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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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— Não me foram dad<strong>as</strong> quaisquer instruções para a eventualidade davossa recusa, senhor.— Uma pena. — Thom<strong>as</strong> encolheu os ombros. — Nesse c<strong>as</strong>o, o que metrazeis é uma ordem. E, nesse c<strong>as</strong>o, sou obriga<strong>do</strong> a comparecer. Muito bem,dizei ao vosso amo que lá estarei à hora marcada.— Sim, senhor.Thom<strong>as</strong> contemplou-o por momentos. O homem tinha p<strong>as</strong>sa<strong>do</strong> maisde metade <strong>do</strong> dia na sela, e não conseguiria regressar a Londres antes deescurecer. Os portões da cidade já estariam fecha<strong>do</strong>s, e o mais provável seriaver-se obriga<strong>do</strong> a procurar um alojamento para a noite no exterior d<strong>as</strong>muralh<strong>as</strong>. Seria um gesto cari<strong>do</strong>so oferecer-lhe descanso e alimento antesde ele partir, como fizera com o francês. Por outro la<strong>do</strong>, o seu hóspede anteriornão tinha si<strong>do</strong> tão impertinente. Por isso, resolveu não se mexer dafrente da porta.— Já tenho a vossa mensagem, podeis deixar-me.— Sim, senhor. — O cria<strong>do</strong> <strong>as</strong>sentiu, claramente feliz por o deixar.Apoiou uma mão na sela e colocou um pé no estribo. Tentou subir, m<strong>as</strong> ofrio tinha-lhe afeta<strong>do</strong> <strong>as</strong> articulações, e voltou a escorregar para o solo. Comum grunhi<strong>do</strong> de irritação, Thom<strong>as</strong> avançou e aju<strong>do</strong>u o homem a subir paraa sela.— Obriga<strong>do</strong>, senhor.Thom<strong>as</strong> acenou, e o homem pegou n<strong>as</strong> réde<strong>as</strong> e fez a montada rodar,colocan<strong>do</strong>-a depois a trote enquanto atravessava o pátio e saía pelo arcoda entrada, o som <strong>do</strong>s c<strong>as</strong>cos a desvanecer-se rapidamente. Thom<strong>as</strong> ficoua olhar para o arco por momentos, até que se voltou e entrou em c<strong>as</strong>a, enquantochamava.— John! John! Caramba, homem! Onde é que te meteste?— Aqui estou, senhor! — veio a resposta da cozinha. A porta abriu-see o velho servi<strong>do</strong>r surgiu, ainda a recolher migalh<strong>as</strong> <strong>do</strong> queixo.— Amanhã, vou precisar d<strong>as</strong> sacol<strong>as</strong>, <strong>do</strong> manto, bot<strong>as</strong> e espada. Tratade os limpar e prepara-os para eu os pôr logo pela manhã. Vou a Londres.— Sim, senhor. — John inclinou ligeiramente a cabeça. — Posso perguntar-vosquanto tempo estareis longe?— Quem sabe? — Thom<strong>as</strong> sorriu sem vontade. — Ao que parece, poucoterei a dizer sobre a data <strong>do</strong> meu regresso.66

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