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Bioetanol de cana-de-açúcar - CGEE

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iocombustíveis [UPME (2006)]. Esse programa foi precedido <strong>de</strong> cuidadoso planejamento einformação aos envolvidos e está em pleno andamento.A primeira planta colombiana <strong>de</strong> bioetanol combustível começou a operar em 2005, comuma produção <strong>de</strong> 300 mil litros por dia. Em 2006, outras cinco usinas passaram também aproduzir esse biocombustível, todas no Vale do rio Cauca, com uma capacida<strong>de</strong> combinada<strong>de</strong> 357 milhões <strong>de</strong> litros por ano. Nessa região, a cultura da <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong>senvolve-semuito bem, com a colheita ocorrendo durante todo o ano, o que confere às <strong>de</strong>stilarias umaelevada disponibilida<strong>de</strong>. O governo colombiano espera que o país alcance até 2010 uma capacida<strong>de</strong>anual <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> 1,7 milhão <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> bioetanol, volume necessário paraadicionar 10% <strong>de</strong> etanol à gasolina e obter exce<strong>de</strong>ntes exportáveis da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 50% do totalproduzido [Horta Nogueira (2007)].Na Costa Rica, as primeiras experiências com o bioetanol carburante <strong>de</strong>senvolveram-se durantea década <strong>de</strong> 1980, sem continuida<strong>de</strong> por causa dos baixos preços do petróleo a partir<strong>de</strong> 1985. Entretanto, com o cenário recente mais favorável aos biocombustíveis, o governo<strong>de</strong>sse país articulou um novo programa para implantar o uso <strong>de</strong> bioetanol. Em maio <strong>de</strong> 2003,o Executivo costa-riquenho emitiu o Decreto 31.087-MAG-MINAE, criando uma ComissãoTécnica para “formular, i<strong>de</strong>ntificar e para projetar estratégias para o <strong>de</strong>senvolvimento do etanolanidro, <strong>de</strong>stilado nacionalmente e usar matérias-primas locais, como substituto do MTBEda gasolina”. Os objetivos básicos apresentados para esse <strong>de</strong>creto foram: o <strong>de</strong>senvolvimentoagroindustrial (reativação econômica, geração do valor agregado), melhoria ambiental (porexemplo, mediante a substituição do MTBE) e, do ponto <strong>de</strong> vista energético, a diversificaçãodas fontes e a redução da <strong>de</strong>pendência externa do combustível. O programa visa adicionarinicialmente 7,5% <strong>de</strong> etanol na gasolina usada no país, <strong>de</strong>senvolvendo-se em sucessivasetapas, para a assimilação dos procedimentos operacionais e a expansão gradual da infraestrutura.Foram conduzidos ensaios em diferentes veículos com a mescla <strong>de</strong> combustível,com bons resultados, e sucessivamente passou-se à comercialização em mercados limitados.Consi<strong>de</strong>rando a adição <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> bioetanol em toda a gasolina usada no país, a <strong>de</strong>mandacosta-riquenha <strong>de</strong>sse biocombustível é estimada em 110 milhões <strong>de</strong> litros anuais em 2010.A empresa estatal <strong>de</strong> petróleo, Recope, tem <strong>de</strong>sempenhado um papel fundamental para aa<strong>de</strong>quada introdução do bioetanol na Costa Rica [Horta Nogueira (2007)].Para evi<strong>de</strong>nciar o potencial dos países latino-americanos para promover uma mistura <strong>de</strong> 10%<strong>de</strong> bioetanol <strong>de</strong> <strong>cana</strong>-<strong>de</strong>-açúcar na gasolina consumida internamente, em especial quanto àdisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terras e a dimensão da indústria açucareira local, foram explorados doiscontextos [Cepal (2007)]: a) produção <strong>de</strong> bioetanol por meio da conversão do mel esgotado,assumindo uma produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 78 litros <strong>de</strong> bioetanol por tonelada <strong>de</strong> açúcar produzido; eb) a produção exclusiva <strong>de</strong> bioetanol, consi<strong>de</strong>rando conservadoramente uma produtivida<strong>de</strong>agrícola <strong>de</strong> 75 toneladas por hectare e uma produtivida<strong>de</strong> industrial <strong>de</strong> 80 litros <strong>de</strong> bioetanolpor tonelada <strong>de</strong> <strong>cana</strong>, correspon<strong>de</strong>ndo a 6 mil litros <strong>de</strong> bioetanol por hectare. Para o primeirocaso, <strong>de</strong>terminou-se a fração da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> bioetanol que po<strong>de</strong>ria ser atendida apenascom aquele subproduto da fabricação <strong>de</strong> açúcar, e, para o segundo caso, <strong>de</strong>terminou-se a239<strong>Bioetanol</strong>-08.indd 239 11/11/2008 15:27:34

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