Ciências da Saúde52Instrumentos de coletaFoi utilizado um formulário composto por 17questões, com tempo médio de respostas estimado dedez minutos.População e amostraForam entrevistados um enfermeiro e um auxiliarde enfermagem de cada uma das USs de cuja gerência ospesquisadores obtiveram permissão, totalizando 22 entrevistados:11 enfermeiros e 11 auxiliares de enfermagem.Os pesquisadores compareceram aleatoriamenteàs USs no período da manhã ou à tarde e apresentaramseaos gerentes, que, após autorização para a realizaçãoda pesquisa, indicavam um enfermeiro e um auxiliar deenfermagem para responder ao formulário.A seleção aleatória dessa amostra baseia-se nasinformações obtidas verbalmente com a região doestudo, cujos auxiliares de enfermagem e enfermeirosreceberam treinamento para a realização de curativoscom BU. Portanto, essa técnica deveria ser do conhecimentode todos.Aspectos éticosO projeto foi submetido à apreciação do Comitê deÉtica da Prefeitura de São Paulo, sendo aprovado sobo número 163/08. Durante a pesquisa, antes do preenchimentodo formulário, cada enfermeiro e auxiliar deenfermagem entrevistado receberam informações sobreo objetivo do estudo, e todos os entrevistados assinaramo termo de consentimento livre e esclarecido, atendendoàs exigências da Resolução 196/96, que normatiza aspesquisa com seres humanos.Os pesquisadores comprometeram-se em enviaro resultado final do trabalho para os gerentes dasUSs, divulgando os resultados para toda a equipe deenfermagem.Análise dos dadosOs dados obtidos, apresentados a seguir, foramanalisados e compilados no programa Excel.Resultados e discussãoOs dados foram coletados de agosto a setembrode 2008, nas 11 USs pertencentes à região do estudo.Conforme explicitado na metodologia, ressaltamos quea pesquisa foi realizada de maneira igualitária entre osníveis profissionais, sendo entrevistados 11 enfermeirose 11 auxiliares de enfermagem.A idade dos usuários variou de 30 a 58 anos, emmédia 46,36 anos, o que os caracteriza, portanto, comoprofissionais não jovens.Tabela 1: Distribuição dos entrevistados quanto à faixaetária, São Paulo, 20084,5%(1)Faixa Etária N %30 a 35 anos 2 9,10%36 a 40 anos 3 13,63%41 a 45 anos 6 27,25%46 a 50 anos 3 13,63%Mais de 50 anos 8 36,39%95,5%(21)Total 22 100,00%4,5%(1)95,5%(21)FeminimoMasculinoGráfico 1: Distribuição dos entrevistados quanto ao sexo,São Paulo, 2008O Gráfico 1 mostra que 95,5% (21) dos entrevistadossão do sexo feminino, e apenas 4,5% (1), do sexomasculino. Acreditamos que tal fato se deva, ainda hoje,à predominância na área de enfermagem.Tabela 2: Distribuição dos entrevistados quanto aotempo de atuação em Saúde Pública, São Paulo, 2008Tempo de atuação N %Menos de 1 ano 1 4,55%1 a 5 anos 2 9,10%6 a 10 anos 9 40,90%11 a mais de 20 anos 10 45,45%O tempo de atuação, na área de Saúde Pública, dosprofissionais entrevistados variou entre 8 meses e 30anos, tendo como média 12,71 anos. Como 86,35% (19)atuam na área há mais de seis anos, supõe-se que possuamexperiência na assistência prestada aos usuáriosdas USs, e, portanto, na realização de curativos.31,79%(7) 45,45%(10)22,76%(5)Total 22 100,00%Gráfico 2: Distribuição dos entrevistados quanto aoperíodo em que trabalham nas US, São Paulo, 2008ManhãTardeIntegralIII Seminário Nacional de Pesquisa, 2009.FeminimoMasculin
Ciências da SaúdeO Gráfico 2 mostra que a maior parte dos entrevistadostrabalha no período da manhã. Tal dado se deveao fato de que a maior parte das entrevistas foi realizadano período da manhã. Do total de entrevistadosque atuam em USF, 31,79% (7) trabalham em períodointegral. Em relação ao acompanhamento da evoluçãodas feridas, acreditamos que o atendimento realizadopelas USFs seja o mais recomendado, pois cada equipese responsabiliza pelo acompanhamento de famílias deuma determinada área, e estas passam a ter corresponsabilidadeno cuidado à saúde. O contato direto acabacriando vínculos entre os usuários e os profissionaisatuantes, facilitando a realização das ações de saúde,pois o usuário acaba por ter seu tratamento e todo oacompanhamento realizados pelo mesmo profissional,o que acaba facilitando o acompanhamento da evoluçãoda úlcera tratada com BU, além da possibilidade de realizaçãode visitas domiciliares, se necessário.Todas as USs participantes da pesquisa realizam ocurativo com BU, confirmando, assim, os dados obtidosda região do estudo.22,76%(5)77,24%(17)Gráfico 3: Distribuição dos entrevistados quanto aorecebimento do treinamento para a realização docurativo com BU, São Paulo, 2008SimNão77,24% (17) dos entrevistados alegam ter recebidoo treinamento fornecido pela Secretaria Municipal deSaúde (SMS) em parceria com empresa fabricante docurativo. O tempo decorrido entre o treinamento e aentrevista variou de uma semana a oito anos, sendo, emmédia, de 2,18 anos.Do total de entrevistados, apenas 22,76% (5) alegamnão ter participado dos treinamentos oferecidospela SMS, dado que não confere com os colhidos verbalmentena região do estudo, que informou que todos osprofissionais de enfermagem atuantes nas USs que pertencemà STS teriam recebido o treinamento oferecidopor uma empresa privada, fornecedora do curativo paraa SMS. Segundo a STS de Ermelino Matarazzo, essafirma ofereceu treinamento, pois sua realização estavaatrelada à licitação de compra do material para BU, ouseja, a empresa fornecedora do produto para a SMSdeveria treinar os funcionários, instrumentalizando-ospara utilização do produto.Dos 22,76% (5) entrevistados que alegam não terrecebido o treinamento, apenas um atua na área desaúde pública há menos de um ano, e quatro trabalhamna área de 6 a 16 anos, tendo, como média de atuação emsaúde pública, 10,75 anos, descartando, assim, a possibilidadede o profissional não ter recebido treinamentopor não atuar na US na época em que ele foi oferecido.Mesmo parecendo pequeno o número de profissionaisque não receberam o treinamento pararealizar o curativo com BU, esse dado é considerável,pois todos os profissionais que realizam esse curativodevem ser capacitados, uma vez que a compressãoaplicada inadequadamente pode predispor os pacientesa complicações 18 .Conforme informação recebida por contato telefônicocom uma das empresas fabricantes do produtopara aplicação da BU, basta um pedido do enfermeiroou gerente da unidade para que seja realizado um treinamentopara funcionários, não existindo exigênciasburocráticas. Caberia, portanto, aos gerentes e enfermeirosa preocupação com a contínua reciclagem dosfuncionários atuantes nas USs em várias áreas, além daatualização para realização do curativo de BU, oferecendouma assistência de qualidade aos usuários.A SMS de São Paulo, por meio da Coordenaçãoda Atenção Básica (órgão responsável pelos programasdesenvolvidos nas USs do Município de São Paulo),publicou no ano de 2006 o Protocolo de Prevenção eTratamento de Feridas 19 , que normatiza alguns procedimentospara realização de vários tipos de curativo,abordando o curativo com BU. Esse protocolo apresentaum conteúdo incipiente no item referente à BU, sendoabordados os seguintes aspectos: indicação, rejeiçãodo produto, avaliação do enfermeiro, colocação, trocae orientação após a retirada. O documento foi disponibilizadopara todas as USs e Supervisões Técnicas dacidade de São Paulo, a fim de normatizar a realização detodos os tipos de curativo.Do total de entrevistados, 22,76% (5), três enfermeirose dois auxiliares, alegam não conhecer o Protocolode Prevenção e Tratamento de Feridas da SMS. Como oprotocolo é recente, levantamos a possibilidade de quenão tenha sido divulgado para todos os profissionais.63,61%(14)36,39%(8)MédicoEnfermeiroGráfico 4: Distribuição dos entrevistados segundoreferência do profissional responsável pela prescrição docurativo BU, São Paulo, 2008O Gráfico 4 mostra que 63,61% (14) dos curativoscom BU são prescritos pelo enfermeiro, ressaltando aimportância do treinamento fornecido a esse profissional.De acordo com o COREN-SP 1 , a confecção daIII Seminário Nacional de Pesquisa, 2009. 53
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