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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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elmo. Richard usava um modelo comum, com o visor levanta<strong>do</strong>, como faziaThom<strong>as</strong>. — Tens o elmo dem<strong>as</strong>ia<strong>do</strong> largo. Aperta a correia.— Se a aperto mais, acabo sufoca<strong>do</strong>.— E se o usares <strong>as</strong>sim largo, à primeira pancada ele roda na tua cabeçae deix<strong>as</strong> de ver. Tombarás às mãos <strong>do</strong> primeiro corsário suficientementerápi<strong>do</strong> para te apanhar pelo la<strong>do</strong> cego.A ranger os dentes, Richard desapertou a fivela e apertou mais a correia.— Assim está melhor — concor<strong>do</strong>u Thom<strong>as</strong>. Voltou a agarrar o elmoe a dar-lhe uma sacudidela. — E trata de usar manopl<strong>as</strong>, se queres manteros de<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s.— Sim, senhor. — Richard baixou a cabeça. — Como ordenais.Thom<strong>as</strong> virou-se para avaliar o progresso <strong>do</strong> inimigo. As du<strong>as</strong> formaçõesde galer<strong>as</strong> eram bem visíveis, a pouco mais de uma milha de ambosos la<strong>do</strong>s. Os seus estandartes verdes ondulavam como língu<strong>as</strong> de c<strong>obra</strong> aosabor <strong>do</strong> vento ligeiro que soprava sobre o oceano. Por entre os vultos distantesque ocupavam o convés d<strong>as</strong> galer<strong>as</strong>, cintilavam de vez em quan<strong>do</strong>reflexos da luz em metal poli<strong>do</strong>. Thom<strong>as</strong> sentiu algum alívio pela primeiravez desde que <strong>as</strong> embarcações tinham si<strong>do</strong> avistad<strong>as</strong>, já que notou que erammais pequen<strong>as</strong> que <strong>as</strong> galer<strong>as</strong> da flotilha de Don Garcia. Aqueles c<strong>as</strong>cos nãolevavam a bor<strong>do</strong> o mesmo poder de fogo, e não conseguiriam ímpeto suficientepara causar danos aos navios espanhóis em c<strong>as</strong>o de colisão. Ainda <strong>as</strong>sim,constituíam uma séria ameaça aos galeões, sobre os quais tinham umatremenda vantagem de velocidade e man<strong>obra</strong>bilidade. Seria uma competiçãoentre rapidez e poder puro, e Thom<strong>as</strong> lembrou-se <strong>do</strong>s combates deursos a que tinha <strong>as</strong>sisti<strong>do</strong> em Londres. Ali ao menos os ursos, emborapesa<strong>do</strong>s e lentos em comparação com os seus verdugos, não estavam acorrenta<strong>do</strong>s.— Aí vêm eles. — Anunciou o capitão.Uma nuvem de fumo surgiu e dispersou-se velozmente à proa da galeraque liderava o grupo a sul, e pouco depois o som de um disparo decanhão chegou aos ouvi<strong>do</strong>s de quem seguia na popa <strong>do</strong> navio-almirante. Ocorsário alterou o rumo, dirigin<strong>do</strong>-se diretamente para a flotilha espanhola,e <strong>as</strong> outr<strong>as</strong> galer<strong>as</strong> imitaram-no. Quan<strong>do</strong> o som <strong>do</strong> sinal alcançou <strong>as</strong> galer<strong>as</strong>a norte, também el<strong>as</strong> aproaram à força comandada por Don Garcia. Esteobservou <strong>as</strong> man<strong>obra</strong>s inimig<strong>as</strong> e lançou uma pergunta a Thom<strong>as</strong>, sem escondera ansiedade que sentia.— O que é que eles tencionam fazer? Como agiríeis no lugar deles?Thom<strong>as</strong> cerrou os lábios e virou-se para avaliar mais uma vez a aproximação<strong>do</strong> inimigo. Estariam em cima <strong>do</strong>s navios espanhóis em menos demeia hora. Não havia tempo a perder. Não gostava de ter si<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong> na-109

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