Ciências da Saúdeoriundo dessa contínua hipertensão venosa, que ao distenderas veias, impede o fechamento das válvulas. Afisiopatologia da insuficiência venosa crônica (IVC) éum aspecto muito importante a ser considerado paraa implementação do tratamento tópico e compressivo.Sem a devida compressão, a hipertensão venosa nãopoderá ser controlada nem os efeitos patológicos da IVCminimizados.Tabela 15: Determinação da etiologia de úlcera pelosentrevistados, questionando-se presença de gangrena,São Paulo, 2008Etiologia da gangrena n %Arterial 19 42,22Venosa 11 24,44Mista 8 17,78Não sabem 7 15,56Total 45 100,00Na Tabela 15, observamos que entre os 45 entrevistadossomente 19 referiram que úlcera arterialpredispõe a formação de gangrena; dos 11 entrevistadosque apontam a alternativa venosa, quatro são enfermeiros.Considerando o dado de gangrena bastantesugestivo de falta de perfusão (insuficiência arterial),esperávamos que houvesse essa associação por todos osprofissionais entrevistados, principalmente em relaçãoaos enfermeiros.Segundo Irion 5 , o aspecto visível de uma doençaarterial avançada é de enegrecimento e gangrena secados artelhos, algumas vezes de estruturas mais proximais.Uma isquemia grave pode exigir procedimentocirúrgico para amputação. Em alguns casos, ocorre autoamputação,nos quais o tecido necrótico seca e separa-sedo membro. O tratamento conservador da insuficiênciaarterial consiste em tratar a ferida local sem que a gangrenaseca seja desbridada.Tabela 16: Determinação da etiologia de úlcera pelosentrevistados, questionando-se pele quente emmembros inferiores, São Paulo, 2008Presença do sinalpele quenten %Venosa 23 51,10Mista 8 17,78Arterial 7 15,56Não sabem 7 15,56Total 45 100,0044Segundo a Tabela 16, entre os entrevistados,51,10% afirmaram que na presença de lesão venosa écomum pele quente em membro lesionado, e 22 (48,89%)responderam errado ou não souberam responder, destacando-secinco enfermeiros entre os que responderamser etiologia arterial, fato que aponta para o desconhecimentoda fisiopatologia das úlceras arteriais, uma vezque há, nesse tipo de úlcera, isquemia causada por faltade fluxo circulatório, ficando a pele fria.Segundo Irion 5 , uma temperatura cutânea diminuídae palidez acompanham a diminuição do fluxosanguíneo para a pele. O profissional de saúde devecertificar-se de que a temperatura mais baixa restringesea uma área determinada de uma extremidade ou estaé atingida por inteiro, comparando as extremidades dosdois lados. Um pé que pareça mais frio, se comparadoao outro e ao resto do corpo, é um sinal claro de insuficiênciaarterial.Segundo Gamba e Yamada 10 , as úlceras venosassão extremamente exsudativas, principalmente quandoo membro está edemaciado e/ou é muito grande. Nestetrabalho, questionou-se a qual tipo de ulceração a presençade lesão exsudativa estava associada, e somente20 (44,44%) responderam acertadamente que a lesãovenosa é mais exsudativa.Furtado 13 aponta que a realização do diagnósticodiferencial entre úlcera venosa e arterial assume umaimportância ímpar, sendo determinante no tratamentoe prognóstico da úlcera de perna. Essa diferenciaçãodeve levantar antecedentes do paciente, sinais e sintomase índice de pressão tornozelo/braço. Dealy 12 apontaainda, como um método para diferenciação das úlceras,a avaliação do fornecimento de sangue para a perna,medido habitualmente pelo pulso pedial. No entanto,tal medida, por mais simples que pareça, pode ser dificultadapor alguns fatores, como o edema no pé. Assim,cada vez mais, as enfermeiras estão começando a utilizaro Doppler para medir o suprimento de sangue daperna. Ele é usado também para comparar a pressãosanguínea na região mais inferior da perna com a pressãobraquial.Questionamos se algumas medidas seriam importantesou complementares para o tratamento da úlceraarterial (Gráfico 1).Entre os entrevistados 12 (26,67%) afirmaram quea compressão da úlcera arterial poderia ser utilizadacomo terapêutica (entre eles estão três enfermeiros).Segundo Micheletti 2 , a compressão da perna de umpaciente com insuficiência arterial pode causar infartoextenso do membro, necessitando de revascularizaçãoou bypass arterial.A compressão está indicada para úlceras venosas,pois, conforme Tiago 15 , o objetivo de qualquer curativode úlceras por estase venosa é a redução da hipertensãovenosa devido à incompetência valvular. Antesde iniciar o tratamento compressivo, deve-se investigarse o paciente não é portador de úlceras arteriais.O método simples é observar pulso pedioso fraco ouausente, encaminhando-se o paciente para a avaliaçãoIII Seminário Nacional de Pesquisa, 2009.
Ciências da SaúdeGráfico 1: Distribuição dos entrevistados segundoresposta quanto a algumas medidas importantes ecomplementares para o tratamento do paciente comúlcera arterial, São Paulo, 2008médica. Essas observações devem ser rigorosas, pois otratamento compressivo nos portadores de insuficiênciaarterial pode acarretar sérias complicações.O tratamento compressivo melhora a funçãoda bomba muscular da panturrilha e reduz o edema,melhorando, assim, o retorno venoso. Os tratamentosmais utilizados são meias elásticas, ataduras elásticasde alta compressão e bota de Unna.O Gráfico 1 aponta que 21 (46,67%) entrevistadosafirmam que a elevação do membro afetado porúlcera arterial poderia servir de terapêutica (5 deles sãoenfermeiros). Isso nos faz atentar para a importânciado entendimento do enfermeiro pela fisiopatologia dalesão. Segundo Dealy 12 , as úlceras arteriais são consequênciada perfusão tecidual inadequada para os pés oupernas. Isso se deve a um bloqueio total ou parcial dofornecimento do sangue arterial para as pernas, sendoo problema básico geralmente denominado de doençavascular periférica. Portanto, a elevação dos membrosinferiores seria contraindicada, já que exigiria um maioresforço circulatório para manter o fluxo antigravitacional,o que reduziria ainda mais o fluxo sanguíneo,provocando hipóxia e morte celular.A drenagem linfática manual foi indicada comotratamento para úlcera arterial por 17 entrevistados(37,78%), sendo sete enfermeiros. Considerando que adrenagem manual é realizada para melhorar o retornovenoso, ela está indicada somente na presença de lesãovascular.Em relação à recomendação de desbridar gangrenaseca como tratamento para úlcera arterial, somente 11responderam adequadamente que não deveria ser feita.Dos 26 (57,78%) que responderam que deveria ser realizadae dos oito (17,78%) que referiram não saber, cincosão enfermeiros.Segundo Blanes 16 , existem algumas situações emque não é recomendado o desbridamento de tecidodesvitalizado, como em feridas isquêmicas comnecrose seca, que necessitam de sua condição vascularmelhorada antes de ser desbridada. Nesse caso, aescara promove uma barreira contra infecção. SegundoYamada 9 , a recomendação é efetuar, diariamente, limpezasimples, passar antissépticos e cobrir com gazeseca, além de dar extrema atenção a sinais de infecção.Após a revascularização, o desbridamento deve ser instituídode acordo com critérios de seleção.A Bota de Unna não é indicada para tratamento deúlcera arterial. No entanto, 13 (28.89%) dos entrevistadosconcordam com a utilização de bota de Unna em lesãode etiologia arterial; oito (17,78%) não sabiam responder,e somente 24 (53,33%) responderam acertadamente.A bota de Unna está disponível para aplicação emtodas as unidades visitadas, mas deve ser corretamenteindicada. Conforme Bajay, Jorge e Dantas 17 , é o únicotratamento de feridas que depende de avaliação especializadae prescrição médica por ser de uso específico paraúlceras venosas de perna e edema linfático, podendo serprejudicial se mal indicada como para úlceras arteriaisou mistas, por exemplo. Tiago 15 ainda complementa que,antes de iniciar o tratamento compressivo, deve-se investigarse o paciente não é portador de úlceras arteriais,pois esse tratamento nos portadores de insuficiênciaarterial pode acarretar sérias complicações.Dos entrevistados, 23 (44,4%) afirmam não conhecertestes para diferenciação de úlcera arterial e venosa,sendo seis enfermeiros. Consideramos importante oconhecimento de enfermeiros para a realização de testessimples para identificação de sinais distintos entre apatologia arterial e venosa.Tabela 17: Testes citados pelos entrevistados paradiagnóstico diferencial de úlcera arterial e venosa, SãoPaulo, 2008Tipo de testes Nº %Sinais clínicos 9 34,62ITB 6 23,08Doppler 5 19,24Palpação de pulso 4 15,38Elevação do Membro 1 3,84Teste feito peloenfermeiro para sentir1 3,84pulsaçãoTotal 26 100,00Ao questionarmos se haviam testes para o diagnósticodiferencial de úlcera arterial e venosa, 26 (57,78%)dos entrevistados não souberam responder. Entre os 19(42,22%) que responderam, os sinais clínicos são apontadoscomo os mais importantes (34,62%), seguidos peloITB (23,08%) e Doppler (19,24%).III Seminário Nacional de Pesquisa, 2009. 45
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