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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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Robert adiantou, é por certo vital que um de nós consiga recuperar o <strong>do</strong>cumentoe regresse com ele a Inglaterra.— Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio de que um de nós sobreviverá ao ataque aMalta — ripostou Richard, desencanta<strong>do</strong>.Thom<strong>as</strong> mordeu os lábios.— Claro.— Perdão, senhor, m<strong>as</strong> <strong>as</strong> minh<strong>as</strong> ordens são clar<strong>as</strong>. Não vos possodizer nada sobre o <strong>as</strong>sunto.— Porque não?— Porque Walsingham não confia em vós.— Estou a ver. E quanto a Cecil?— Sir Robert <strong>respeita</strong> a opinião de Walsingham em qu<strong>as</strong>e to<strong>do</strong>s os<strong>as</strong>suntos.Thom<strong>as</strong> cruzou os de<strong>do</strong>s e apoiou-os no queixo, enquanto sentia a iraa crescer no seu íntimo. Era uma ferida na sua honra.— Adivinho que <strong>as</strong> desconfianç<strong>as</strong> deles provêm d<strong>as</strong> minh<strong>as</strong> convicçõesreligios<strong>as</strong>… porque eu sou católico. Há algum <strong>as</strong>peto <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumentoque o tornaria ainda mais perigoso se eu tom<strong>as</strong>se conhecimento <strong>do</strong> seuconteú<strong>do</strong>?— Não posso dizer — respondeu Richard, antes de meter um novopedaço de carne na boca.— Não podes, ou não queres?— Já vos disse mais <strong>do</strong> que seria prudente. Se isto vos acalmar a mente,ficai consciente de que Cecil pensa que vos considerais primeiro um súbditoinglês, e só depois um católico. M<strong>as</strong> b<strong>as</strong>ta. Não falarei mais sobre este<strong>as</strong>sunto. Se <strong>as</strong>sim o desejais, falai de outro tema.— Muito bem. Diz-me então, és protestante, como os teus senhores, ousegues a Igreja de Roma?Richard parou de comer enquanto pesava a questão.— Seguramente que não tendes dúvid<strong>as</strong> sobre isso. Achais que Cecilalguma vez teria a seu serviço um católico? Nem se põe a questão.— E foste sempre um protestante? — persistiu Thom<strong>as</strong>.— Porque quereis saber?— Quero conhecer-te melhor. No conflito que nos aguarda, gostaria deter certez<strong>as</strong> sobre o tipo de homem que vai lutar ao meu la<strong>do</strong>.— E saber se em tempos fui católico fará alguma diferença? — Richardsorriu. — Seria bem melhor saber se alguma vez matei um homem.— E já o fizeste? — Thom<strong>as</strong> observou-o com toda a atenção.— Não. M<strong>as</strong> estou certo que o terei feito antes de regressar a Inglaterra.Antes que Thom<strong>as</strong> pudesse prosseguir o interrogatório, a porta da salaabriu-se de par em par para deixar p<strong>as</strong>sar um homem corpulento, de cin-100

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