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pesque-pague - Uninove

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Ciências HumanasO aprender a ser e a convivência em espaços depertencimento devem permear as atividades e trabalhossolicitados pelo professor aos alunos, para permitirseus posicionamentos. Para tanto, essas atividades etrabalhos devem, preferencialmente, ser realizados nasformas dissertativas, como a produção de narrativas etextos. Desse modo, fica evidente a existência da interrelaçãodas áreas de estudo, quanto existe um diálogoentre elas. Com isso, as atividades e trabalhos precisamresultar em encaminhamentos interdisciplinares. Adefesa dessa dimensão interdisciplinar está respaldadana perspectiva de que cada uma das áreas de conhecimentonecessita de saberes construídos em seu lócusindividual e que, ao longo do processo ensino e aprendizagem,compõem o coletivo ensinado no sistemaeducativo.Assim, alguns princípios são considerados universaisao conceber a avaliação mediadora, conformeHoffmann (2003), uma vez que apontam para a necessidadede conceber a avaliação como um projeto defuturo, a fim de garantir uma aprendizagem para todaa vida: entender que valor e/ou qualidade da aprendizagemsão parâmetros sempre subjetivos e arbitráriose, portanto, devem constituir-se em temas de reflexãoe consenso no coletivo dos professores e dos alunos, eacreditar que toda a aprendizagem se dá na relação desaber consigo mesmo, com os outros e com os objetivosdo saber. Desenvolver uma prática avaliativa que privilegiea expressão própria do pensamento do aluno eoportunize vivências em ambientes interativos nas múltiplase ricas fontes de informação sobre os objetos dosaber conduz os alunos a aprendizagens significativase bem-sucedidas. Além do cuidado com a expressãoprópria do pensamento do aluno, os objetivos devemser muito claros e relacionados com o ensino e a aprendizagem.A clareza dos objetivos auxilia o trabalho deplanejamento, uma vez que a avaliação está inseridanum contexto de diagnosticar e replanejar a atividadedocente.Nesse sentido, ao realizar uma avaliação, o professordeve estar preparado para a análise dos resultadosda produção dos alunos para revisar seu planejamentona direção de alternativas pedagógicas que sanem asdificuldades desveladas. Discutir sobre avaliação éenxergá-la como parte de um processo mais amplo dediscussão do fracasso escolar e dos mecanismos que oconstituem. Romper com o quadro de fracasso escolaré defender o direito das crianças de aprender os conhecimentose formas de vida apregoadas pelos sujeitoscomo saberes válidos. É visível a ausência, no processoeducativo, de ações para atender às necessidades e particularidadesdas classes populares, favorecendo que ossujeitos sejam ouvidos e atentamente considerados. Esseé um fator negativo que necessita de revisão.A avaliação, nesse contexto, é um instrumentalque auxilia no fortalecimento de mecanismos de130exclusão social. Quando um número significativo dealunos com dificuldades de aprendizagem tem acessoao conhecimento socialmente valorizado, bem como amarginalização de seus conhecimentos socialmenteproduzidos, ocorre o fortalecimento dos mecanismos deexclusão, o que nos remete para a necessidade de criarmecanismos de interferência nessa dinâmica da inclusão/exclusãosocial.Nesse sentido, como seria uma prepositiva deavaliação? Será que a escola poderia viver sem a avaliação?Com certeza, os alunos responderiam, contentes,que sim. Teriam como princípio dessa felicidade o fatode não precisarem deixar de sair para brincar com osamigos para ficar estudando. E os professores, talvezsim, se pensarmos no trabalho de corrigir provas, nadificuldade de definir critérios para a observação eclassificação do comportamento esperado após cadaatividade realizada pelos alunos, no tempo que utilizamospara elaborar provas, na dificuldade de proporatividades que sejam instigantes e interessantes aosestudantes.Entretanto, logo após essa concordância, algunsprofessores refletiriam e se questionariam: como verificaro que o aluno aprendeu do conhecimento veiculadono ensino? Muitos ainda ponderariam que uma revisãode alternativas diferentes de avaliação seria pertinentehoje, uma vez que há crítica ao processo avaliativoquanto aos procedimentos e instrumentos utilizadosfrequentemente. Com isso, muitas ações referentes ànecessidade de romper com a perspectiva técnica, aindaexercida em muitas salas de aulas brasileiras, seriamdesencadeadas.A escola, enquanto espaço público e democrático,deve caracterizar-se pela multiplicidade de experiências,quanto à realidade, de cosmovisões, dos objetivosde vida, de relações sociais, de estruturas de poder, detradições históricas e vivências culturais diversificadas.Entretanto, com essa heterogeneidade existente, há umconfronto cotidiano de saberes e posturas que tanto aescola quanto o professor e sua prática pedagógica precisamrevisitar e renovar. Para superar esse confronto, aprática pedagógica deve respaldar-se na valorização damultiplicidade de culturas que permeiam o cotidianoescolar, ultrapassando a dicotomia entre a norma e odesvio, subjacente ao antagonismo entre o acerto e erro.Por conseguinte, na valorização e expressão demúltiplos saberes, ações incentivando o convívio com adiversidade e o diálogo entre os diferentes constituiriamelementos de aproximação. E a avaliação escolar, daforma como ocorre na maioria das escolas, desfavoreceessa valorização, pois silencia as pessoas, suas culturase seus processos de construção de conhecimento.De acordo com Teixeira (2006, p. 65), a avaliação escolardeve ser compreendida e defendida, “[…] enquantoelemento que viabiliza desvelar percursos, conhecerIII Seminário Nacional de Pesquisa, 2009.

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