Ciências Humanastuições escolares, segundo nossa compreensão, pareceter alguma relevância e possibilita trilhar um caminhoainda não percorrido pelos pesquisadores da área.Objeto de investigaçãoO Seminário Teológico de São Paulo foi fundadoem 21 de abril de 1905, sob a bandeira nacionalistado gramático e protestante Eduardo Carlos Pereira.Assumindo o objetivo de fomentar no Brasil o pensamentohumanístico-teológico dos protestantes, formou,nesses mais de cem anos de história, a grande maioriado clero reformado para servir como pastores na joveme nascente igreja de tradição Reformada no país, outorgando,de certa forma, grau de bacharelado em Teologia.É importante considerar que a formação humanísticana área da teologia sofreu restrições no Brasil, mesmoquando se tratou de instituições católicas credenciadaspara outorgar graus, como o Seminário de Olinda,ainda em tempos coloniais. Por vários momentos essaformação era legalmente aceita. Em outros momentos,com mudanças na legislação, mantinha o “status” deformação superior, mas não legalizava o diploma. Naatual legislação foi recentemente credenciado.ObjetivosEster Buffa, utilizando-se do instrumental teóricodo materialismo dialético, considera que “[…] pesquisaruma instituição escolar é uma forma de estudar a filosofiae a história da educação brasileira” (BUFFA, 2002,p. 25). Isso porque, nesse tipo de pesquisa, analisam-seas relações dialéticas entre o universal e o particular.Dessa forma, pretendemos, neste trabalho, tomar ahistória do Seminário Teológico de São Paulo, uma dasprimeiras instituições do protestantismo brasileiro, queprocurou, por meio da educação, ilustrar sua liderançaclerical 4 . Nosso objetivo é compreender o significadosocial e político das motivações que determinaram suacriação, bem como sua organização espaço-temporal, asações de seus sujeitos e os saberes educacionais produzidos,buscando, com isso, encontrar o sentido social ecultural de uma instituição educacional para a formaçãoteológica.MetodologiaA investigação e o levantamento dos dados paraesta apresentação resultam de uma primeira aproxi-4 Seus quadros compunham-se de vários professores da USP oueram considerados intelectuais de renome, como por exemplo, afigura mor dessa “denominação” Eduardo Carlos Pereira, conhecidogramático e filólogo no Brasil. Para conferir a influencia dos PresbiterianosIntelectuais, vide LIMA, Éber Ferreira Silveira. “Entre a sacristiae o laboratório – os intelectuais protestantes brasileiros e a produçãoda cultura (1903-1942)”. Tese de doutorado. Universidade Estadual deCampinas/Campus de Assis, 2008.148mação com as seguintes fontes: acervo documentalda Fundação Eduardo Carlos Pereira – atas da congregaçãode professores; a documentação veiculadano O Estandarte, órgão oficial da Igreja PresbiterianaIndependente do Brasil (IPIB), nos anos 1905 e 1906; osrelatórios gerais e interpretações oferecidas por seusagentes em documentos diversos (crônicas ou narrativasoficiais da instituição, discursos, sermões e textoscomemorativos).Referencial teóricoTomamos os professores Paolo Nosella e EsterBuffa, que nos propõem o referencial teórico metodológicoapontado pelo materialismo dialético para o estudode instituições escolares. Partindo da constatação deque o estudo sobre instituições escolares tem crescidobastante ultimamente, os autores chamam a atençãopara o perigo de as pesquisas enfatizarem as particularidadesdas instituições escolares sem que resultenuma compreensão da totalidade histórica. Segundo osautores, “[…] abordar essa totalidade histórica exige aadoção do método dialético e sua aplicação habilidosa,sem prejuízo das contribuições de novas metodologias,porque a dialética pressupõe […] a descrição do singular[…]” (NOSELLA; BUFFA, 2005, p. 355).Esses professores defendem “[…] uma linhametodológica que descreva o particular, explicitando,dialeticamente, suas relações com o contexto econômico,político, social e cultural […]” (NOSELLA; BUFFA,2005, p. 356).Com base na premissa de que dialética é a ciênciareferente à história humana, orientam que[…] o método dialético supõe a investigaçãoda conexão intima entre a forma pela qual asociedade produz sua existência material ea escola que cria. O fundamental do métodonão está na consideração abstrata dos doistermos, escola e sociedade, relacionados aposteriori, mas na relação constitutiva entreeles, pois esses termos só existem nessacondição. A dialética não é uma relaçãomecânica que descortina, para além daaparência (escola), uma essência metafísica(sociedade), mas, sim, uma condição recíprocade existência. (NOSELLA; BUFFA,2005, p. 362).O emprego do método dialético consiste em trêspassos: primeiro, deve-se proceder ao detalhamentodos dados empíricos da instituição escolar. Segundo,deve-se expor adequadamente o movimento real, quenão pode ser confundido com a lógica formal, uma vezIII Seminário Nacional de Pesquisa, 2009.
que a dialética do real é impregnada de desejo, vontadee das tensões reais existentes nas lutas sociais. Porúltimo, deve-se estabelecer a conexão objetiva entre asparticularidades da instituição escolar e a sociedade apartir do levantamento e análise de dados empíricos,com a recomendação de que, para isso, se examinemas trajetórias de alunos e ex-alunos e docentes, além daanálise dos conteúdos e das metodologias empregadas.ReferênciasBANDEIRA, M. Presença dos Estados Unidos no Brasil. Riode Janeiro: Civilização Brasileira, 1973.BAUER, C.; CARVALHO, C. P. F.; JARDILINO, J. R. L.;RUSSO, M. H. Políticas educacionais e discursos pedagógicos.Brasília, DF: Liber, 2007.BOAVENTURA, E. Educação metodista no Brasil:origem, evolução e idologia. Dissertação. (Mestrado)-Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, SãoPaulo, 1978.BUFFA, E. Os estudos sobre instituições escolares:organização do espaço e propostas pedagógicas. In:NASCIMENTO, M. I. M.; SANDANO, W.; LOMBARDI,J. C.; SAVIANI, D. (Org.). Instituições escolares no Brasil:conceito e reconstrução histórica. Campinas: AutoresAssociados, 2007. v. 1. p. 151-164.______. História e filosofia das instituições escolares. In:ARAÚJO, J. C. S.; GATTI JÚNIOR, D. (Org.). Novos temasem História da Educação Brasileira - instituições escolares eeducação na imprensa. Campinas/Uberlândia: AutoresAssociados/EDUFU: 2002. v. 1, p.1-14.______. A questão das fontes de investigação em Históriada Educação. Campo Grande, UCDB, 1995. Série Estudos, n.12, p. 79-86, dez. 2001.BUFFA, E.; NOSELLA, P. As pesquisas sobre instituiçõesescolares: o método dialético marxista de investigação.Eccos – Revista Científica, São Paulo, <strong>Uninove</strong>, v. 7, n. 2,p.351-368, jul./dez.2005.CAMPOS, L. S. O Seminário Teológico de São Paulo: notashistóricas. In: Caderno de O Estandarte: centenário da educaçãoteológica. São Paulo, p. 7- 44, nov. 2005.CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano. Petrópolis:Vozes, 1996.CLARK, J. U. Presbiterianismo do Sul em Campinas: primórdioda educação liberal. Tese (Doutorado)- UniversidadeEstadual de Campinas, Campinas, 2005.DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. 10. ed.São Paulo: Cortez, 2003.______. Introdução à metodologia científica. 2. ed. São Paulo:Atlas, 1987.Ciências HumanasDURKHEIM, É. As regras do método sociológico. 2. ed. SãoPaulo: Abril Cultural, 1983. (Os Pensadores).______. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo:Paulinas, 1989.GATTI JR., D. Reflexões teóricas sobre história das instituiçõeseducacionais. Ícone, v. 6. n. 2, p. 131-147, jul./dez.2000.GOHN, M. da G. A produção do conhecimento: questõesmetodológicas. Eccos – Revista Científica, São Paulo, v.7, n.2,p.253-274, jul./dez. 2005.GOMES, A. M. de A. Religião, educação e progresso. Acontribuição do Mackenzie College para a formação doempresariado em São Paulo entre 1870 e 1914. São Paulo:Mackenzie, 2000.______. O protestantismo presbiteriano e o ideal deprogresso: o Mackenzie College e a formação do empresariadoem São Paulo entre 1870 a 1914. Estudos de Religião,Ano XIV, n. 18, p.145-171, jun. 2000.HACK, O. H. Protestantismo e educação brasileira. SãoPaulo: Presbiteriana, 2000.JARDILINO, J. R. L. Educação e protestantismo brasileiro:reflexões e hipóteses. In: SOUZA, B. M. de; MARTINO, L.M. Sá. (Org.). Sociologia da religião e mudança social: católicos,protestantes e novos movimentos religiosos no Brasil.São Paulo: Paulus, 2004. p. 80-105.______. Uma contribuição acadêmica ao protestantismobrasileiro. In: Refomanda, ano IV, n. 3, p.17-22, set. 1992.______.; GOUVEIA, E. H.; SOUZA, B. M. Sociologia dareligião no Brasil: revisitando metodologias, classificações etécnicas de pesquisa. São Paulo: PUC-SP/ UMESP, 1998.LEONARD, E. O protestantismo brasileiro: estudo de eclesiologiae a história social. 2. ed. São Paulo: ASTE, 1981.LIMA, É. F. S. Entre a sacristia e o laboratório – os intelectuaisprotestantes brasileiros e a produção da cultura (1903-1942).Tese. (Doutorado)- Universidade Estadual de Campinas,Assis, 2008.MAGALHÃES, J. P. de. Tecendo nexos. História das instituiçõeseducativas. Bragança Paulista: EDUSF, 2004.MAGALHÃES, J. Contributo para a história das instituiçõeseducativas – entre a memória e o arquivo. In:FERNANDES, R.; MAGALHÃES, J. (Org.). Para a históriado ensino liceal em Portugal: actas dos colóquios do I centenárioda Reforma de Jaime Moniz (1894-1895). Braga: Universidadedo Minho.MAGALHÃES, J. Breve apontamento para a história dasinstituições educativas. In: SAVIANI, D.; LOMBARDI,J.C.; SANFELICE,J.L. (Org.). História da educação: perspectivaspara um intercâmbio internacional. Campinas, SP:Autores Associados, 1999.III Seminário Nacional de Pesquisa, 2009. 149
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