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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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tre ouviram-no <strong>do</strong>s lábios <strong>do</strong> próprio Solimão. Malta é o primeiro p<strong>as</strong>so, ea nossa Ordem o primeiro alvo. Temos si<strong>do</strong> um espinho crava<strong>do</strong> na suacarne, e agora parece ter resolvi<strong>do</strong> destruir-nos. — O jovem cavaleiro reordenouos pensamentos e prosseguiu. — A causa imediata da decisão <strong>do</strong>sultão em tomar Malta tem a ver com o facto de termos aprisiona<strong>do</strong> noverão p<strong>as</strong>sa<strong>do</strong> uma d<strong>as</strong> su<strong>as</strong> mais querid<strong>as</strong> naus de comércio. O comandanteRomeg<strong>as</strong> tomou o navio junto à costa <strong>do</strong> Egito. Levava a bor<strong>do</strong> um<strong>as</strong>enhora de alta estirpe, e o governa<strong>do</strong>r turco de Alexandria. No porão seguiauma fortuna em seda e metais preciosos. O valor foi estima<strong>do</strong> como oequivalente a oitenta mil duca<strong>do</strong>s…Thom<strong>as</strong> abanou a cabeça perante a incrível possibilidade de encerrarnum navio, por grande que fosse, um tamanho tesouro.Philippe sorriu brevemente.— Foi também essa precisamente a minha reação, senhor. E podemosimaginar a reação <strong>do</strong> sultão ao saber d<strong>as</strong> novidades. Há décad<strong>as</strong> que a Ordemperturba os negócios de Solimão. Temo-nos torna<strong>do</strong> cada dia maisousa<strong>do</strong>s, e ele resolveu por fim destruir-nos.— Por vingança? — Thom<strong>as</strong> arregalou um olho. — O Solimão de queme lembro nunca permitiria que o coração lhe comand<strong>as</strong>se a mente.— Tal não é o c<strong>as</strong>o — afiançou Philippe. — Não é apen<strong>as</strong> por vingançaque ele almeja juntar Malta ao seu v<strong>as</strong>to império. Depois de Malta cair, aSicília não tardará. E da Sicília poderá atacar a Itália e conquistar Roma, ocoração da nossa fé. Mesmo isso não satisfará o seu apetite. Não antes decruzar os Alpes e conseguir matar ou escravizar até ao último <strong>do</strong>s cristãos.— Philippe voltou a debruçar-se e bateu com um de<strong>do</strong> no tampo da mesa.— Achais por ac<strong>as</strong>o que esta ilha, por longínqua que seja, está a salvo d<strong>as</strong>mandíbul<strong>as</strong> tritura<strong>do</strong>r<strong>as</strong> da sua ambição?Thom<strong>as</strong> gargalhou.— Bel<strong>as</strong> palavr<strong>as</strong>. Creio distinguir nel<strong>as</strong> a voz de Sir Oliver.Philippe recostou-se, com um sorriso.— Bem, eu tentei. Sois realmente tão <strong>as</strong>tuto como a raposa, como mediziam.— Diziam?— Os irmãos que se recordam de vós, ao tempo em que servíeis naOrdem.— Já não deve haver muitos — comentou Thom<strong>as</strong>.— Não, de facto.— E aqueles que se recordam de mim hão de também lembrar a formacomo deixei a Ordem.— É bem verdade, senhor. M<strong>as</strong> velh<strong>as</strong> disput<strong>as</strong> devem ser post<strong>as</strong> dela<strong>do</strong> nesta altura.61

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