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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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Protocolo <strong>de</strong> Quioto para redução das emissões <strong>de</strong> CO 2até 2012, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong>serem essas metas obrigatórias ou voluntárias. Assim, programas <strong>de</strong> biocombustíveis foramintroduzidos nesses países, principalmente por meio do estabelecimento <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> produçãoou vendas. Entretanto, Japão, Coréia do Sul e Taiwan não possuem terras suficientes para<strong>de</strong>senvolver cultivos energéticos, por causa da alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional, o que limita aprodução <strong>de</strong> biocombustíveis com base em óleos reciclados e rejeitos.A oferta <strong>de</strong> longo prazo <strong>de</strong> matéria-prima é uma questão primordial para esses países. Comoexemplo das possíveis linhas <strong>de</strong> conduta, o Japão apresentou um plano para o <strong>de</strong>senvolvimentogradual <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> biocombustíveis, estabelecendo como meta adicionarbioetanol na gasolina utilizada em volumes correspon<strong>de</strong>ntes a 0,6% do consumo veicular <strong>de</strong>energia fóssil no país até 2010, o que significaria um volume anual <strong>de</strong> 500 milhões <strong>de</strong> litros<strong>de</strong>sse biocombustível. Certamente, ainda é um programa mo<strong>de</strong>sto, mas que sinaliza umadisposição favorável e começou pela introdução <strong>de</strong> 7% em volume <strong>de</strong> ETBE em parte dagasolina comercializada na área <strong>de</strong> Tóquio em 2007. Consi<strong>de</strong>ra-se para 2030 a adoção <strong>de</strong>10% <strong>de</strong> biocombustíveis na <strong>de</strong>manda energética em transportes.O governo japonês, com suporte da indústria automobilística local, também tem realizadotestes com 3% <strong>de</strong> bioetanol nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Osaka e Miyakojima, esta última na ilha <strong>de</strong> Okinawa,on<strong>de</strong> é cultivada <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar [Global Biofuels Center (2008)]. Recentemente, aPetrobras e a empresa japonesa <strong>de</strong> comércio exterior Mitsui formalizaram a constituição <strong>de</strong>uma empresa no Brasil para investimentos em projetos <strong>de</strong> bioenergia, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>produzir etanol para o mercado japonês.Por sua vez, países em <strong>de</strong>senvolvimento como China, Índia, Indonésia, Filipinas e Tailândiaestão consi<strong>de</strong>rando o uso <strong>de</strong> biocombustíveis com base em exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> produção agrícola,sobretudo para reduzir sua <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> combustíveis convencionais e, ao mesmotempo, diminuir emissões <strong>de</strong> impacto local e proporcionar estabilida<strong>de</strong> aos agricultores. AIndonésia e as Filipinas vão mais adiante, percebendo nos biocombustíveis uma solução paraincentivar a ativida<strong>de</strong> econômica e reduzir sua dívida externa. Programas <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong>biocombustíveis têm sido implementados nesses países, seja por meio do estabelecimento<strong>de</strong> metas ou <strong>de</strong> medidas que tornem obrigatórias as misturas <strong>de</strong> biocombustíveis em certaspercentagens.No caso da China, a meta informada é adicionar 10% <strong>de</strong> etanol à gasolina em cinco províncias,o que <strong>de</strong>verá correspon<strong>de</strong>r a uma <strong>de</strong>manda anual <strong>de</strong> 1,6 bilhão <strong>de</strong> litros, a ser paulatinamenteincrementada com a entrada <strong>de</strong> outras províncias no programa. Entretanto, aÍndia e a Tailândia, com metas <strong>de</strong> agregar 10% <strong>de</strong> bioetanol e um consumo inicial estimado,respectivamente, em 400 milhões e 300 milhões <strong>de</strong> litros por ano, têm enfrentado obstáculoslogísticos na implementação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> mistura <strong>de</strong> bioetanol e se mostram cautelosascom seus programas para o biodiesel [Global Biofuels Center (2008)].246<strong>Bioetanol</strong>-08.indd 246 11/11/2008 15:27:36

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