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pesque-pague - Uninove

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Ciências da SaúdeÉ inegável que o hipertenso, na maioria das vezesusuário do Sistema Único de Saúde (SUS), enfrentadiversas dificuldades socioeconômicas, que se tornamempecilhos para uma adesão terapêutica adequada,inclusive para a aquisição de medicamentos específicos,os quais são imprescindíveis para a garantia de umaboa qualidade de vida ou mesmo de sobrevida 8 .Nesse contexto, tem-se dado grande ênfase àsmedidas não farmacológicas, as mudança no estilo devida, para prevenção e controle dos níveis pressóricoselevados, que devem ser adotadas por todos os portadoresde hipertensão, inclusive os farmacodependentes 9 .As medidas não farmacológicas, em síntese, correspondemàs mudanças que devem ocorrer na vida de umindivíduo com HAS, estando entre elas a redução do pesocorporal, a dieta hipossódica e balanceada, o aumentoda ingestão de frutas e verduras, a redução de bebidasalcoólicas, a realização de exercícios físicos, a cessação/atenuação do tabagismo e a substituição da gordura saturadapor poli-insaturados e monoinsaturados 8 .A educação em saúde deve funcionar como instrumentode combate à hipertensão, e entendida como umaprática transformadora. A educação deve ser essencial atodas as ações de controle desenvolvidas pelas equipes desaúde e usuários, incluindo familiares, e nas relações quese estabelecem entre os serviços de saúde e a população.Educar a população em saúde implica ir além daassistência curativa, significa dar prioridade a intervençõespreventivas e promocionais 10 . As atividadeseducativas devem, entre outras ações, tentar implementarprocedimentos saudáveis nas pessoas da comunidade,especialmente no que se refere aos estilos de vida 11 .Seguindo esse pensamento, e com foco privilegiadonas ações educativas, temos o programa de saúdeda família (PSF), implantado no Brasil em 1994, concebidopara ser a porta de entrada do sistema local desaúde e desenvolver a atenção básica de forma integral eresolutiva, tendo, entre uma de suas atribuições, a educaçãopara a saúde da comunidade 12 .No âmbito do PSF, a educação em saúde figuracomo uma prática prevista e atribuída a todos os profissionaisque compõem a equipe de saúde da família,reconhecendo-se a reorganização da atenção básica, aque se propõe a estratégia do PSF, na necessidade de reorientaçãodas práticas de saúde, bem como de renovaçãodos vínculos de compromisso e de corresponsabilidadeentre os serviços e a população assistida 10 .O PSF é formado por uma equipe multiprofissionalcomposta por médico, enfermeiro, auxiliares de enfermageme agentes comunitários de saúde (ACSs). Os agentesdesempenham papel fundamental na prevenção, promoção,recuperação e informação na saúde, realizando umcanal de comunicação entre a população e a USF 11 .O ACS, por ser representado por morador dacomunidade, apresenta uma riqueza de possibilidades,pois conhece as pessoas que atende, fala a mesmalinguagem dos que o procuram, passa por situaçõesparecidas e compartilha crenças com os membros daregião onde atua. Uma orientação dada por um cidadãonessas condições conta com credibilidade que, dificilmente,as palavras de um técnico da saúde atingiriam 13 .O ACS figura como importante elo de interlocução entrea equipe e o usuário na produção do cuidado, sendo,portanto, responsável por disseminar as informaçõessobre o controle da doença 14 .Um aspecto ressaltado nas determinações do PSF éa responsabilidade assumida pela equipe multidisciplinar,que, ao compor a equipe de saúde da família, terá dedominar certos conteúdos e práticas referentes à saúdeda população, apresentando-se não apenas como suportepara gerar determinadas ações em saúde, mas tambémcomo peça essencial na organização da assistência 14 .Todavia, atuar na promoção da saúde não significasimplesmente fazer educação em saúde voltadopara mudanças de comportamento, mas trabalhar comas potencialidades de cada comunidade. Além disso,a disponibilidade de assistência à saúde e o acesso ainformações são insuficientes para garantir adesão terapêuticae mudança no estilo de vida dos indivíduos 7 .A atuação da equipe multidisciplinar proporcionaassistência humanizada, que promove vínculode confiança e, com isso, pode contribuir para a adesãodo tratamento medicamentoso e não medicamentoso,conscientizando esses pacientes de que não há curapara a hipertensão, somente controle. O termo “adesão”,relacionado ao tratamento, deve ser visto como umaatividade conjunta, na qual o paciente corresponde àorientação profissional, mas também entende, concordae segue a prescrição estabelecida 8 .Portanto, por ser a HAS uma doença prevalenteem nosso meio, e a USF, foco privilegiado de atenção àsaúde, onde devem se desenvolver ações de promoção,prevenção e reabilitação, elegemos a adesão ao tratamentocomo objeto deste estudo. O conhecimento decomo se dá a adesão dos pacientes nos propiciará entendero problema e sugerir soluções.ObjetivosGeralIdentificar a adesão ao tratamento da HAS de umapopulação de usuários cadastrados em uma USF.EspecíficosCaracterizar a população estudada em relação asexo, idade, escolaridade, profissão e rendimento familiar,identificar tempo de cadastro no Programa deIII Seminário Nacional de Pesquisa, 2009. 61

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