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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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mun<strong>do</strong> está repleto de peca<strong>do</strong>res que não pensam senão em ações malévol<strong>as</strong>,e tu<strong>do</strong> temos de fazer para lhes vedar tal curso de ação. O sultão é umdeles, e tem de ser deti<strong>do</strong>. O vosso antigo camarada, Sir Oliver, tem todaa razão quan<strong>do</strong> vos confia que a Ordem está em perigo, lá em Malta. Asnoss<strong>as</strong> fontes disseram-nos exatamente a mesma coisa.Os olhos de Thom<strong>as</strong> semicerraram-se.— Per<strong>do</strong>ar-me-eis, Sir Robert, m<strong>as</strong> como podeis saber o que Sir Oliverme escreveu?— Ah. — Uma expressão pesarosa tomou conta <strong>do</strong> semblante de Cecil.— Esperava devolver-vos isto daqui a mais algum tempo. — Pôs uma mãono interior d<strong>as</strong> vestes e extraiu uma folha de papel d<strong>obra</strong>da com um selofamiliar, já quebra<strong>do</strong>, e empurrou-a pela mesa na direção de Thom<strong>as</strong>. Estecontemplou a carta que recebera, sem esconder a surpresa.— Como é que isto vos veio parar às mãos?— Imaginais que poderíamos permitir a um solda<strong>do</strong> estrangeiro quese p<strong>as</strong>se<strong>as</strong>se livremente por toda a Inglaterra sem que nos <strong>as</strong>segurássemosde que to<strong>do</strong>s os seus movimentos seriam vigia<strong>do</strong>s?— Foi segui<strong>do</strong> até à minha c<strong>as</strong>a?— É claro.Só então Thom<strong>as</strong> se apercebeu de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> implicações.— M<strong>as</strong> esta carta estava no meu estúdio esta manhã. Eu mesmo a coloqueilá, sobre a secretária. Estou certo disso.— Sim, <strong>as</strong>sim foi. M<strong>as</strong> um <strong>do</strong>s meus agentes fez uma pequena visita àc<strong>as</strong>a depois da vossa partida. Conseguiu persuadir um <strong>do</strong>s vossos servi<strong>do</strong>resa fazer um relato <strong>do</strong> que se tinha p<strong>as</strong>sa<strong>do</strong>, e revistar o vosso escritório foicoisa de minutos. A carta foi encontrada e foi-me trazida de imediato. Eu eSir Francis lemo-la mais de du<strong>as</strong> hor<strong>as</strong> antes da vossa chegada.— E o vosso homem magoou algum <strong>do</strong>s meus servi<strong>do</strong>res para obteressa informação? — inquiriu Thom<strong>as</strong>, aparentemente calmo.— Tal não foi necessário. — Cecil sorriu. — Os vossos servi<strong>do</strong>res sãocatólicos, como vós. Foi muito simples, b<strong>as</strong>tou lembrar-lhes o destino queespera quem é acusa<strong>do</strong> de heresia, e que <strong>as</strong> prov<strong>as</strong> necessári<strong>as</strong> para acusarum servo são b<strong>as</strong>tante menos complex<strong>as</strong> <strong>do</strong> que no c<strong>as</strong>o de um homemcom o vosso estatuto, Sir Thom<strong>as</strong>.— Embora também ess<strong>as</strong> se possam encontrar — acrescentou Walsinghamem tom de ameaça.— Sir Francis, por favor, não há qualquer necessidade de proferir ameaç<strong>as</strong>contra o nosso ilustre convida<strong>do</strong>. — Cecil voltou-se de novo para Thom<strong>as</strong>.— Aqui está, a carta é vossa. Guardai-a, por favor. Lamento ter si<strong>do</strong>obriga<strong>do</strong> a lê-la, m<strong>as</strong> na minha posição sou força<strong>do</strong> a precaver qualquerameaça a Sua Majestade. Deveis compreendê-lo.77

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