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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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terá de se tornar a tua segunda natureza. Imagino que já tenh<strong>as</strong> si<strong>do</strong> instruí<strong>do</strong>quanto aos deveres de um escudeiro?— Sim, senhor.Thom<strong>as</strong> arregalou uma s<strong>obra</strong>ncelha.— A sério? E quan<strong>do</strong> é que Sir Robert te informou da tua missão, exatamente?O olhar <strong>do</strong> jovem fraquejou, e ele espreitou sobre o ombro de Thom<strong>as</strong>,procuran<strong>do</strong> o apoio <strong>do</strong> seu patrono. Cecil acenou.— Diz a verdade.— Há <strong>do</strong>is di<strong>as</strong>, senhor.— Estou a ver. E neste tempo tão curto aprendeste to<strong>do</strong>s os requerimentosda tua nova posição?— Recebi ensinamentos muito completos <strong>do</strong> escudeiro <strong>do</strong> campeãoda rainha, senhor. O resto posso aprender a caminho de Malta. Se me quiserdesinstruir.Thom<strong>as</strong> abanou a cabeça e virou-se para os outros.— É uma loucura usar este homem.— Contu<strong>do</strong>, ele acompanhar-vos-á — ripostou Walsingham com firmeza.— Treiná-lo-eis em tu<strong>do</strong> o que ele tem de saber e fazer. Começo aficar farto da vossa truculência. Não se desse o c<strong>as</strong>o de serdes a única pessoaque pode de facto servir os nossos propósitos, depressa encontraria melhoraposta. Ireis para Malta, e Richard será o vosso escudeiro. Este <strong>as</strong>sunto estáencerra<strong>do</strong>.A ira inflamou-se no coração de Thom<strong>as</strong>, e por momentos sentiu-setenta<strong>do</strong> a confrontar Walsingham e a recusar a missão, fossem quais fossem<strong>as</strong> consequênci<strong>as</strong>. A satisfação de frustrar os seus intentos, a possibilidadede o desafiar a defender pela espada a arrogância com que se expressavaqu<strong>as</strong>e foram dem<strong>as</strong>ia<strong>do</strong> para Thom<strong>as</strong>.— Ele já concor<strong>do</strong>u com o nosso pedi<strong>do</strong> — interveio Cecil. — Nãohá nada mais a dizer. Acalmai-vos, estamos to<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mesmo la<strong>do</strong>. Não hánecessidade de deixar triunfar a fúria. Tu<strong>do</strong> o que é necessário é que SirThom<strong>as</strong> trate <strong>do</strong>s seus <strong>as</strong>suntos e arranje quem possa administrar a suapropriedade a contento durante a sua ausência. A natureza da sua missão éde molde a não lhe exigir muito tempo na preparação da bagagem necessáriaà participação na campanha que se avizinha.— Quanto tempo tenho para me preparar?— Dois di<strong>as</strong>. — Sir Francis sorriu. — Há um galeão dinamarquês acarregar em Greenwich. Zarpa para Espanha daqui a <strong>do</strong>is di<strong>as</strong>. Seguirãoambos a bor<strong>do</strong> desse navio.— Boa sorte — acrescentou Cecil, e depois, com algum zelo: — QueDeus vos acompanhe…83

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