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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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líquidos. A injeção <strong>de</strong> ar <strong>de</strong>ve ser evitada, já que não é <strong>de</strong>sejável que o gás produzido estejadiluído em nitrogênio.Como o gás produzido po<strong>de</strong> conter quantida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>ráveis <strong>de</strong> metano e outros hidrocarbonetosleves, uma opção é realizar a reforma, que consiste na conversão <strong>de</strong>sses compostos,a alta temperatura e na presença <strong>de</strong> um catalisador (geralmente, níquel), em CO e H 2. Outroponto importante é a relação H 2/CO, que <strong>de</strong>ve ser ajustada para cada tipo <strong>de</strong> biocombustível,com menos hidrogênio para os combustíveis mais pesados, como o diesel. Esse ajuste éfeito pela reação <strong>de</strong> mudança água-gás, <strong>de</strong>senvolvida na presença <strong>de</strong> um catalisador à base<strong>de</strong> ferro [Van <strong>de</strong>r Laan (1999)]:CO + H 2O → CO 2+ H 2(9)As reações básicas envolvidas na produção <strong>de</strong> cada combustível são as seguintes [Larson etal. (2005)]:para Líquidos Fischer-Tropsch: CO + 2H 2↔ CH 2+ H 2O (10)para DME (dimetil éter): 3CO + 3H 2↔ CH 3OCH 3+ CO 2(11)para metanol: CO+2H 2↔ CH 3OH (12)Quanto aos reatores, existem três concepções básicas [Larson et al. (2005)]: leito fixo (fase gasosa),leito fluidizado (fase gasosa) e leito <strong>de</strong> lama (fase líquida). O primeiro conceito proporcionabaixas conversões com apenas uma passagem e ainda é <strong>de</strong> difícil remoção <strong>de</strong> calor. Já o segundopossibilita conversões maiores, mas apresenta uma operação mais complexa, enquanto o últimoé o que apresenta as mais altas conversões para processos com passagem simples.Atualmente, tem-se observado um <strong>de</strong>senvolvimento acentua do <strong>de</strong>ssa tecnologia, sobretudona Europa, com a construção e a operação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração e, inclusive, algunscomerciais. Nos últimos anos, com base na experiência com gaseificadores <strong>de</strong> biomassa e naindústria petrolífera <strong>de</strong> síntese, análises têm sido feitas para avaliar as possibilida<strong>de</strong>s e os custos<strong>de</strong>sses biocombustíveis no futuro. Para o caso <strong>de</strong> líquidos FT (gasolina e diesel), por exemplo,estima-se que, se todos os problemas tecnológicos estiverem resolvidos, as eficiênciasglobais possam ultrapassar 57%, consi<strong>de</strong>rando a produção combinada <strong>de</strong> combustíveis (34%<strong>de</strong> eficiência) e eletricida<strong>de</strong> (23% <strong>de</strong> eficiência). O custo do biocombustível seria <strong>de</strong> poucomais <strong>de</strong> 15 US$/GJ, para um custo <strong>de</strong> biomassa <strong>de</strong> 50 US$/t e investimento pouco superior a1.770 US$/kW <strong>de</strong> combustível produzido [Larson et al. (2006)]. Para efeito <strong>de</strong> comparação,o custo do diesel convencional é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 7 US$/GJ, com o barril <strong>de</strong> petróleo a US$ 30[Macedo (2005b)]. A Tabela 24 apresenta alguns valores da literatura com rendimentos ecustos <strong>de</strong> biocombustíveis líquidos produzidos mediante processos <strong>de</strong> síntese associados agaseificadores <strong>de</strong> biomassa.138<strong>Bioetanol</strong>-05.indd 138 11/11/2008 15:25:09

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