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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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mento existe e que deve ser recupera<strong>do</strong> e trazi<strong>do</strong> até mim ou, se tal não forde to<strong>do</strong> possível, destruí<strong>do</strong>.— O que me impedirá de o ler, se o encontrar?— Está sela<strong>do</strong>. Se o selo for quebra<strong>do</strong>, saberei que alguém o leu. Contu<strong>do</strong>,não será vossa a tarefa de o encontrar. Para isso, temos outra pessoa.Seguireis para Malta com um escudeiro. O homem em questão é o nossoagente. Uma vez que estará lá para vos servir, a sua presença não atrairáatenções dem<strong>as</strong>iad<strong>as</strong>. A missão que lhe cabe é encontrar o <strong>do</strong>cumento. Sealgum <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is sobreviver ao cerco turco, deverá regressar a Inglaterra como <strong>do</strong>cumento. Se Malta for tomada, será dever <strong>do</strong> último <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is a sobreviverdestruí-lo, para evitar que caia n<strong>as</strong> mãos <strong>do</strong> inimigo. Sir Thom<strong>as</strong>, nãovou tentar disfarçar o imenso perigo que esta missão envolve — concluiuCecil. — M<strong>as</strong> este jogo tem apost<strong>as</strong> muito alt<strong>as</strong>, e isto representa uma hipótesede servirdes o vosso país, a vossa fé, e de salvardes inúmer<strong>as</strong> vid<strong>as</strong>.Agora, calculo que tendes algum<strong>as</strong> questões a colocar-nos.— Tenho de facto, Sir Robert — ripostou Thom<strong>as</strong>. — Primeiro, se esse<strong>do</strong>cumento é <strong>as</strong>sim tão importante, porque é que nunca foi revelada a suaexistência? A Ordem responde apen<strong>as</strong> ao rei de Espanha. Não posso acreditarque Filipe não o tivesse usa<strong>do</strong> se pudesse <strong>as</strong>sim prejudicar os interessesda Inglaterra, como afirmais.— Bem pensa<strong>do</strong> — notou Cecil. — Temos de <strong>as</strong>sumir que o <strong>do</strong>cumentonão foi utiliza<strong>do</strong> dessa forma porque a Ordem ignora o que tem emmãos.— Como pode isso ser?— O <strong>do</strong>cumento deixou Inglaterra n<strong>as</strong> mãos de um cavaleiro, Sir Peterde Launcey.Thom<strong>as</strong> franziu o sobrolho.— Lembro-me dele. Um bom homem.— Era-o, de facto. Poucos anos depois de terdes deixa<strong>do</strong> Malta, Sir Peterrecebeu autorização para visitar a família em Inglaterra, uma vez queo seu pai estava à beira da morte. Pouco depois de regressar a Malta, caiuao mar <strong>do</strong> convés de uma galera, e afogou-se. O que não é conheci<strong>do</strong> éque o rei Henrique lhe tinha confia<strong>do</strong> este <strong>do</strong>cumento, para que Sir Petero mantivesse em segurança. Henrique estava <strong>do</strong>ente na altura, e não sabi<strong>as</strong>e sobreviveria. No c<strong>as</strong>o de recuperar, Sir Peter devia trazer-lhe de novoo <strong>do</strong>cumento. Se Henrique falecesse, como veio a suceder, Sir Peter devialevar o <strong>do</strong>cumento a Roma e apresentá-lo ao Papa. M<strong>as</strong> Sir Peter morreuem Malta, e Henrique faleceu qu<strong>as</strong>e ao mesmo tempo. Só um punha<strong>do</strong> <strong>do</strong>sseus mais próximos conselheiros sabia <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, e só o revelaram sobcoação.— Quereis dizer, sob tortura.80

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