Ciências da SaúdeDos entrevistados, 56 (75%) mencionam aderirà dieta alimentar restrita ao sal em todos os dias, 12(16%), somente às vezes, e 7(9%) não realizam restriçãonenhuma.As dietas DASH (Dietary Approaches to StopHypertension) e do Mediterrâneo trazem vários benefíciosà saúde, destacada com conceito de alimentaçãosaudável, que promove a queda da pressão arterial,associada à redução do consumo de sal e mostra benefíciosainda mais evidentes. É, portanto, fortementerecomendada para hipertensos, inclusive para pacientesfazendo uso de anti-hipertensivo. Essa dieta compõeseda seguinte forma: quatro a cinco porções de frutas;quatro a cinco, de vegetais, e duas a três, de laticíniosdesnatados por dia, com menos de 25% de gordura2.O fumo é, isoladamente, o mais importantefator de risco modificável para a doença coronariana.Pacientes que fumam mais de 20 cigarros por dia têmrisco cinco vezes maior de morte súbita que indivíduosnão fumantes. Portanto, o uso do cigarro deve seragressivamente combatido e, se possível, eliminado. Oshipertensos podem usar com segurança terapias reposicionaiscom nicotina para abandono do tabagismo. Oeventual descontrole de peso observado com a aboliçãodo tabaco, embora transitório e de pequeno impactono risco cardiovascular, não deve ser negligenciado.Devemos enfatizar sempre que o fumo é o único fatorde risco totalmente evitável de doença e morte cardiovasculares2 .Neste estudo, cinco (7%) dos entrevistados referiramser fumantes, dos quais somente um referiu aquantidade de 10 cigarros/dia; os outros quatro nãoquiseram quantificar. 70 (93%) não possuem esse hábito,mas alguns são ex-fumantes com referência de abstinênciade um mês, cinco meses e até 18 anos.Em relação ao consumo de bebidas alcoólicas naúltima semana, constatamos que 64 (85%) não consumirambebidas alcoólicas e 11 (15%) referem ter consumidoalgum tipo de bebida alcoólica nos últimos sete dias.Salientamos que um entrevistado referiu consumo diárioelevado de bebida alcoólica; cinco referem ingestãodiária moderada; dois, ingestão pequena, e três dosentrevistados mencionaram beber socialmente, nãoquantificando a dose diária, considerando que, dessaporcentagem, 40% corresponde ao sexo feminino.O consumo de álcool eleva a pressão arterial.Quando ingerido fora das refeições, aumenta o riscode HAS, independentemente da quantidade ingerida.Deve-se limitar o consumo a, no máximo, 30 ml∕dia, oque corresponde a um cálice de etanol para homens, e15 ml∕dia, meio cálice, para mulheres ou indivíduos debaixo peso; os que não consomem bebidas alcoólicasnão devem ser estimulados a fazê-lo 2 .Preconiza-se a orientação para redução ou eliminaçãodo consumo de álcool. Cada progresso para66redução de ingestão deve ser apontado como positivo,para que gradualmente se alcance o consumo mínimo,ou ainda o abandono do hábito 15 .Neste estudo, 34 (45%) dos entrevistados responderamque fazem algum tipo de atividade física, 29 fazemcaminhadas de duas a três vezes por semana, enquantocinco realizam ginástica, alongamento ou hidroginástica;todos associados a caminhadas. E 41 (55%) nãorealizam nenhuma atividade. Aponta-se, portanto,a necessidade de orientação e até mesmo de oferta deatividades para essa população, uma vez que o sedentarismoaumenta a incidência de hipertensão arterial.Sedentarismo pode ser definido como diminuiçãoou falta de atividade física regular. Assim, é consideradoo indivíduo cuja prática de atividade física (incluindo astarefas domésticas e atividades profissionais) seja inferiora 30 minutos, no mínimo três vezes por semana 15 .A prática regular de exercícios aeróbicos (caminhadas)reduz a pressão arterial, assim como os exercíciosde musculação na população geral, mas tem resultadoscontroversos em hipertensos (podem causar fadiga). Aatividade física contribui para o controle de outros fatoresde risco 2 .Questionando os entrevistados sobre o conhecimentodas consequências da não adesão ao tratamento,62 (83%) referiram ter conhecimento das complicaçõesque poderiam ocorrer, tais como derrame, paralisia,colapso, infarto, desmaio, problema cardíaco, dores decabeça, cansaço, aneurisma e morte. Entretanto, 13 (17%)relataram desconhecer as complicações.Campanhas educativas que visam ao esclarecimentosobre hipertensão e suas complicações sãonecessárias não somente para a população já acometidapela doença, mas também pelos assintomáticos.A hipertensão mais comum no idoso é a sistólicaisolada (pressão sistólica ≥ 140 mmHg e diastólica < 90mmHg) 15 . Os valores classificados da pressão arterial,para maiores de 18 anos, são: ideal, quando pressãoarterial sistólica < 120 mmHg e diastólica < 80 mmHg;normal, se sistólica < 130 mmHg e diastólica < 85mmHg; normal alta, para sistólica 130~139 mmHg oudiastólica 86~89 mmHg; hipertensão estágio I, se sistólica140~159 mmHg ou diastólica 90~99 mmHg; estágioII, se sistólica 160~179 mmHg ou diastólica 100~109mmHg; estágio III, quando sistólica ≥ 180 mmHg oudiastólica ≥ 110 mmHg, e hipertensão sistólica isoladacomo já mencionada 2 .No momento da entrevista, 21 (28%) apresentarampressão arterial ideal e 25 (33%) enquadram-se naclassificação pressões arteriais normais. No entanto,obtivemos ainda os valores de 29 (39%) dos entrevistadosapresentando hipertensão arterial. Tal dado indicaque o controle da PA não é satisfatório, mesmo com ouso terapêutico dos anti-hipertensivos.III Seminário Nacional de Pesquisa, 2009.
27%Conclusão7% 4% 1%Pressão Arterial Ideal Pressão Arterial Normal Hipertensão Estágio IHipertensão Sistólica Isolada Hipertensão Estágio 2 Hipertensão Estágio 3Gráfico 5: Distribuição dos entrevistados, segundoclassificação da hipertensão, realizada pelaspesquisadoras, a partir dos valores mensurados,São Paulo, 2008Esta pesquisa foi realizada com 75 pessoas comidade média de 65 anos, sexo feminino predominante(67%), e 62% com renda de até dois salários mínimos.Entre os entrevistados o tempo de cadastro de 64,5% foimaior do que cinco anos.Os aposentados e donas de casa representam74,66% da amostra. A presença de mãe ou irmãos hipertensosna família foi referida por 40% dos entrevistados.A periodicidade de verificação da PA não foi lembradapor 31% dos entrevistados.A respeito da terapêutica atual, para nossaamostragem em estudo, 46(62%) informaram uso deterapêutica associada, e 22 (29%), monoterapia. O esquecimentodas tomadas diárias de medicação foi referidopor 53 (70,7%) dos entrevistados. O uso dos medicamentosno mesmo horário foi referido por 61(81%).Dos entrevistados, 56 (75%) mencionaram aderirà dieta alimentar; declararam-se fumantes, 5 (7%);referiram o consumo da bebida alcoólica, 11 (15%) dosentrevistados, e 34 (45%) informaram realizar atividadefísica.As possíveis complicações advindas da não adesãoao tratamento são conhecidas por 62 (83%) dosentrevistados.Com as aferições realizadas em nossa populaçãode amostra, 21 (28%) dos entrevistados apresentavamvalores considerados ideais, e 25 (33%), valores consideradosnormais. Com as aferições realizadas, obtivemosque 21(28%) dos entrevistados apresentaram valoresconsiderados ideais, enquanto, para 25 (33%), os valoresde pressão arterial foram considerados normais.Encontramos ainda 29 (39%) dos entrevistados que seclassificam como hipertensos.33%28%Ciências da SaúdeConstatamos que a não adesão do cliente hipertensoao tratamento constitui ainda um grande desafiopara os profissionais da saúde.Destacamos que esses pacientes devem ser acompanhadoscom mais rigor pela equipe de saúde, com oenvolvimento de todos da saúde da família, visando àmodificação do comportamento dessa população emrelação a seus problemas de saúde, estimulando as medidasde promoção no dia a dia. Por meio dessas práticaseducativas, motivaremos essa população a participar deforma mais efetiva, transformando suas atitudes. Comessa perspectiva, visando à troca de informações, alcançaremoso objetivo de uma melhor qualidade de vidado paciente hipertenso, proporcionando, dessa maneira,uma adesão satisfatória ao tratamento proposto.ReferênciasAraújo, G. B. S.; Garcia, T. R. Adesão ao tratamento antihipertensivo:uma análise conceitual. Revista Eletrônicade Enfermagem, v.8, n. 2, p. 259 - 272, 2006. Acesso em: 2maio 2008.Brasil. Sociedade Brasileira de Hipertensão. V diretrizesbrasileiras de hipertensão arterial, 2006. Disponível em:.Acesso em: 18 out. 2008.Brasil. Ministério da Saúde: Hipertensão ArterialSistêmica (HAS) e Diabetes Melittus(DM): protocolo.Ministério da Saúde. Brasilia: Departamento de AtençãoBásica, Área técnica de Diabetes e Hipertensão; 2001.Brandão, A. et al. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.Disponível em: . Acesso em: 5 mar.2008.Smeltzer, SC, Bare, BG.: Tratado de enfermagem médicocirúrgico.Brunner & Suddarth’s. Rio de Janeiro, 10. ed., v.2, cp. 32, p. 905-915, Guanabara Koogan; 2005.Brasil. Sociedade Brasileira de Hipertensão. OMS alertapara baixa adesão ao tratamento. 2003. Disponível em:. Acessoem: 2 maio 2008.Santos, Z.M.S.A. et al. Adesão do cliente hipertenso aotratamento:análise com abordagem interdisciplinar.Disponível em: . Acesso em:18 set. 2008.Rolim, M.O, Castro, ME. Adesão às orientações fornecidasno programa de controle da hipertensão: uma aproximaçãoaos resultados padronizados de enfermagem.Brazilian Journal of Nursing, v. 6, n. 1, 2007. Disponívelem: . Acesso em: 5 mar.2008.III Seminário Nacional de Pesquisa, 2009. 67
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