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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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e a pele esticada ao canto da boca desenhava-lhe um ar de permanenteescárnio.— Oliver. — Maria sorrira. — Assust<strong>as</strong>tes-nos.— Isso vejo eu — ripostara ele, friamente. — É portanto para aqui quetendes fugi<strong>do</strong> a correr, Thom<strong>as</strong>.Thom<strong>as</strong> levantara-se <strong>do</strong> banco que tinha partilha<strong>do</strong> com Maria.— Escutai, este é o nosso segre<strong>do</strong>. Gostaria de vos pedir que não ocontásseis a ninguém.— Pedi à vontade, maldito — retorquira Stokely, furibun<strong>do</strong>. — Isto nãoestá certo. Thom<strong>as</strong>, fizestes um voto de c<strong>as</strong>tidade. Como to<strong>do</strong>s os cavaleiros.Thom<strong>as</strong> fungara com desprezo.— Esse voto não tem senti<strong>do</strong>. Mais atenção lhe é dada na fuga <strong>do</strong> quena obrigação, como bem sabeis. O Grão-Mestre d’Omedes não se importanada de fechar os olhos, quan<strong>do</strong> lhe convém.— Ainda <strong>as</strong>sim, é um voto. O meu dever é relatar isto.Os <strong>do</strong>is tinham-se confronta<strong>do</strong>, e Thom<strong>as</strong> ficara espanta<strong>do</strong> ao descobrira cólera e mesmo o ódio que ardia nos olhos <strong>do</strong> amigo.— Oliver, não podeis fazer isso. Se não pela nossa amizade, então porcavalheirismo para com Maria.— Não me dais lições de cavalheirismo! — cuspira Stokely. Thom<strong>as</strong>rangera os dentes e cerrara os lábios, enquanto <strong>as</strong> mãos se tinham fecha<strong>do</strong>em punhos. M<strong>as</strong> antes que o confronto se tivesse torna<strong>do</strong> mais sério, sentiraque Maria lhe puxava gentilmente o braço. Ela colocara-se entre os <strong>do</strong>ise sorrira nervosamente a Stokely.— Não há necessidade disto. Sobretu<strong>do</strong> entre amigos.— Não vejo aqui quaisquer amigos meus — respondera Stokely, numavoz esforçada.Maria franzira o sobrolho.— Oliver, considero-vos um amigo, e tereis para sempre a minha sinceragratidão por me salvardes <strong>do</strong>s turcos, tal como sucede com o Thom<strong>as</strong>.— E é <strong>as</strong>sim que um amigo mostra a sua gratidão?— Não vos zangueis comigo. — Ela tentara pegar-lhe na mão, m<strong>as</strong>Stokely dera um brusco p<strong>as</strong>so atrás. Maria soltara um pequeno grito. —Oliver… É <strong>do</strong> mais fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> meu coração que vos falo quan<strong>do</strong> vos chamomeu amigo. Meu queri<strong>do</strong> amigo.— Então porque traís desta forma a minha amizade? Como fazeis os<strong>do</strong>is, aliás.— De que forma vos traí? Alguma vez vos menti? — lançara ela.Quan<strong>do</strong> ele não respondera, ela baixara a cabeça, contristada.— Considerava-vos meu benfeitor e amigo, como considero o Tho-41

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