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pesque-pague - Uninove

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Ciências HumanasEm 1968, foi aprovada a Lei da reforma Universitária,que possibilitou aos cursos de Pedagogia oferecer ashabilitações Inspeção Educacional, Administração,Orientação e Supervisão Escolar e Magistério. O mesmoocorreu na nova estrutura do Curso Normal e pelaHabilitação Específica de 2º grau para o exercício doMagistério de 1º grau (1971-1996). O currículo mínimocompreendia o núcleo comum, obrigatório em todo oterritório nacional e para todo o ensino de 1º e 2º graus,destinado a garantir a formação geral, e uma parte diversificadavisava à formação especial. A Lei de Diretrizese Bases da Educação Nacional unificou o Ensino Médioe a Escola Normal, dando ao novo arranjo o velho nomede Magistério, e os que nela se formavam mantinham odireito de lecionar da 1ª à 4ª séries.Em 1982, foi criado o projeto CEFAM (Centros deFormação e Aperfeiçoamento do Magistério), com caráterde revitalização da Escola Normal, para aprofundara formação de professores em nível Médio.Em 1986, o Conselho Federal de Educação criouuma resolução que permitia aos cursos de Pedagogia,além da formação de professores para HabilitaçãoEspecífica de Magistério, formar os especialistas emeducação: diretores de escola, orientadores educacionais,supervisores escolares, inspetores de ensino.Foram criados os Institutos e as Escolas NormaisSuperiores, com cursos de curta duração. Dessa forma,o curso de graduação em Pedagogia, nos anos 1990, foiseconstituindo como o principal espaço de formaçãode docentes para atuar na Educação Básica: EducaçãoInfantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.Com a Nova LDB em 1996, institui-se a exigênciade nível superior para os professores e gestores daEducação Básica, e em 2003, o Conselho Nacional deEducação emitiu resolução e nota de esclarecimento,confirmando a obrigatoriedade do diploma em nívelsuperior para a docência na Educação Infantil e nasséries iniciais.122A formação dos pedagogos passou aconstituir um dos requisitos para o desenvolvimentoda Educação Básica no país,tendo como objetivo central a formaçãode profissionais capazes de exercer adocência na Educação Infantil, nos anosiniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinaspedagógicas para a formação deprofessores, assim como para a participaçãono planejamento, gestão e avaliação deestabelecimentos de ensino, de sistemaseducativos escolares. (CNE, CP nº 3, 2006).As Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogiahomologadas em 2006, o Parecer CNE/CP nº5, aDeliberação CEE 78/2008, assim como o Decreto nº 6.755,de 2009, que institui a Política Nacional de Formação deProfissionais do Magistério da Educação Básica, tratamda elaboração de diretrizes curriculares, isto é, de orientaçõesnormativas destinadas a apresentar princípiose procedimentos a serem observados na organizaçãoinstitucional e curricular, ambos retratados adiante,durante a discussão sobre formação inicial.3 Histórico dos métodos dealfabetizaçãoA evolução histórica dos métodos de alfabetização,apresentada por Oneide e Olympio Mendonça(2007), é relacionada com as questões econômicas,sociais, políticas e, especialmente, educacionais noBrasil, o que motivou o fracasso da alfabetização. Odescompromisso das elites com a inclusão das classesdesfavorecidas, no uso social da leitura e da escrita,ofereceria uma alternativa para a formação de cidadãosem uma sociedade mais justa. Segundo Araújo(1996), a história da alfabetização pode ser dividida emtrês grandes períodos: o primeiro inclui a Antiguidadee a Idade Média, quando predominou o método dasoletração; o segundo, que se estende até a década de1960 e se caracterizou pela criação de novos métodossintéticos e analíticos, e o terceiro, marcado pelo questionamentoe refutação da necessidade de associar ossinais gráficos da escrita aos sons da fala para aprendera ler, iniciando em 1986, com a divulgação da teoriada Psicogênese da língua escrita.O trabalho com cartilhas, memorizando letras esílabas, decifrando e codificando sinais, transformandoa fala em escrita, prejudica o significado e a produçãotextual. Por outro lado, a alfabetização, na concepçãoe nas práticas adotadas e divulgadas, decorrentes dapesquisa de Ferreiro e Teberosky, apresenta alguns equívocos,segundo os autores Mendonça: “Alfabetização ouletramento? ”Os alunos aprendem a escrever só de ver oprofessor escrevendo na lousa”, “Não precisa ensinar, acriança aprende sozinha”, ”O professor não pode corrigiro aluno” e “Como a teoria construtivista afirma queé o sujeito que constrói seu conhecimento, o professornão pode intervir”. Essas e outras questões trouxeram àdiscussão: na época da cartilha, havia método sem teoriasobre alfabetização, hoje há uma bela teoria, mas nãose tem método. O ideal é que se tenha um método combase em uma teoria de alfabetização que, para os autoresadote a sociolinguística como metodologia.É a partir dessas concepções acerca da alfabetizaçãoe de sua crítica que identificamos um compromissopolítico com a inclusão das classes desfavorecidas.Dessa forma, o uso social da leitura, como alternativapara a formação de uma consciência crítica no indivíduo,contribuirá para uma leitura de mundo consciente.III Seminário Nacional de Pesquisa, 2009.

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