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pesque-pague - Uninove

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Ciências Sociais Aplicadasramente convexas ou côncavas, conforme a superfícierochosa (RODELA, 2000).O relevo da serra apresenta feições locais, característicasde terrenos cársticos (formadas principalmentepor dissolução das rochas); as principais formas consideradasrepresentativas de terrenos cársticos, que emIbitipoca podem ser formadas também por abatimentoe ação fluvial, são as pontes naturais, as cavernas,alguns lapiazes, cânions com paredes verticais (valesem garganta), as dolinas e as concavidades (formas subsidentes),coincidentes com tetos de grutas, que poderãotornar-se futuras dolinas (RODELA, 2000).Originalmente, as cavernas do Ibitipoca receberamforte condicionante estrutural, litológico eclimático em suas formações, predominando os processosde abatimento (RODELA 1996), conforme indicaa presença marcante de formas erosivas denominadaspipes (RODELA, 2000).O processo de formação de pipes é denominadopiping (“tubificação”). O pipe é um pequeno canal,“tubo”, centimétrico a métrico, originado no quartzito.Segundo Correa Neto e et al (1993), o pipe é formado apartir “da dissolução de sílica pela água em Ibitipoca”.Além disso, Rodela (1996) acrescenta a contribuição dosácidos da água, ao percolar lentamente pelas porosidadesestruturais primárias, isto é, pela intersecção entrefraturas e entre fraturas e planos de acamamento. Dessaforma, os pipes passam a concentrar os fluxos de água,aumentando a porosidade e, com o tempo, alargando-see formando os condutos. Com os abatimentos, formamsesalões nos condutos.O sistema que constitui o Distrito Espeleológicoda Serra do Ibitipoca pode ser definido pelas seguintescaracterísticas: “dissolução condicionada pelas estruturasde acamamento e falhamento; predominânciade desmoronamento em relação à dissolução; grandessalões de abatimento; drenagem subterrânea sazonal”(RODELA 1996); “espeleotemas de sílica (SiO 2)”(CORREA NETO et al., 1993) pouco desenvolvidos(centimétricos), como por exemplo travertinos; “[…]sedimentação de material hipógeno ou epígeno no pisodas cavernas, e/ou áreas de erosão intensa (aprofundamentorápido), causada pela circulação sazonal daágua” (RODELA 1996). Essas mesmas característicaspodem ser consideradas para a gênese de dolinas e pontesde pedra, acrescentando-se uma ação fluvial maior.4.2 DeclividadesConforme pode ser observado na Figura 2, as escarpasde anticlinais apresentam declividades, em geral, entre17° e 45°, podendo chegar, em muitos locais, a mais de 63°.Possuem vertentes geralmente extensas, planas e abruptas,isto é, com declividades muito acentuadas (mais de 25 o ) eamplas e extensos paredões que chegam a medir 300 m dealtura e mais de 5 km de extensão, como a escarpa de leste.As altitudes estão, em média, entre 1350 m e 1650 m, sendocerca de quase 1000 m (nos vales ao sul) e 1721 e 1784 mnos pontos mais elevados, respectivamente Pico do Pião, naescarpa de leste, e Pico do Ibitipoca, no Morro do Lombada.O mapa indica que as declividades são elevadas, evidentementepor tratar-se de relevo escarpado, principalmentepróximo aos limites leste do PEIbi. Além disso, a área seconstitui em cabeceiras de drenagem (rio do Salto, que correpara o sul, e Vermelho, que segue para o norte).Os topos, os interflúvios e as cabeceiras dedrenagem das escarpas de anticlinais chegam aproximadamentea 1600 m até o ponto mais elevado. São, emgeral, rochosos, alongados, possuindo formas convexizadas(com declividades geralmente até próximas de 7 o30’) ou planas horizontalizadas.Os paredões e vertentes planas abruptas das escarpasanticlinais (RODELA, 2000) correspondem à parterochosa (quartzito) de maior declividade do relevo, istoé, entre 45 o e mais de 63 o nos paredões, e acima de 25 o ,tendendo a 45 o nas vertentes abruptas, com formas planas,muitas vezes retalhadas. Tanto um quanto outrosão retalhados por lineações da rocha, patamares estruturaise paredões.Vertentes e interflúvios das escarpas de anticlinaisaltamente drenados e seccionados por feições estruturais(RODELA, 2000) ou com média densidade dedrenagem (RODELA, 2000) possuem declividades entre17 o e 25 o e pouco desenvolvimento de solos. É uma unidadede relevo que tem elevada densidade de drenagem,com direções preferenciais seguindo planos de fraquezada rocha, rios pouco desenvolvidos, de pequeno porte,muito estreitos, em garganta, encachoeirados, de fundoplano e rochoso.A unidade de relevo “interflúvios e vertentesextensos” possui rios estreitos, pouco mais desenvolvidosque nas outras unidades de relevo, que apresentamfundo plano e rochoso, algumas vezes compostos porseixos e areias, com vales assimétricos em “v”; vertentese interflúvios rochosos pouco retalhados por patamaresestruturais, cicatrizes de abatimentos e paredões, sendoos tipos de solos geralmente litólicos, regossolos (predominantemente),cambissolos e podzóis (RODELA, 2000).Declividades entre menos de 3 o e 17 o .Na unidade de relevo morros e morrotes dasescarpas de anticlinais, a formação de colinas amplase morros apresenta vertentes convexas e côncavoconvexas,de topos convexizados, onde as rochas sãogeralmente muscovíticas e quartzíticas, ocorrendo tambémextensos depósitos coluviais próximos às grandesescapas quartzíticas (RODELA, 2000). Nessa área, ossolos são predominantemente os cambissolos álicos. Asdeclividades das colinas e morros estão entre 3 o e 45 o ,mas principalmente entre 17 o e 25 o , ocorrendo processoserosivos, principalmente, sulcos e ravinas que evoluemrapidamente para voçorocas.III Seminário Nacional de Pesquisa, 2009. 235

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