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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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quela posição por Don Garcia, m<strong>as</strong> a verdade é que o espanhol tinha razão.Havia poucos cristãos em to<strong>do</strong> o Mediterrâneo que conhecessem melhor aforma de combater daquele inimigo <strong>do</strong> que os cavaleiros da Ordem. Avaliourapidamente os rumos convergentes e limpou a garganta.— Senhor, eles vão tentar forçar a formação. Se conseguirem atrair <strong>as</strong>galer<strong>as</strong> para fora d<strong>as</strong> su<strong>as</strong> posições, poderão p<strong>as</strong>sar entre el<strong>as</strong> e causar grandedestruição nos galeões. Nesta formação em que estamos, cada uma d<strong>as</strong>noss<strong>as</strong> galer<strong>as</strong> pode cobrir o espaço que lhe está à frente. Os corsários nãoconseguirão p<strong>as</strong>sar entre el<strong>as</strong> sem se colocarem ao alcance d<strong>as</strong> boc<strong>as</strong> defogo montad<strong>as</strong> n<strong>as</strong> pro<strong>as</strong> <strong>do</strong>s nossos navios. E os barcos deles são suficientementepequenos para poderem ser afunda<strong>do</strong>s por um tiro bem coloca<strong>do</strong>,ou pelo menos força<strong>do</strong>s a aban<strong>do</strong>nar o combate. A única posição que nãopodemos cobrir com <strong>as</strong> noss<strong>as</strong> arm<strong>as</strong> é a popa desta galera. M<strong>as</strong> enquantomantivermos a formação, poderemos oferecer proteção aos galeões.Don Garcia considerou <strong>as</strong> palavr<strong>as</strong> que escutara e <strong>as</strong>sentiu.— Estou a ver. Muito obriga<strong>do</strong>. Capitão!O comandante <strong>do</strong> navio virou-se de imediato para ele.— Senhor?— Ouviste o que disse Sir Thom<strong>as</strong>. Mantém o rumo e a posição. Avisa<strong>as</strong> equipagens <strong>do</strong>s canhões que têm permissão para disparar à vontade sobrequaisquer navios inimigos que se cruzem à nossa frente.— Sim, senhor.Don Garcia virou-se de novo para Thom<strong>as</strong>.— Agora resta-nos esperar e ver se tendes razão quanto às intenções<strong>do</strong> nosso inimigo.Os corsários ainda navegavam à vela, e a man<strong>obra</strong> era conduzida comsaber, de tal forma que à medida que convergiam para a força espanhola,também se lhe adiantavam. Quan<strong>do</strong> por fim já tinham um bom quarto demilha de avanço, viraram de bor<strong>do</strong>, apontan<strong>do</strong> à flotilha enquanto recolhiam<strong>as</strong> vel<strong>as</strong> e aprontavam os remos para a aproximação final, num rumoperpendicular ao que era segui<strong>do</strong> pelos navios de Don Garcia.— Chegou a hora de sermos testa<strong>do</strong>s — avisou Thom<strong>as</strong>, em tom calmo.Richard, a seu la<strong>do</strong>, lançou-lhe um olhar inquisi<strong>do</strong>r, e Thom<strong>as</strong> acenoucom a cabeça na direção <strong>do</strong> navio corsário mais próximo. — Olha para aproa.Richard reparou no longo cano e no orifício escuro na ponta <strong>do</strong> canhãosaliente da portinhola que se situava na proa da galera. Ten<strong>do</strong>-se coloca<strong>do</strong>à frente <strong>do</strong> comboio espanhol, os corsários aproximavam-se <strong>do</strong>snavios da frente a seu bel-prazer. Avistou-se um jato de cham<strong>as</strong> segui<strong>do</strong><strong>do</strong> elevar de uma pequena nuvem de fumo acinzenta<strong>do</strong> numa d<strong>as</strong> galer<strong>as</strong>,e Thom<strong>as</strong> avistou fragmentos de madeira a explodirem quan<strong>do</strong> a bola de110

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