />

se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver, no mais grosseiro <strong>do</strong>s esboços, como se segue. As neuroses são expressão<br />

<strong>de</strong> conflitos entre o ego e aqueles impulsos sexuais que parecem ao ego incompatíveis com sua<br />

integrida<strong>de</strong> ou com seus padrões éticos. Visto esses impulsos não serem egossintônicos, o ego<br />

os reprimiu, isto é, afastou <strong>de</strong>les seu interesse e impediu-os <strong>de</strong> se tornarem conscientes, bom<br />

como <strong>de</strong> obterem satisfação através <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga motora. Se, no curso <strong>do</strong> trabalho analítico,

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