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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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— Então?— O Grão-Mestre…— Quem é ele? — interrompeu Thom<strong>as</strong>.— Quem?O homem mais jovem fora apanha<strong>do</strong> de surpresa.— Peço desculpa — explicou Thom<strong>as</strong>. — Há já algum tempo que nãoestou envolvi<strong>do</strong> nos <strong>as</strong>suntos da Ordem. Não faço ideia de quem a comandaneste momento.— Oh… — O mensageiro não escondeu a surpresa. — Eu sirvo oGrão-Mestre Jean de La Valette.— La Valette — <strong>as</strong>sentiu Thom<strong>as</strong>. — Lembro-me bem dele… Deveestar um velho.O mensageiro contemplou-o, perplexo, e Thom<strong>as</strong> sorriu.— Sempre teve um ar envelheci<strong>do</strong>. E sempre foi o homem mais duroque alguma vez conheci. Dizei-me, ainda é ele quem lidera a primeira marchaforçada <strong>do</strong>s noviços?O mensageiro não reprimiu uma careta.— Oh, sim. E continua a deixar to<strong>do</strong>s de r<strong>as</strong>tos.Riram os <strong>do</strong>is, o que aliviou a tensão que se mantivera até ali. Thom<strong>as</strong>puxou um banco de debaixo da mesa e sentou-se, enquanto sorria perantea lembrança de um homem de quarenta e tal anos, ágil e magro, a avançar ap<strong>as</strong>so largo à cabeça de uma coluna desfeita de jovens a arfar para se manterema par <strong>do</strong> veterano cavaleiro. M<strong>as</strong> o sorriso apagou-se quan<strong>do</strong> o olharse lhe prendeu na cruz impressa na capa <strong>do</strong> mensageiro.— Irmão, de onde vindes?— A minha família tem uma propriedade perto de Nîmes.— Ah, bem me parecia que reconhecia o vosso sotaque, Philippe deNanterre. Tendes portanto uma mensagem para mim.— Sim, senhor.Thom<strong>as</strong> sentiu o coração a acelerar no peito.— Tomaram finalmente uma decisão. Pergunto-me se continuarei excluí<strong>do</strong>da Ordem, ou se finalmente vou ser chama<strong>do</strong> ao seu seio.— Senhor, não vos compreen<strong>do</strong>.Thom<strong>as</strong> encarou-o, tentan<strong>do</strong> discernir se o jovem era tolo a ponto dese atrever a troçar dele. M<strong>as</strong> a confusão <strong>do</strong> mensageiro parecia genuína, eThom<strong>as</strong> af<strong>as</strong>tou o <strong>as</strong>sunto com um gesto rápi<strong>do</strong> da mão.— Não importa. Dai-me então a mensagem.— Sim, senhor. — O jovem lançou a mão à pequena sacola de cabedalque estava sobre <strong>as</strong> lajes junto às su<strong>as</strong> bot<strong>as</strong>. Pousou-a sobre <strong>as</strong> g<strong>as</strong>t<strong>as</strong> tábu<strong>as</strong>da mesa e deteve-se, enquanto examinava desconfia<strong>do</strong> a fivela que fechavaa sacola. Deitou o olhar à porta da cozinha e abanou a cabeça antes de56

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