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Número 8 - Janeiro 2006 - Faap

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Competências são desenvolvidas com o aprendizado coletivo da organização.<br />

Essencialmente, dizem respeito à capacidade de coordenar as diversas habilidades<br />

de produção e integrar múltiplas correntes tecnológicas (Prahalad e Hamel,<br />

1990).<br />

As competências, portanto, são a principal fonte de vantagem competitiva<br />

(Grant apud Mendonça, 2004) e de renda econômica. Tese essa que se ajusta à<br />

questão da composição orgânica do capital proposta por Marx (1946) na fixação<br />

de um valor comercial superior a preço de mercado gerando renda absoluta.<br />

Até aqui foi esclarecido o conceito de renda econômica e identificados os<br />

principais pontos que distinguem as visões de vários autores. Também foi<br />

estabelecido o elo existente entre a renda econômica e a vantagem competitiva,<br />

bem como indicada a importância do recurso intangível. Mais especificamente<br />

o conhecimento humano para o processo de obtenção de renda econômica e,<br />

portanto, de vantagem competitiva.<br />

Para concluir, abordamos alguns métodos de mensuração da renda<br />

econômica, com o objetivo de destacar o caráter objetivo do tema. Ou seja, para<br />

aproximar a pesquisa do cotidiano da empresa moderna ao apontar métodos e<br />

ferramentas que possam auxiliar na tomada de decisões rumo à vantagem<br />

competitiva sustentável.<br />

3. Medidas de desempenho da firma<br />

Retomando a afirmação de Barney (1994), os donos dos ativos produtivos<br />

somente os deixarão à disposição das firmas se o retorno que eles esperam receber<br />

for tão alto quanto as suas expectativas. Assim a análise exige uma comparação<br />

do valor criado pela firma com a utilização dos ativos produtivos e as expectativas<br />

dos donos dos recursos em relação aos retornos que as firmas podem gerar – a<br />

relação entre o valor esperado e o valor obtido.<br />

Essa análise resultará em três classificações: as firmas poderão ter desempenho<br />

normal, abaixo do normal e acima do normal. A diferença positiva é denominada<br />

renda econômica (Barney, 1994).<br />

Barney (1994) aponta algumas técnicas para medir a performance da firma:<br />

(1) Pode-se inferir que uma firma tem retorno normal se ela sobrevive no<br />

mercado por um prazo extenso. Essa análise é de fácil utilização, mas pode<br />

induzir a falsas conclusões: a definição da extinção de uma firma no contexto<br />

atual pode não ser uma tarefa muito fácil, pois firmas podem ser adquiridas por<br />

outras e seus recursos produtivos são simplesmente transferidos, o que significa<br />

que essencialmente a firma e seu modo de produção ainda existem e são rentáveis.<br />

(2) As medidas simples de contabilidade são as mais populares para mostrar<br />

o desempenho histórico da firma. As mais comuns são a taxa de lucratividade,<br />

que relaciona lucro e os ativos da firma; a taxa de liquidez, que é a capacidade da<br />

firma em cumprir suas obrigações de curto prazo; medida de alavancagem da<br />

firma, que é a capacidade de endividamento; e a taxa de atividade da firma, que<br />

nada mais é do que a velocidade com que acontece a reciclagem dos recebimentos<br />

e pagamentos da firma.<br />

132 Revista de Economia & Relações Internacionais, vol.5(8), jan.<strong>2006</strong>

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