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5 A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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13Aflotilha tinha deixa<strong>do</strong> o porto de Palma na ilha de Maiorca havia apen<strong>as</strong>uma dúzia de hor<strong>as</strong>, e Thom<strong>as</strong> e Richard aproveitavam a brisa frescada manhã, quan<strong>do</strong> foi avistada a primeira vela. Um marinheiro no cestoda gávea punha a mão em pala sobre os olhos enquanto esticava o braçopara apontar o horizonte a norte, na direção <strong>do</strong> vento que soprava d<strong>as</strong> cost<strong>as</strong>frances<strong>as</strong>.O capitão <strong>do</strong> navio-almirante dirigiu-se à amurada na popa e pôs amão em concha sobre a boca.— O que vês?Deu-se uma curta pausa enquanto o homem percorria o horizontecom o olhar, esforçan<strong>do</strong> a vista para recolher o máximo de detalhes. Noconvés principal da galera toda a gente ansiava por novidades.— Avisto du<strong>as</strong> vel<strong>as</strong> latin<strong>as</strong>, senhor.— Muito provavelmente é uma galera — afiançou Thom<strong>as</strong>.— Como podeis saber? — indagou Richard, enquanto esticava o pescoçoe tentava ver alguma coisa acima da ondulação. — Eu não consigo vernada.— E nada verás durante um bom boca<strong>do</strong> ainda. Na próxima hora oucoisa parecida não se conseguirá avistar o c<strong>as</strong>co.— O c<strong>as</strong>co?Thom<strong>as</strong> sorriu ao recordar que o escudeiro tinha p<strong>as</strong>sa<strong>do</strong> a maior parteda viagem desde Londres na cabina <strong>do</strong> galeão, enrola<strong>do</strong> em si mesmo,em completa miséria.— Não tens grande conhecimento d<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> <strong>do</strong> mar.— Pois não, e não tenho qualquer intenção de voltar a por os pés numnavio <strong>as</strong>sim que esta história acabar — concor<strong>do</strong>u Richard com ênf<strong>as</strong>e.— Sen<strong>do</strong> um homem educa<strong>do</strong>, já deves ter ouvi<strong>do</strong> dizer que o mun<strong>do</strong>é re<strong>do</strong>n<strong>do</strong>.Richard lançou-lhe um olhar irrita<strong>do</strong>.— É evidente.— Nesse c<strong>as</strong>o, deve ser-te óbvia a razão pela qual o velame de um navioé avista<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> c<strong>as</strong>co, já que o horizonte curva.105

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