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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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Canadá e na Suécia, também são comercializados veículos com motores flexíveis, mas soboutro conceito, operando em uma faixa <strong>de</strong> teores <strong>de</strong> etanol que vai da gasolina pura, semetanol, até uma mescla com 85% <strong>de</strong> etanol anidro e 15% <strong>de</strong> gasolina, produto disponível em umaquantida<strong>de</strong> crescente, mas ainda limitada, <strong>de</strong> postos, sob a sigla E85.Entretanto, a maneira mais simples, freqüente e imediata para utilizar o etanol como combustívelé mediante o uso <strong>de</strong> misturas com gasolina nos veículos já existentes no país, sem necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> efetuar modificações nos motores. Essa é a situação <strong>de</strong> maior interesse, tanto paraos países em <strong>de</strong>senvolvimento que po<strong>de</strong>m produzir etanol e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importações <strong>de</strong>combustíveis para seu abastecimento, a custo cada vez mais elevado, quanto para os paísesindustrializados que têm, atualmente, um potencial limitado <strong>de</strong> produção interna <strong>de</strong> etanol,mas que po<strong>de</strong>m diversificar sua matriz <strong>de</strong> combustíveis líquidos, agregando à produção localo etanol importado <strong>de</strong> regiões com condições favoráveis para a produção <strong>de</strong>sse biocombustível.Nesse sentido, cabe verificar as implicações da adoção <strong>de</strong> misturas <strong>de</strong> etanol e gasolinasobre o <strong>de</strong>sempenho dos motores, a dirigibilida<strong>de</strong> e a durabilida<strong>de</strong> dos veículos e o impactoambiental associado.No Brasil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1980, o teor <strong>de</strong> etanol anidro em toda a gasolina comercializadanos postos reven<strong>de</strong>dores esteve acima <strong>de</strong> 20%. Nos Estados Unidos, país que também passoua utilizar misturas etanol-gasolina naquela década, esse teor ficou limitado a 10%, tambémconhecido como E10, e passou a ser consi<strong>de</strong>rado pela indústria automobilística padrão máximopara adoção da mistura sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterações <strong>de</strong> materiais, componentes ourecalibrações <strong>de</strong> motor. Em anos recentes, diversos países, como China, Tailândia, Austráliae Colômbia, adotaram o E10 como ponto <strong>de</strong> partida para a introdução do uso do etanol emseus mercados. Em teores <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m, o etanol atua como aditivo melhorador da qualida<strong>de</strong>da gasolina (octane booster) e redutor <strong>de</strong> emissões poluentes, substituindo o chumbo tetraetilae outros aditivos oxigenantes que apresentam restrição ambiental, como o MTBE,e vêm tendo seu uso banido em muitos países. A experiência <strong>de</strong> diversos países com o E10permite afirmar que essa mistura po<strong>de</strong> ser introduzida para abastecer o parque veicular existentesem maiores alterações.A Tabela 3 mostra como variam as exigências <strong>de</strong> alterações nos veículos em função do teor<strong>de</strong> etanol na gasolina [Joseph Jr. (2005)]. Observe-se que os veículos a gasolina utilizados noBrasil (fabricados localmente ou importados) estão preparados para utilizar teores médios <strong>de</strong>etanol e já contam com algumas modificações em relação a um veículo para gasolina pura.No caso dos motores flexíveis, verifica-se que a concepção norte-ameri<strong>cana</strong>, que utiliza misturascom até 85% <strong>de</strong> etanol na gasolina, é mais simples do que a brasileira, pois não vemequipada com o sistema auxiliar <strong>de</strong> partida a frio, mas não permite aos motores operar atécom etanol puro. Entretanto, com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> injeção mais avançados,em futuro próximo não haverá necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses sistemas auxiliares, e a configuração adotadano Brasil po<strong>de</strong>rá ser simplificada.43<strong>Bioetanol</strong>-02.indd 43 11/11/2008 15:22:18

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